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Ainda estamos aqui esperando o pedido de desculpas…

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Matheus Leitão

A Forças Armadas devem um pedido de desculpas ao Brasil. Devem um pedido de desculpas a Eunice Paiva! Devem um pedido de desculpas a Clarice Herzog. A todos os mortos e seviciados pela ditadura militar, e a seus familiares.

Como país, o Brasil está perdendo a chance de punir os torturadores da ditadura militar. Eles estão envelhecendo em suas casas tranquilamente, recebendo salários pagos por nós. É um escracho sem fim!

Exército, Marinha e Aeronáutica, essas que recentemente — e não por acaso — tiveram oficiais envolvidas em mais uma intentona golpista/bolsonarista contra a democracia brasileira, sabem quem eles são.

Investigações jornalísticas e da Comissão da Verdade, um avanço tímido em relação às muitas violações de direitos humanos entre 1964 e 1985, revelaram alguns desses criminosos. Existem mais!

Mas as Forças Armadas escondem informações que deveriam ser públicas, dão medalhas, honrarias e prêmios para aqueles que torturaram, estupraram e mataram em prédios públicos ou aparelhos clandestinos de horror, como a Casa da Morte. Pagam aposentadorias.

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Estive frente a frente com dois desses torturadores. Eles não só viviam calmamente, tomando cervejas ao fim de tarde de domingo, deitados em redes em casas de praia amplas, como se sentem empoderados pelo bolsonarismo e a impunidade que os protege, criada na vergonhosa Lei da Anistia.

Um dos acusados no caso de Rubens Paiva, general Jose Antonio Nogueira Belham, não só nunca foi condenado, como foi elevado ao posto de Marechal.

Esse acordão brasileiro tem tentáculos além dos militares. Atuaram no maior cover up de crimes imprescritíveis e contra a huma­nidade do país após a escravidão, sempre protegidos pelo muro de uma anistia que deveria ter sido derrubado há anos.

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Pois, no Brasil, ela perdoou os militares. O Supremo Tribunal Federal, por exemplo, vergonhosamente não reviu a lei e os torturadores se aferram nisso até o fim para evitar processos. Nem sei se dá mais tempo.

A cada dia que passa menos chance se tem de qualquer ato de Justiça. Nesta segunda, 6, histórica para o Brasil com a vitória de Fernanda Torres no papel de Eunice, a pergunta que fica é: qual a força política de uma vitória no Globo de Ouro?

Mais e mais pessoas verão o filme de Walter Salles. Mais e mais pessoas lerão o livro de Marcelo Rubens Paiva. Um pedido de desculpas precisa acontecer: “a sociedade foi Rubens Paiva, não os facínoras que o mataram”.

Ainda estamos aqui, esperando…



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Matheus Leitão

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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social) 


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Felipe Barbosa

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A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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A articulação para mudar quem define o teto de jur...

Nicholas Shores

O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN). 

A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica. 

Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.

A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira. 

Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.

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Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios. 

Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.

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Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.

Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.

Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.

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Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.

Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.



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