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Alemanha e Finlândia falam em sabotagem e ‘guerra híbrida’ após danos repentinos em cabos submarinos no Mar Báltico

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Alemanha e Finlândia falam em sabotagem e ‘guerra híbrida’ após danos repentinos em cabos submarinos no Mar Báltico

Dois cabos submarinos de internet no Mar Báltico foram repentinamente interrompidos no domingo e na segunda-feira, em meio a alertas de uma possível interferência russa em infraestruturas submarinas globais, o que fez com que países afetados falassem em “sabotagem” e “guerra híbrida”. Na madrugada de segunda, um cabo de alta velocidade que conecta a Finlândia e a Alemanha foi cortado — provavelmente devido a um “impacto externo”, segundo autoridades finlandesas — e, um dia antes, outro cabo que liga a Lituânia e a Suécia também foi danificado.

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Embora ainda não esteja claro o que causou os danos, o ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, afirmou nesta terça-feira que ambos os casos precisam ser investigados como um ato de sabotagem, apontando a Rússia como uma ameaça à União Europeia (UE). Em declaração à imprensa local antes de uma reunião de ministros da UE em Bruxelas, Pistorius reforçou que as duas ocorrências são “um sinal muito claro de que algo está acontecendo por lá”.

— Ninguém acredita que os cabos foram danificados acidentalmente. Devemos presumir, mesmo sem informações definitivas, que os danos foram causados por sabotagem — disse.

As declarações de Pistorius fazem referência a incidentes semelhantes ocorridos no Mar Báltico desde a invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia, em 2022. Há pouco mais de um ano, a âncora de um navio cortou dois cabos de dados e um gasoduto no fundo do Golfo da Finlândia. A Rússia negou envolvimento nos casos, e mais tarde um relatório chinês apontou que a ruptura do gasoduto Balticconnector por um navio com bandeira de Hong Kong foi causada por “condições de tempestade”. Um alto funcionário da Estônia, no entanto, questionou essa conclusão.

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Entenda o incidente atual

O primeiro dos ataques suspeitos foi a uma conexão de 218 km entre a Lituânia e a ilha de Gotland, na Suécia, por volta das 8h no horário local (5h em Brasília) de domingo, segundo a empresa de telecomunicações Telia Lietuva, que informou que o serviço ficou fora do ar. À CNN, um porta-voz da companhia afirmou que os sistemas de monitoramento detectaram o rompimento devido à interrupção do tráfego, e que é possível confirmar que o incidente não foi causado por falha de equipamento, mas por dano físico ao cabo.

Já o segundo foi direcionado ao cabo de 1.200 km entre Helsinque e o porto alemão de Rostock, que parou de funcionar por volta das 2h locais de segunda (23h de domingo em Brasília), de acordo com a empresa finlandesa de cibersegurança e telecomunicações Cinia Oy. Há grande possibilidade de que este esteja completamente cortado, já que todas as suas conexões de fibra estão inativas, informaram executivos da empresa na segunda-feira. O acesso à internet da Finlândia é feito via Suécia.

— Já vimos danos à infraestrutura crítica no Mar Báltico antes. Alguns desses incidentes foram atividades maliciosas, deliberadas, enquanto outros foram apenas negligência. Neste caso, ainda é muito cedo para tirar conclusões definitivas, mas obviamente ambas as possibilidades são viáveis — disse o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda.

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Ainda nesta terça, a procuradoria da Lituânia declarou que está coletando informações sobre o incidente, e autoridades suecas abriram uma investigação, segundo o ministro da Defesa Civil da Suécia, Carl-Oskar Bohlin. A polícia finlandesa também disse estar investigando o caso. Na noite de segunda-feira, as ministras das Relações Exteriores finlandesa e alemã declararam em comunicado conjunto que estavam “profundamente preocupadas” com o rompimento, levantando a possibilidade de uma “guerra híbrida”.

“O fato de que um incidente como esse levanta imediatamente suspeitas de dano intencional diz muito sobre a volatilidade dos nossos tempos”, escreveram a ministra finlandesa, Elina Valtonen, e sua contraparte alemã, Annalena Baerbock. “Nossa segurança europeia não está apenas sob ameaça pela guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, mas também por guerras híbridas conduzidas por atores maliciosos. Proteger nossa infraestrutura crítica compartilhada é vital para a segurança e resiliência de nossas sociedades”, acrescentaram.

Fronteiras marítimas no Mar Báltico — Foto: Editoria de Arte

As quatro nações envolvidas são membros da Otan, a aliança militar do Ocidente. Os casos ocorreram enquanto dois dos países afetados, a Suécia e a Finlândia, atualizavam suas orientações para cidadãos sobre como sobreviver em situações de guerra. Na segunda-feira, a Suécia começou a enviar panfletos pedindo que a população se prepare para a possibilidade de uma guerra, e a Finlândia lançou um manual com conselhos sobre o que fazer em caso de conflito. Ambos os países são geograficamente próximos à Rússia.

À CNN, dois funcionários americanos disseram em setembro que os Estados Unidos acreditam que a Rússia está agora mais propensa a realizar operações de sabotagem contra cabos submarinos. O alerta foi feito após uma investigação conjunta de emissoras públicas da Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia, que relataram, em abril de 2023, que Moscou tinha uma frota de navios suspeitos de espionagem operando em águas nórdicas. A operação russa seria, segundo relatado à época, parte de um programa de sabotagem potencial.

A mídia estatal lituana foi a primeira a relatar o rompimento entre a Lituânia e a Suécia, citando o diretor de tecnologia da Telia Lietuva, Andrius Šemeškevičius, que afirmou na segunda-feira que o cabo era responsável por cerca de um terço da capacidade de internet do seu país — que foi restaurada desde então. Ele disse que o problema foi detectado durante o monitoramento da rede da empresa, e que o cabo deve ser reparado nas próximas semanas, a depender das condições climáticas.

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O CEO da Cinia, Ari-Jussi Knaapila, disse também na segunda-feira que um navio de reparo seria enviado ao local do incidente para tentar identificar a causa do problema. A empresa informou que não sabe quanto tempo os reparos levarão, mas acrescentou que consertos de cabos submarinos costumam demorar entre cinco e 15 dias.

O Comando Marítimo da Otan (Marcom, na sigla em inglês), afirmou que as ameaças às infraestruturas submarinas aumentaram, e que “esses ataques mostram o quão vulnerável essa infraestrutura pode ser”, publicou o jornal britânico The Guardian. O órgão declarou, ainda, que a Otan tem intensificado suas patrulhas perto dos sistemas submarinos. No início do ano, o Marcom alertou que a segurança de quase 1 bilhão de pessoas na Europa e na América do Norte estava ameaçada por tentativas russas de explorar vulnerabilidades em estruturas submarinas, incluindo parques eólicos, que eles afirmaram possuir “fragilidades sistêmicas”.

— Sabemos que os russos desenvolveram uma série de táticas de guerra híbrida submarina para perturbar a economia europeia por meio de cabos, internet e gasodutos. Toda nossa economia submarina está sob ameaça — disse o vice-almirante do Marcom, Didier Maleterre, em abril.

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Estaleiros da UE reparam navios que transportam gás russo – 14/01/2025 – Mundo

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Estaleiros da UE reparam navios que transportam gás russo - 14/01/2025 - Mundo

Alice Hancock, Chris Cook

Estaleiros da União Europeia estão fazendo reparos em petroleiros russos, permitindo que Moscou continue transportando gás pelo Ártico apesar das sanções ocidentais ao setor energético do país.

Sem os trabalhos de manutenção —feitos pelo estaleiro Damen, na França, e Fayard A/S, na Dinamarca— a planta de GNL (gás natural liquefeito) Yamal, da Rússia, teria dificuldades para acessar mercados cruciais durante o inverno, quando os preços do gás no hemisfério norte estão mais altos.

Os dois estaleiros atenderam 14 dos 15 navios especializados da frota Arc7, que operam a partir do Yamal LNG na costa norte da Rússia, segundo imagens de satélite e dados de rastreamento de portos da Kpler, uma empresa de análise de dados. Alguns navios fizeram várias visitas.

“Se esses dois estaleiros estivessem indisponíveis, toda a operação logística seria colocada em dúvida”, disse Malte Humpert, especialista em transporte marítimo no Ártico do High North News, que monitora os movimentos dos navios. “Eles poderiam obter o serviço em outro lugar, mas isso significaria desviar bastante da rota.”

Oito dos petroleiros visitaram Damen, enquanto Fayard recebeu nove desde a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022. A maioria dos navios pertence a empresas de energia e transporte, incluindo a Dynagas, da Grécia.

Damen confirmou que reparou “vários navios envolvidos no transporte de GNL russo”, mas acrescentou que isso “aderiu estritamente à legislação de sanções europeias” e que não estava “envolvido nas escolhas de carga feitas pelas empresas de transporte que operam esses navios”.

“Não estão planejados mais reparos desses navios”, afirmou. Fayard não respondeu a pedidos de comentários feitos pelo Financial Times.

Eliminar o gás russo é um objetivo central da política da Comissão Europeia. No entanto, a meta de reduzir o uso de combustíveis fósseis russos pela UE a zero até 2027 foi prejudicada por um aumento nas importações de GNL, a maioria fornecida por Yamal.

As atividades dos navios e estaleiros não estão sancionadas devido a exceções para transporte de energia e porque os navios não possuem bandeira russa.

O único da frota que não passou por nenhum dos dois estaleiros foi o Christophe de Margerie, que pertence à empresa de transporte russa sancionada Sovcomflot.

A UE concordou em sancionar o navio —o primeiro movimento do bloco para impor sanções às operações de Yamal— em 16 de dezembro.

A incapacidade do Christophe de Margerie de acessar os estaleiros na Europa deixou o navio fora de serviço por seis meses, demonstrando a dependência do Arc7 em relação ao conhecimento e peças europeias, disse Humpert.

De Yamal, os navios podem navegar em direção à Europa ou seguir a rota do Mar do Norte, muito mais longa e perigosa, até a China. A rota para o leste só pode ser navegada durante os meses mais quentes, apesar de a Novatek —proprietária do Yamal LNG— estar experimentando uma janela de envio mais longa.

Os transportadores de GNL Arc7 foram construídos na Coreia do Sul a um custo de cerca de US$ 333 milhões por navio, de acordo com pesquisa do Instituto de Estudos Energéticos de Oxford.

Eles têm mais de 200 metros de comprimento e podem transportar cerca de 170 mil metros cúbicos de gás natural com um sistema de propulsão especificamente projetado para navegar em gelo espesso.

Um corretor de navios europeu disse que os estaleiros franceses e dinamarqueses, que têm docas secas grandes o suficiente para os petroleiros de grande porte, são os “únicos capazes de lidar com os Arc7 e, ao mesmo tempo, localizados no lugar certo”.

Enquanto o petróleo bruto e o carvão russos foram sancionados, o gás permaneceu fora do regime de sanções do bloco em meio a preocupações com a segurança do abastecimento.

O Yamal LNG exportou 20,9 bilhões de metros cúbicos para a Europa em 2023, de acordo com o OIES, dos quais cerca de um quarto foi enviado para destinos fora do bloco. Os suprimentos de Yamal representaram cerca de 85% a 90% das importações de GNL russo da UE, segundo o think-tank Bond Beter Leefmilieu.





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A Inglaterra desperdiça grande chance enquanto a Austrália defende um total escasso no Women’s Ashes ODI | Cinzas Femininas

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A Inglaterra desperdiça grande chance enquanto a Austrália defende um total escasso no Women's Ashes ODI | Cinzas Femininas

Raf Nicholson at Junction Oval

Tão perto e tão longe. A Inglaterra fez todas as jardas difíceis no segundo Women’s Ashes ODI em Melbourne na terça-feira, eliminando a Austrália por 180 depois de induzir um de seus piores colapsos de rebatidas de todos os tempos – oito postigos australianos perdidos em 49 corridas.

Então, depois de oscilar para 125 em oito, a Inglaterra de alguma forma conseguiu cambalear para 22 corridas de seu alvo, cortesia de uma retaguarda paciente 47 não fora de Amy Jones e da determinação dos números 10 e 11 da Inglaterra. Lauren Filer e Lauren Bell sobreviveram 29 bolas entre eles enquanto Jones tentava seu melhor nível para desempenhar seu papel de batedora sênior e ver seu lado além da linha.

Os saldos finais foram um borrão: quatro recepções perdidas dos defensores australianos, geralmente impecáveis, antes de Annabel Sutherland ser forçada a se retirar do ataque depois de acertar duas bolas sem bolas acima da altura da cintura no 48º. Tahlia McGrath se adiantou e finalizou. Mas o drama das 11 horas pareceu confundir Jones, que não conseguiu acertar uma única bola na final do over e deixou Bell para enfrentar Megan Schutt aos 49 minutos. Schutt prontamente a lançou e a Austrália ficou comemorando.

Esta foi a grande oportunidade da Inglaterra para empatar os Ashes em 2-2, depois de a impermeável ordem intermediária da Austrália ter sido finalmente penetrada por uma fonte improvável – o desvio de Alice Capsey. Enquanto Sophie Ecclestone criava seu caos habitual do outro lado, Capsey se despediu de Sutherland, roubou um século de Ellyse Perry e enganou Ash Gardner com um intervalo efervescente. Combinado com uma captura precisa e um uso ainda mais preciso do DRS – a Inglaterra exigiu a intervenção da tecnologia do terceiro árbitro para prender os postigos de Perry e Beth Mooney na perna anterior – a Inglaterra realizou o feito notável de derrotar os campeões mundiais em título por menos de 200 Foi a primeira vez desde 2009 que eles não conseguiram atingir esse total ao rebater primeiro em um ODI em casa. E ainda assim não foi suficiente.

Alana King comemora após demitir Sophie Ecclestone. Fotografia: James Ross/EPA

Foi a leg-spinner Alana King quem estrangulou a perseguição da Inglaterra, terminando com quatro em 25. Apresentada logo após o primeiro intervalo para bebidas, ela jogou Danni Wyatt-Hodge por um pato dourado, depois pegou Nat Sciver-Brunt na cobertura. E ainda assim a Inglaterra decidiu aceitá-la: tanto Charlie Dean quanto Sophie Ecclestone decidiram bizarramente que seu último término era o momento de tentar acelerar. Dean foi pego escorregando ao tentar colher, antes que Ecclestone tentasse cortar e ficar para trás. A bola do hat-trick errou o taco de Filer por centímetros, mas mesmo assim deveria ter sido o turno da Inglaterra morto e enterrado, assim como a saída de Filer aos 43, quando ela desceu o campo apenas para ser mandada de volta por Jones, que foi fazendo o seu melhor para cultivar a greve.

Se ao menos Capsey, o batedor, pudesse ter igualado os feitos de Capsey, o lançador, a Inglaterra teria vencido. A soma total de sua contribuição na partida de abertura do Women’s Ashes foi marcar quatro corridas e acertar uma bola na fronteira. Em menos de 48 horas, ela sacudiu a poeira, embarcou em um vôo de Sydney para Melbourne e, aparentemente, também encontrou tempo para convencer a capitã Heather Knight de que deveria lançar alguns overs. O resultado? Três postigos para 22 corridas em sete saldos, incluindo duas donzelas de postigo.

A partir daí, Filer conseguiu ficar em pé por tempo suficiente (depois de escorregar cinco vezes em um campo ainda úmido da tempestade de domingo) para acertar um dos tocos de McGrath, enquanto Ecclestone rebateu mais duas vezes para acertar a cauda. A Inglaterra realizou um feito notável, ajudada por uma captura precisa e pelo uso ainda mais preciso do DRS. Foi uma pena que eles não conseguiram fazer valer a pena.

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Quatro a zero para a Austrália, então, enquanto ambas as equipes voam para Hobart para o ODI final na sexta-feira. A pergunta que a Inglaterra fará a si própria será certamente: se não conseguimos sequer vencer a Austrália num dia em que a sua ordem média se transformou em escombros, então quando poderemos?



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Homem dos EUA acusado de perseguir Caitlin Clark, estrela da WNBA e do Indiana Fever | Notícias de basquete

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Homem dos EUA acusado de perseguir Caitlin Clark, estrela da WNBA e do Indiana Fever | Notícias de basquete

Clark disse à polícia que temia por sua segurança e alterou sua aparência em público após receber as mensagens no X.

A polícia do estado americano de Indianápolis acusou um homem do Texas de um crime por perseguir a estrela feminina da NBA Caitlin Clark.

Michael Thomas Lewis é acusado de assédio repetido e contínuo a Clark, de 22 anos, a partir de 16 de dezembro, escreveu a promotoria do condado de Marion em um processo judicial no sábado. Os registros da prisão mostram que Lewis deve comparecer ao tribunal na terça-feira.

Lewis postou inúmeras mensagens na conta X de Clark, de acordo com uma declaração juramentada de um tenente do xerife do condado de Marion.

Em um deles, ele disse que estava dirigindo pelo Gainbridge Fieldhouse – uma das arenas onde o Fever joga em casa – três vezes por dia, e em outro, ele disse que tinha “um pé em uma casca de banana e o outro em uma casca de banana”. acusação de perseguição”. Outras mensagens dirigidas a Clark eram sexualmente explícitas.

As postagens “na verdade fizeram com que Caitlin Clark se sentisse aterrorizada, assustada, intimidada ou ameaçada” e uma ameaça implícita ou explícita também foi feita “com a intenção de colocar Caitlin Clark com medo razoável de agressão sexual”, escreveram os promotores no Marion County Superior. Arquivamento judicial.

Lewis pode pegar até seis anos de prisão e multa de US$ 10 mil se for condenado.

O FBI descobriu que a conta X pertencia a Lewis e que as mensagens foram enviadas de endereços IP associados a um hotel de Indianápolis e a uma biblioteca pública no centro da cidade.

A polícia de Indianápolis conversou com Lewis em 8 de janeiro em seu quarto de hotel. Ele disse aos policiais que estava de férias em Indianápolis. Quando questionado por que estava fazendo tantas postagens sobre Clark, Lewis respondeu: “Pela mesma razão pela qual todo mundo faz postagens”, de acordo com documentos judiciais.

Ele disse à polícia que não tinha intenção de fazer mal e que fantasiava estar em um relacionamento com Clark.

“É uma coisa de imaginação, fantasia e é uma piada, e não tem nada a ver com ameaça”, disse ele à polícia, de acordo com os documentos judiciais.

Ao pedir ao tribunal uma fiança superior ao padrão, a promotoria disse que Lewis viajou de sua casa no Texas para Indianápolis “com a intenção de estar próximo da vítima”.

A promotoria também buscou uma ordem de afastamento como condição específica se Lewis for libertado da prisão antes do julgamento. Os promotores solicitaram que Lewis fosse ordenado a ficar longe dos campos de Gainbridge e Hinkle, onde o Fever joga em casa.

Respondendo às ameaças, Clark disse à polícia que temia por sua segurança e alterou sua aparência em público.

“É preciso muita coragem para as mulheres se apresentarem nesses casos, e é por isso que muitas não o fazem”, disse o promotor do condado de Marion, Ryan Mears, de acordo com o The Indianapolis Star.

“Ao fazer isso, a vítima está dando um exemplo para todas as mulheres que merecem viver e trabalhar em Indy sem a ameaça de violência sexual.”

Clark, 22, foi a escolha geral número um no Draft da WNBA de 2024, após uma carreira celebrada em Iowa. Ela recebeu honras All-Star e All-WNBA e foi eleita a Estreante do Ano da WNBA na temporada de 2024.



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