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Apartamento de Renato Russo à venda em Ipanema, veja fotos – 13/03/2025 – Música

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4 meses atrásem

André Aram
Rio de Janeiro
Eternizada na canção “Carta ao Tom 74”, de Vinicius de Moraes e Toquinho, a rua Nascimento Silva, em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro, era o refúgio de outro morador ilustre além de Tom Jobim (1927-1994): o também cantor e compositor Renato Russo (1960-1996), líder da Legião Urbana.
O apartamento de 136 m², com três quartos, duas salas, e outros cômodos amplos, onde o músico morou entre 1990 e 1996, está sendo negociado sem alarde no mercado imobiliário.
Avaliada em R$ 2,8 milhões, a propriedade está situada nesta rua tranquila, entre a Lagoa Rodrigo de Freitas e a praia de Ipanema. O prédio tem um apartamento por andar, e o imóvel ainda preserva características antigas, como a mesa embutida no quarto onde Renato criou cinco discos e posou algumas vezes para reportagens com a sua coleção de CDs e livros que ultrapassava cinco mil itens.
Após a morte do artista, aos 36 anos, em decorrência da Aids, o imóvel foi herdado pelo filho Giuliano Manfredini, 36, que na ocasião tinha sete anos. O apartamento recebe em média entre duas e três visitas por mês de clientes realmente interessados em comprá-lo. “Tem muito curioso também”, diz ao F5 Jefferson Joviano, da Joviano Imóveis.
“Nos fins de semana meu telefone não para, todo mundo perguntando sobre o imóvel, querendo agendar visita, é DDD de fora direto”, conta. Isso fez com que ele passasse a filtrar as visitas, principalmente para evitar aqueles que só querem estar no mesmo local onde o músico viveu até os seus últimos dias.
Ele conta que, na maioria das vezes, ligações de outros estados são de fãs que estão no Rio a turismo e querem ter a chance de visitar o lar do ídolo, se passando por clientes. Entretanto, algumas perguntas específicas feitas pelo corretor ajudam a separar quem está efetivamente interessado daqueles que anseiam somente saciar uma curiosidade.
Como o anúncio na Internet não faz menção ao morador famoso, é comum também o cliente desconhecer a informação, e quando descobrem in loco, reagem com surpresa. “É uma euforia, querem ficar mais tempo, reparam em cada detalhe”.
Mas existem aqueles também de uma faixa etária madura que não demonstram o mesmo entusiasmo. A presença de fãs na entrada do prédio de três andares é comum, cuja portaria estampou a capa do CD Stonewall Celebration, de 1994. Há quase três décadas, eles visitam o local, não fazem algazarra, tiram fotos, observam fixamente as duas janelas da sala, como se estivessem mais próximos do ídolo.
O imóvel está à venda desde 2023, discretamente, por opção do herdeiro, por isso, de modo geral, apenas admiradores do artista e alguns moradores do bairro tinham ciência. Além disso, a venda é exclusiva do corretor. O apartamento 201 está fechado desde a morte do célebre dono, e durante duas décadas abrigou seu vasto acervo, mas sempre sem residentes. O item mais novo são alguns aparelhos de ar-condicionado split que foram instalados para conservação de alguns objetos que seriam catalogados para uma exposição.
O refúgio do ícone de uma juventude inquieta
O edifício construído em 1938 com fachada de tijolos aparentes se mantém original, não tem elevador e nem porteiro e conta com uma vaga de garagem por morador. Joviano informa que nenhuma obra foi realizada após o falecimento do artista, e ressalta como pontos altos a localização e a metragem.
Outro detalhe que chama atenção é o bom estado do piso de taco, considerando a longevidade da edificação. O valor condomínio é de R$ 1,5 mil. O ator Mauricio Branco era amigo próximo de Renato e costumava frequentar sua casa. “Em uma sala tinha sofás, mesinhas com porta retratos da família; na outra, uma mesa de madeira de quatro lugares onde ele adorava fazer sessões de tarô para os amigos e oferecer jantares de comida japonesa”, lembra.
O ator descreveu a decoração como a de uma clássica casa de família tradicional. “Tinha almofadas de estampa florida, um cachorrinho de pedra e tudo muito colorido, os vasos sempre tinham lírios e girassóis trocados a cada quatro dias”.
Branco recorda-se da coleção de CDs, filmes e livros no home-office montado no quarto. “Ali ele lia, escrevia e fazia sessões de cinema. Um sintetizador e um violão também ficavam ali, além dos discos de ouro e platina. Passávamos tardes falando sobre a vida”, contou.
No outro quarto onde Renato dormia, havia uma cama azul queen size e muitas almofadas. Ele também rememorou a religiosidade do amigo: “Imagens de santos estavam em lugares de destaque, ele era muito católico. Festas eram raras, ele gostava de receber formalmente, não oferecia bebidas alcoólicas, mas caprichava na comida”.
Em um post em sua rede social, o cantor Paulo Ricardo lembrou de um momento curioso, quando foi buscar o músico em casa em 1996 para irem à gravadora Som Livre, em Botafogo, e deparou-se com Renato usando camisa florida, bermuda e chinelos para ir ao compromisso.
O ícone do rock, que soube expressar as inquietudes dos jovens brasileiros, tinha um ótimo convívio com os moradores de longa data do prédio, segundo uma vizinha que não quis se identificar. Renato era uma pessoa simples, gostava de alugar filmes, ouvir música, e não tinha um séquito de funcionários em casa, somente uma secretária que organizava compromissos e uma diarista que geralmente realizava a limpeza quando ele estava no estúdio.
O apartamento não está totalmente vazio, ainda restam no local um sofá de dois lugares, e um aparador de madeira, que poderão ser negociados no ato da compra. Além desses dois artigos, um imenso painel com a imagem do artista no palco, encontra-se parcialmente desmontado e apoiado na parede da sala.
Em um dos espaços onde ele passava mais tempo (o quarto), o corretor salientou uma ‘recordação’ deixada pelo artista: “Tem uma marca de queimadura de cigarro dele na mesa, que continua lá”. Na garagem, repousa um Ômega GLS cor verde, ano 1996, que também pertencia ao músico.
O automóvel não está à venda por enquanto, embora propostas sejam recorrentes, mas Joviano avisa que a compra do imóvel não inclui o veículo, que terá outro destino quando a venda for concretizada.
Em 25 de julho de 2023, o prédio recebeu a placa azul de Patrimônio Cultural da Prefeitura do Rio de Janeiro, fazendo parte do Circuito da Música. Em 12 anos de carreira, a Legião Urbana vendeu quase seis milhões de cópias dos oito discos lançados entre 1985 e 1997. Renato ainda gravou dois álbuns solo: “Stonewall Celebration” em inglês e “Equilíbrio Distante”, em italiano.
Ex-cobertura do Poetinha está disponível para locação
A 700 metros da residência de Renato, na rua Prudente de Morais, no edifício do Teatro Ipanema (hoje Teatro Rubens Corrêa), viveu outro poeta: Vinícius de Moraes. Na cobertura superior a 100 metros quadrados moraram mais tarde o filho dele, Pedro de Moraes (1942-2022) e a esposa, a atriz Vera Valdez (1ª manequim brasileira da Chanel) e a filha, a cantora e atriz Mariana de Moraes.
A família do atual proprietário, Alexandre Veiga, adquiriu o imóvel há quase três décadas, onde dividiu a propriedade em duas unidades e a viabilizou para arrendamento por temporada em plataformas como Airbnb, com diárias a partir de R$ 700. O apartamento maior conta com terraço, bar e sauna, e acomoda até três pessoas. Na outra unidade, cabem quatro hóspedes.
Indagado sobre a reação dos hóspedes quando descobrem que ali viveu uma personalidade notória, Veiga respondeu: “sempre ficam felizes em saber que estão no lar que pertenceu ao Vinicius e também ficam encantados com a história do teatro de 1968.”
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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