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Americanas: fornecedores xingavam após descobrirem fraude – 15/11/2024 – Mercado

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As reuniões da Americanas com fornecedores foram muito hostis no ano passado. A varejista, que assumiu uma fraude contábil de R$ 25,3 bilhões, e entrou em recuperação judicial com dívidas de R$ 42,5 bilhões, viu sua credibilidade desabar com todos os públicos com os quais se relacionava.

“A gente chegava para uma reunião de uma hora e era xingado por 40 minutos. Só nos 20 minutos finais havia negociação”, disse à Folha Leonardo Coelho, presidente da Americanas. “Hoje a reunião inteira é de negócios”, afirmou o executivo.

A varejista anunciou na noite de terça-feira (13) um lucro líquido de R$ 10,3 bilhões contra prejuízo de R$ 1,63 bilhão frente ao mesmo período de 2023 –mas o resultado está ligado diretamente à execução do plano de recuperação judicial, não à operação em si, que ainda não se mostra lucrativa.

‘INABILIDADE CRÔNICA DE GERAÇÃO DE CAIXA’

“A fraude contábil é só um aspecto da inabilidade crônica de geração de caixa da Americanas”, disse Coelho, para quem a crise que levou a varejista ao fundo do poço é “página virada” e o trabalho agora está em fazê-la voltar às origens, como uma operação rentável como era no final dos anos 1990. No período, a varejista havia acabado de passar por uma reestruturação capitaneada pela Galeazzi & Associados.

A empresa registrou no terceiro trimestre uma receita líquida de R$ 3,2 bilhões, com ligeira alta de 0,6% sobre o mesmo período do ano passado. O varejo físico é quem vem mantendo a operação de pé: as vendas brutas nas lojas avançaram 11% no trimestre, para R$ 3,4 bilhões. Mas as vendas no canal digital vêm desabando: queda de 45% no período, para R$ 658 milhões, uma vez que itens de maior valor agregado, como eletrônicos e smartphones, deixaram de ser comercializados diretamente pela empresa.

Segundo Coelho, a Americanas vem mantendo o plano de fortalecer sua operação no varejo físico, onde tem como principais clientes as mulheres das classes B e C em busca de guloseimas, lingerie e brinquedos. “Essa consumidora continuou comprando e confiando na marca, mesmo depois da enxurrada de notícias negativas sobre a empresa”, diz ele, ressaltando que o resgate da credibilidade junto aos fornecedores também vem permitindo que a empresa feche boas negociações, que a permitam oferecer preços competitivos.

‘A GENTE NÃO VAI À FALÊNCIA POR CAUSA DO ALUGUEL DO IGUATEMI’

Apesar de se manter com as vendas das lojas físicas, a varejista fechou as portas de 10% dos seus pontos de venda desde o início da recuperação judicial. “Vamos continuar encerrando as lojas que não apresentem um Ebitda [lucro antes de juros, depreciação e amortização] positivo”, diz Coelho.

Isso pode incluir a loja da Americanas no Shopping Iguatemi, em São Paulo, que foi alvo de uma ação de despejo em agosto, por aluguéis atrasados que somariam R$ 662,2 mil. O executivo diz que a empresa não tem aluguéis atrasados com o shopping e que, por estar em recuperação judicial, não pode acumular novas dívidas sob o risco de ir a protesto, o que poderia levá-la à falência.

“Ou eu pago ou vou à falência. A gente não vai à falência por causa do aluguel do Iguatemi”, afirma. De acordo com o executivo, as vendas na loja do shopping da família Jereissati, um dos centros comerciais mais sofisticados de São Paulo, estão aquém do esperado.

“Se a loja do Iguatemi não gerar resultado positivo depois de todo o catálogo de ações que a gente está colocando, o primeiro a querer fechar a loja não vai ser Iguatemi, vai ser a gente”, disse.

Questionado pela Folha sobre o andamento da ação de despejo contra a varejista, o Iguatemi respondeu apenas que “não comenta relações comerciais com seus lojistas”.

Nesse “catálogo de ações” está, por exemplo, adequar o mix de produtos ao perfil da loja, que deve estar preparada para atender às necessidades do consumidor da região. “Não adianta enviar para a loja de Campos do Jordão a mesma quantidade de guarda-sóis que eu vendo na loja de Copacabana [no Rio]”, disse Coelho.

Segundo o presidente da Americanas, hoje a adequação deste sortimento está em nível regional. Mas a ideia é torná-lo cada vez mais personalizado por município e por loja. “É um trabalho para os próximos três trimestres”, diz ele, que também planeja lançar um novo programa de fidelização da clientela.

De acordo com a diretora financeira e de relações com investidores da companhia, Camille Faria, a empresa está no caminho certo para voltar ao lucro. No terceiro trimestre deste ano, registrou um lucro operacional antes do resultado financeiro de R$ 279 milhões, o que a fez reverter uma perda de R$ 616 milhões no indicador de um ano antes.

Entre julho e setembro, apresentou um Ebitda negativo de R$ 250 milhões (após o pagamento de alugueis e sem contar eventos extraordinários). “É um número bem melhor do que apresentamos no primeiro semestre, de R$ 750 milhões negativos”, disse ela, ressaltando que, no terceiro trimestre, não existiram datas que puxam consumo, como Páscoa e Dia das Mães. “Estamos evoluindo na direção certa.”

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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