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Artistas defendem que hip hop se torne patrimônio imaterial

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Luiz Claudio Ferreira – Repórter da Agência Brasil
“Quero ter tempo de honrar sempre de onde eu venho (…) Tem tempo de plantar, tem tempo de colher/Mas todo tempo é tempo quando a meta é crescer”.
Os versos da música O tempo, de Nenzin MC (nome artístico do rapper Jonathan Williano), de 29 anos, de Ceilândia (DF), ajudam a descrever os caminhos do músico, que começou a criar aos 15 anos de idade e que ouviu, até mesmo dentro de casa, receio se a arte poderia garantir os caminhos profissionais. Nos versos, temas da periferia tiveram o som da transformação.


Brasília (DF), 17/10/2024 – MC Nenzin realiza batalhas de rap que geram empregos em Ceilândia. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Além de compor, o artista é responsável por “batalhas de rap” que garantem pelo menos 50 empregos diretos e 150 indiretos na própria Ceilândia, a maior cidade do Distrito Federal.
“Depois do rap, tudo mudou. A minha família entendeu que a música ia ser o que ia pagar as contas da nossa casa. Além disso, a gente gera uma economia para dentro da nossa cidade com cultura, diversão e arte”.
No caso de Nenzin MC, ele virou músico de verdade depois que ingressou, aos 18 anos, em uma ONG chamada Jovem de Expressão, que oferece vagas para pessoas da periferia em cursos para empoderamento da juventude periférica, com a lógica de ser impulsionada pela cultura hip hop (que o rap faz parte).
Seminário
Graças a projetos como esse que artistas e ativistas integrantes do movimento iniciaram uma campanha para que o hip hop se torne patrimônio imaterial do Brasil. Inclusive, Brasília sedia até, este sábado (30), o 1º Seminário Internacional Construção Nacional Hip-Hop. O evento teve a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, que defende a avaliação da iniciativa pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).


Brasília (DF), 17/10/2024 – Cláudia Maciel participa do Seminário Internacional Construção Nacional do Hip Hop. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
A artista Claudia Maciel, que integra o comitê gestor de juventude negra e facilitadora da construção nacional do hip hop da ONG na Ceilândia, explica que há um inventário com mais de duas mil páginas para que o movimento cultural se torne patrimônio.
“A nossa cultura é vilipendiada. A gente busca o direito de exercer a nossa cultura nas ruas”.
Ela lamenta que artistas ainda são vítimas da violência por racismo.
Por isso, o reconhecimento oficial, na opinião da educadora, pode colaborar para que os artistas recebam mais recursos. “Esse seminário é fruto de um pacote robusto de entregas do Ministério da Cultura para nós”, afirmou Claudia Maciel. Ela acrescentou que uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a ser divulgada neste sábado, deve mostrar que a maioria dos artistas do hip hop no Brasil são homens negros.
Vetor de transformação
O diretor da Jovens de Expressão, Antônio de Pádua Oliveira, de 45 anos, avalia que o hip hop é um dos movimentos que têm mais entrada nas periferias.
“A cultura se transforma em um vetor de transformação social. A gente entende que pode gerar renda para o jovem de periferia, o que inclui não só música, mas também moda, literatura, dança, produção audiovisual…”, exemplifica.
Outra das vidas transformadas pelo hip hop é a do produtor de audiovisual Ricardo Soares Azevedo, de 31 anos, conhecido pelo apelido de Palito, na comunidade. Ele chegou na ONG em Ceilândia para dar aula de basquete de rua.


Ricardo Soares Azevedo, conhecido como Palito, conta como hip hop mudou sua vida. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
“Logo em seguida eu entrei na oficina de audiovisual. É uma área muito cara e muito inacessível para mim na época. O curso foi de graça”. Depois que aprendeu a filmar, passou a registrar a comunidade e entrar no mercado de trabalho.
“Eu trabalho muito com cobertura de eventos. Já gravei videoclipes de artistas da cidade também”. Hoje ele vive das filmagens.
Um filme do produtor, com o título Faz seu Corre, de 23 minutos, foi selecionado para a Mostra do Festival de Cinema de Brasília. “Conta justamente a realidade dos jovens de periferia que passam por dificuldade. Jovens que, às vezes, não têm muita oportunidade e acabam encontrando na arte uma oportunidade de ganhar a vida”, diz o profissional com uma vida de imagens que ele nunca imaginou.
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SUS vai distribuir vacina contra herpes-zóster, afirma ministro da Saúde; vídeo

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24 de abril de 2025
Em breve, os brasileiros poderão se imunizar de graça contra uma doença silenciosa, muito dolorida, que atinge principalmente, quem tem mais de 50 anos. O SUS (Sistema Único de Saúde) vai incluir a vacina contra herpes-zóster na lista de prioridades. A notícia boa foi dada esta semana pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Atualmente, a vacina é oferecida apenas nas unidades privadas – em duas doses – e custa, em média, R$ 800. O pedido para a inclusão da vacina foi feito diretamente ao ministro durante audiência na Comissão de Saúde na Câmara, por uma deputada que teve a doença.
“É uma prioridade nossa, enquanto ministro da Saúde, que essa vacina possa estar no Sistema Único de Saúde. A gente pode fazer grandes campanhas de vacinação para as pessoas que têm indicação de receber essa vacina. Pode contar conosco”, afirmou Padilha.
Experiência dolorosa pessoal
O apelo partiu da deputada federal Adriana Accorsi (PT-GO), que ficou cinco dias internada em Goiânia, por uma crise causada pelo vírus que provoca herpes-zóster. Com dores pelo corpo, sentindo a pele queimar, ela disse que foi uma experiência muito dolorosa.
“Passei por essa doença recentemente e senti na pele o quanto ela é dolorosa, perigosa e pode deixar sequelas graves. Por isso, sei o quanto é fundamental garantir acesso à prevenção e à informação, especialmente para quem mais precisa”, afirmou a parlamentar.
As sequelas mais graves da doença podem provocar lesões na pele, cegueira, surdez e paralisia cerebral, por exemplo. Estudos indicam que os casos aumentaram 35% após a pandemia de Covid-19
Leia mais notícia boa
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A doença herpes-zóster
Só em 2023, mais de 2,6 mil pessoas foram internadas com o diagnóstico da doença no Brasil.
O herpes- zóster, chamado popularmente como “cobreiro”, é infeccioso. A doença é causada pelo vírus varicela-zóster, o mesmo que causa a catapora.
A crise gera erupções na pele, febre, mal-estar e dor intensa fortes nos nervos.
Em geral as pessoas com baixa imunidade estão mais propensas.
Vai SUS!
A vacina contra herpes-zóster deve ser incluída na lista de prioridades, de acordo com o ministro Alexandre Padilha. Foto: Ministério da Saúde
A promessa do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi registrada:
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Anvisa aprova medicamento que pode retardar Alzheimer

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24 de abril de 2025
Anvisa aprovou o Kinsula, primeiro medicamento que pode retardar a progressão do Alzheimer. Já provado nos EUA, ele é da farmacêutica Eli Lilly. – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Uma notícia boa para renovar a esperança de milhares de brasileiros. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento internacional para tratar o Alzheimer.
Indicado para o estágio inicial da doença, o Kisunla (donanemabe) é fruto de mais de três décadas de pesquisa. Em testes, o medicamento retardou em até 35% o avanço da doença em pacientes com sintomas leves.
Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o donanemabe foi aprovado nos Estados Unidos em julho de 2024. No Brasil, a aprovação foi divulgada nesta terça-feira (22). O Kisunla é injetável e deve ser administrado uma vez por mês.
Como funciona
A principal função do fármaco é remover as chamadas placas amiloides, os acúmulos anormais de proteínas no cérebro.
São esses acúmulos que atrapalham a comunicação entre os neurônios e estão associados ao surgimento e à progressão da doença.
Nos testes clínicos, o remédio conseguiu eliminar até 75% das placas após 18 meses de tratamento.
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Quem se beneficia
O tratamento é indicado apenas para pacientes com comprometimento cognitivo leve e demência leve.
Por outro lado, o Kisunla não é recomendado para quem usa anticoagulantes ou sofre de uma condição chamada angiopatia amiloide cerebral.
Também há restrições para pacientes que não possuem uma variante específica do gene ApoE ε4.
Em comunicado à imprensa, Luiz Magno, diretor médico sênior da Lilly do Brasil, comemorou a aprovação pela Anvisa:
“Estamos vivendo um momento único na história da neurociência. Depois de mais de trinta e cinco anos de pesquisa da Lilly, finalmente temos o primeiro tratamento que modifica a história natural da doença de Alzheimer aprovado no Brasil. Claro, esse é um marco para nós como companhia e para a ciência, mas principalmente para as pessoas que vivem com a doença de Alzheimer e seus familiares – que há anos buscam por mais esperança. Essa é nossa missão, transformar vidas.”
Estudo clínico
A avaliação para a aprovação foi feita a partir de um estudo clínico de 2023. Ao todo, a pesquisa envolveu 1.736 pacientes de 8 países com Alzheimer em estágio inicial.
Aqueles que receberam o Kisunla tiveram uma progressão clínica da doença menor em comparação aos pacientes tratados com o placebo.
Segundo a Anvisa, assim como qualquer outro remédio, o medicamento vai continuar sendo monitorado.
Disponível em breve
Apesar da aprovação, o Kisunla ainda não está disponível nas farmácias.
Para isso, é preciso esperar o medicamento passar pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
O processo pode levar semanas ou até meses.
Nos Estados Unidos, o tratamento com o fármaco custa por volta de US$ 12.522 por 6 meses e US$32.000 por 12 meses, aproximadamente R$ 183.192 na cotação atual.

O medicamento é injetável e deve ser administrado uma vez por mês. – Foto: Getty Images/Science Photo Libra
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China lança banda larga 10G; a primeira e mais rápida do mundo

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24 de abril de 2025
Na vanguarda sempre, os chineses surpreendem mais uma vez. A China lança a primeira banda larga 10G do mundo. A expectativa é oferecer velocidades de download de até 9.834 Mbps, velocidades de upload de 1.008 Mbps e latência de 3 milissegundos, muito maiores do que as usadas atualmente.
Com o 10G vai ser possível baixar em apenas 20 segundos um filme completo em 4K (com cerca de 20 GB), que normalmente leva de 7 a 10 minutos em uma conexão de 1 Gbps.
A tecnologia de Rede Óptica Passiva (PON) 50G, que abastece a rede 10G, melhora a transmissão de dados pela infraestrutura – de fibra óptica atual.
Trabalho em parceria
A inovação foi anunciada, no Condado de Sunan, província de Hebei. O lançamento é resultado de um trabalho colaborativo da Huawei e da China Unicom.
Essa tecnologia permitirá, por exemplo, o uso de nuvem, realidade virtual e aumentada, streaming de vídeo 8K e integração de dispositivos domésticos inteligentes, tudo de uma só vez.
Com essa iniciativa, a China supera a banda larga comercial em países, como Emirados Árabes e Catar, de acordo com o Times of India.
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Expectativas de aplicações sociais
A implementação da banda larga 10G deve facilitar avanços em setores sociais, como saúde, educação e agricultura por intermédio da transmissão de dados mais rápida e confiável.
De acordo com os engenheiros e pesquisadores envolvidos, essa tecnologia será usada em aplicados “exigentes” de alta velocidade.
Com a banda larga 10G, a China se coloca à frente dos Emirados Árabes e do Catar em tecnologia comercial. Foto: Freepik
Leia Mais: Só Notícias Boas
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