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Afropunk Brasil celebra cultura negra com shows – 09/11/2024 – Ilustrada

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Lucas Fróes

“Minha nação é Ilê/ Minha epiderme é negra”, foram os primeiros versos cantados por Virgínia Rodrigues na abertura do festival Afropunk Brasil, neste sábado (09), no Parque de Exposições, em Salvador.

Acompanhada do próprio Ilê Aiyê —”o mais belo dos belos”, o primeiro bloco afro da Bahia, que esse mês completou 50 anos de fundação—, a cantora foi a convidada especial para abrir o festival e a apresentação.

“Eu tô realizando um sonho de cantar essa música, porque eu sempre fui apaixonada por ela”, disse Virgínia Rodrigues no palco Gira, após agradecer ao Ilê pela honra do convite.

Depois que Rodrigues deixou o palco, o Ilê desfilou sucessos como “Deusa do Ébano” —nome do maior concurso de beleza negra feminina de Salvador, realizada pelo bloco— e “O mais belo dos belos”, com os famosos versos “Quem é que sobe a Ladeira do Curuzu?/ E a coisa mais linda de se ver é o Ilê Aiyê”.

“O Ilê tem um futuro longo pela frente e tem uma capacidade de multiplicar a sua rítmica através de outros blocos afros, outros artistas e ritmos que vieram depois. O Samba-reggae e o Axé não existiriam sem o Ilê”, diz Alexandre Lyrio, coordenador e roteirista do documentário “Ilê Aiyê: A Casa do Mundo”, lançado no início deste mês e disponível no Globoplay.

No encerramento da apresentação, Virgínia Rodrigues voltou ao palco Gira, trazida pelo vocalista Juarez Mesquita, e encerrou o show com o Ilê Aiyê, o primeiro da noite, cantando “Negrume da Noite”.

“Viva o Ilê, viva o povo negro brasileiro! E viva os indígenas, os verdadeiros donos desse país”, declarou Virgínia Rodrigues na despedida ao público.

Na sequência das atrações do palco Gira, foi a vez da cantora Melly, recém indicada ao Grammy Latino. “Espero que vocês se divirtam muito, e a alma negra fique em festa”, disse a baiana ao público.

No Parque de Exposições da maior cidade negra fora da África, o público que foi ao festival Afropunk Brasil vivenciou um clima de liberdade e de celebração à cultura negra. Os fãs tinham a oportunidade de passar pelo “Black Carpet”, espaço para tirar fotos e fazer vídeos, como normalmente acontece com as estrelas de festivais de cinema.

“Uma das coisas que me deixaram cheio de expectativa foi saber que veria Virgínia Rodrigues e Jorge Aragão. Eu acho o Afropunk muito diverso, e isso é lindo”, afirma o chef de cozinha Alan Andrade, que foi pela primeira vez a uma edição do festival.

Depois de Melly, o sambista carioca Jorge Aragão foi a atração no palco Gira. Durante a apresentação de Aragão, enquanto ele cantava a música “Lucidez”, o vocalista da banda Planet Hemp, Marcelo D2, entrou no palco no momento dos versos “Olhe pro lado, olhe pro lado/ Eu estarei por lá”, e cutucou o ombro de Aragão de surpresa.

Com um microfone na mão, D2 ainda gritou “Te amo, Jorge Aragão”, durante a apresentação do sambista. Depois, dessa vez no palco Agô, a atração foi o Planet Hemp, banda de D2.

Desfilando seus principais sucessos que versam sobre a legalização e o uso da maconha, a banda também aproveitou para lembrar da violência do país.

O vocalista Marcelo D2 gritava “Marielle”, seguido pelo público que, em coro, dizia “presente”. D2 ressaltou que os culpados terminam indo para a cadeia, e que as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes não foram em vão.

“Quem mandou matar?”, indagou em seguida BNegão, o outro vocalista do grupo. Ele ainda dedicou a apresentação ao ator e artista visual João Rabello, assassinado em Trancoso, no sul da Bahia, em outubro.

“Nossa vitória não será por acidente: Palestina Livre”, também bradou BNegão.

Neste sábado e na madrugada de domingo, ainda passarão pelos palcos do Afropunk Brasil a americana Erykah Badu, o cantor Léo Santana, a cantora baiana Duquesa e as Irmãs de Pau com a participação de Evylin.

Na grade de atrações de domingo (10), também se apresentarão no Afropunk Brasil nomes como a Larissa Luz, convidando Edcity, além da inglesa Lianne La Havas, convidando a brasileira Liniker. No mesmo dia, a Fat Family fará um show cantando Tim Maia, e o festival será encerrado com a sofrência de Silvanno Salles.

Depois dos shows de 9 e 10 de novembro em Salvador, o festival realizará uma edição em São Paulo, no dia 14 de dezembro.

Maior festival de cultura negra do mundo, o Afropunk surgiu em 2005, em Nova York, espalhando-se depois por outros países como França, África do Sul, Inglaterra e Senegal. No Brasil, esta é a quarta edição do festival.



Leia Mais: Folha

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Nota da Andifes sobre os cortes no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as Universidades Federais — Universidade Federal do Acre

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publicado:
23/12/2025 07h31,


última modificação:
23/12/2025 07h32

Confira a nota na integra no link: Nota Andifes



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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre

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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre

A Ufac, a Associação Paradesportiva Acreana (APA) e a Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer realizaram, nessa quarta-feira, 17, a entrega dos equipamentos de halterofilismo e musculação no Centro de Referência Paralímpico, localizado no bloco de Educação Física, campus-sede. A iniciativa fortalece as ações voltadas ao esporte paraolímpico e amplia as condições de treinamento e preparação dos atletas atendidos pelo centro, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e a inclusão de pessoas com deficiência.

Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, com o objetivo de fortalecer a preparação esportiva e garantir melhores condições de treino aos atletas do Centro de Referência Paralímpico da Ufac.

Durante a solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Sozinho não fazemos nada, mas juntos somos mais fortes. É por isso que esse centro está dando certo.”

A presidente da APA, Rakel Thompson Abud, relembrou a trajetória de construção do projeto. “Estamos dentro da Ufac realizando esse trabalho há muitos anos e hoje vemos esse resultado, que é o Centro de Referência Paralímpico.”

O coordenador do centro e do curso de Educação Física, Jader Bezerra, ressaltou o compromisso das instituições envolvidas. “Este momento é de agradecimento. Tudo o que fizemos é em prol dessa comunidade. Agradeço a todas as instituições envolvidas e reforço que estaremos sempre aqui para receber os atletas com a melhor estrutura possível.”

O atleta paralímpico Mazinho Silva, representando os demais atletas, agradeceu o apoio recebido. “Hoje é um momento de gratidão a todos os envolvidos. Precisamos avançar cada vez mais e somos muito gratos por tudo o que está sendo feito.”

A vice-governadora do Estado do Acre, Mailza Assis da Silva, também destacou o trabalho desenvolvido no centro e o talento dos atletas. “Estou reconhecendo o excelente trabalho de toda a equipe, mas, acima de tudo, o talento de cada um de nossos atletas.”

Já o assessor do deputado estadual Eduardo Ribeiro, Jeferson Barroso, enfatizou a finalidade social da emenda. “O deputado Eduardo fica muito feliz em ver que o recurso está sendo bem gerenciado, garantindo direitos, igualdade e representatividade.”

Também compuseram o dispositivo de honra a pró-reitora de Inovação, Almecina Balbino, e um dos coordenadores do Centro de Referência Paralímpico, Antônio Clodoaldo Melo de Castro.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)



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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Orquestra de Câmara da Ufac realizou, nesta quarta-feira, 17, uma apresentação musical no auditório do E-Amazônia, no campus-sede. Sob a coordenação e regência do professor Romualdo Medeiros, o concerto integrou a programação cultural da instituição e evidenciou a importância da música instrumental na formação artística, cultural e acadêmica da comunidade universitária.

 

A reitora Guida Aquino ressaltou a relevância da iniciativa. “Fico encantada. A cultura e a arte são fundamentais para a nossa universidade.” Durante o evento, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, destacou o papel social da arte. “Sem arte, sem cultura e sem música, a sociedade sofre mais. A arte, a cultura e a música são direitos humanos.” 

Também compôs o dispositivo de honra a professora Lya Januária Vasconcelos.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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