POLÍTICA
As cinco apostas de Lula para 2026

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Matheus Leitão
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A aposta do governo para reverter a impopularidade de Lula passa por cinco pontos e está sendo tratada intensamente no Palácio do Planalto. Nas cordas e jogando em um campo nunca antes experimentado de baixa popularidade, o presidente tem insistido com os ministros que busquem aperfeiçoar a qualidade dos benefícios sociais mirando 2026, enquanto os números da economia melhoram.
- Isenção de Imposto de Renda para quem receber até R$ 5 mil mensal;
- O programa educacional Pé-de-Meia, que oferece uma poupança para incentivar alunos do ensino médio a permanecer na escola;
- A nova faixa de famílias atendidas pelo Minha Casa, Minha Vida, destinada à classe média, destinado ao financiamentos de unidades habitacionais;
- A queda do dólar, que começa a ceder após longa anda de alta;
- E a tão esperada supersafra agrícola, que deve aumentar a oferta e derrubar a inflação de alimentos que tem corroído a imagem do governo;
É óbvio que Lula e a Casa Civil da presidência também apostam em programas como o Farmácia Popular, que ampliou a gratuidade em dezenas de remédios, o Auxílio-Gás e o Bolsa Família.
Mas os cinco pontos listados acima são a fórmula para virar a competitividade do PT na próxima eleição presidencial.
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POLÍTICA
Lula abraça o tom de campanha eleitoral, mas pesqu…

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4 horas atrásem
27 de abril de 2025
Heitor Mazzoco
Durante a campanha de 2022, em meio a uma disputa apertada contra Jair Bolsonaro, o hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a cinco dias do segundo turno: “Eu, se eleito, serei um presidente de um mandato só. Os líderes se fazem trabalhando, no seu compromisso com a população”, afirmou. Logo depois de vencer, no entanto, pouca gente duvidava que ele mudaria de ideia e iria, sim, tentar um novo mandato. Isso só foi posto em dúvida no final de 2024, quando, além da aprovação em queda, sofreu um grave acidente doméstico (cortou a cabeça ao cair no banheiro). Dali, passou a condicionar uma nova candidatura ao cenário político e a suas condições de saúde (ele completará 81 anos em 2026) — o que criou muita aflição, especialmente no PT, que passou a discutir nos bastidores quem poderia substituir o seu líder histórico. Nas últimas semanas, no entanto, as dúvidas parecem ter se dissipado. Lula tem empilhado eventos, em Brasília e pelo país, em que discursa como candidato: lista o que fez, diz que ainda fará o que foi prometido e não foi feito e lança novas promessas para um horizonte que vai muito além do fim do seu mandato.
A mudança de tom vem se desenhando aos poucos, mas sempre na mesma direção: mostrar que é candidato à reeleição. Em fevereiro, durante encontro com prefeitos em Brasília, martelou o que considera sua maior qualidade, que seria atender todo mundo, inclusive adversários, e mandou o recado. “Quando terminar o meu mandato, vocês vão dizer: “Lulinha, Lulinha, fica, porque nós precisamos de um presidente que goste de nós”, disse. Em 3 de abril, capitaneou o evento “O Brasil dando a volta por cima”, pensado pelo ministro-chefe da Secom, Sidônio Palmeira, para embalar o que o governo fez em dois anos e insistir na pregação de que a primeira metade da gestão foi para superar a terra arrasada deixada por Bolsonaro. Um dia depois, em reunião com senadores da base (incluindo siglas como PSD, MDB e União Brasil), houve um bate-papo reservado que tinha só uma finalidade: esboçar estratégias para a campanha à reeleição do petista.
Paralelamente a isso, Lula foi para as ruas servir de mascate de seu governo. Um exemplo claro da apresentação de promessas para além de 2026 se deu há pouco mais de uma semana, em evento de ampliação da produção da fábrica da Nissan, em Resende (RJ), no último dia 15. “Nós tomamos uma decisão de que até 2030 todas as crianças brasileiras estarão alfabetizadas até o segundo ano”, afirmou — 2030, vale lembrar, seria o último ano de um eventual quarto mandato. Um dia antes, ao inaugurar um campus da Universidade Federal Fluminense, em Campos dos Goytacazes (RJ), também discursou em tom de campanha. Criticou a elite, que “só imaginava que a gente fosse cortador de cana” e disse que “precisou um torneiro mecânico, sem diploma universitário, governar este país para ser o presidente que mais fez universidades na história”. “Analise quantas escolas foram feitas no mandato que terminou outro dia”, disse, já cutucando Bolsonaro.
O ritual é muito parecido nos eventos, para onde sempre leva integrantes do primeiro escalão para apoiar a sua explanação sobre os feitos do governo. O ministro Fernando Haddad (Fazenda), por exemplo, falou nos últimos encontros sobre a proposta de empréstimo consignado para trabalhadores no regime CLT. “Procure trocar a sua dívida cara por uma barata. É saber fazer bom uso desses instrumentos que o governo federal está criando para ajudar o trabalhador”, disse no anúncio de investimentos do Mercado Livre, em São Paulo, em 7 de abril. Outros ministros espalham boas-novas, como a ampliação da faixa de renda do Minha Casa, Minha Vida e a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até 5 000 reais por mês, dois trunfos com os quais o governo conta para ganhar o coração da classe média. Sem contar a estratégia de martelar o tempo todo a paternidade de iniciativas populares, como Bolsa Família, Mais Médicos e Samu.

A preocupação eleitoral também pode ser notada pelo roteiro de viagens. Só entre fevereiro e abril, foram quatro idas a Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país, onde Lula ganhou de Bolsonaro em 2022 por 0,4 ponto percentual e onde a direita é franca favorita a vencer em 2026. Em abril, também esteve em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Pará — todos estados entre os dez maiores colégios eleitorais do país. A oposição já percebe o movimento eleitoral do petista. “O povo vê com clareza: ele age como candidato, não como presidente. Usa dinheiro público para tentar se manter no poder em 2026, mas não engana mais ninguém”, diz o deputado federal Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), para quem cada viagem de Lula é uma tentativa frustrada de esconder a rejeição crescente do eleitor. “Enquanto o Brasil enfrenta problemas reais, Lula está mais preocupado em fazer autopromoção”, afirma o vice-líder da oposição na Câmara, Ubiratan Sanderson (PL-RS).
Indiferente a essas críticas, o petista tem ao menos duas motivações, além, claro, de melhorar a imagem do governo. Uma é apagar eventuais inseguranças no seu campo político. Internamente, os líderes de partidos de esquerda não trabalham com outra opção que não seja a de Lula subir no palanque para a sétima disputa presidencial de sua carreira. Mesmo no PT, no qual várias correntes se digladiam para ver quem assume o comando do partido em julho, há uma unanimidade: o candidato é Lula. “Vamos construir um partido forte, combativo e capaz, inclusive, de reeleger o presidente Lula em 2026, que é nossa grande meta”, diz o deputado Rui Falcão, que desafia exatamente o candidato de Lula, o ex-prefeito Edinho Silva. Outro que foi instado pelo presidente a voltar de vez para o cenário político é o ex-ministro José Dirceu, escalado para ajudar a eleger Edinho, disputar uma vaga na Câmara e articular a formação de uma frente, para além da esquerda, que possa enfrentar a direita.

O trabalho, no entanto, não será fácil. Levantamento sobre a sucessão presidencial divulgado pelo instituto Paraná Pesquisas nesta semana mostra que Lula terá de suar para conseguir um quarto mandato (veja o quadro). No segundo turno, ele aparece atrás de todos os adversários sondados: Bolsonaro (que está inelegível e tenta reverter a situação), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e, o mais provável, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Para piorar, o petista tem a maior rejeição: 51,9% não votariam nele de jeito nenhum, enquanto apenas 24,5% dizem que o escolheriam com certeza se seu nome aparecesse de novo na urna. E, por fim, a desaprovação ao seu governo chegou a 57,4%, o maior número da série histórica do instituto iniciada em agosto de 2023.
Lula, é claro, confia em reverter a tempo o quadro e disfarça cada vez menos que deseja ir para mais uma disputa. O anúncio oficial já tem até data. Será em julho, logo depois da eleição interna do PT. Até lá, o presidente vai tentar mudar os humores de grande parte dos eleitores. “Mas não adianta citar o PIB e outros dados macroeconômicos se as pessoas não têm a percepção de que o país melhorou”, afirma Eduardo Lima, mestre em história social pela Unesp. Com o preço dos alimentos em alta (dois em cada três dos brasileiros mais pobres passaram a comprar menos comida, segundo o Datafolha), por exemplo, Lula vai ter de gastar muita saliva e sola de sapato daqui para a frente.
Publicado em VEJA de 25 de abril de 2025, edição nº 2941
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POLÍTICA
Tribunais de contas se consolidam como abrigo para…

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27 de abril de 2025
Hugo César Marques
Os tribunais de contas são órgãos auxiliares do Legislativo criados para fiscalizar o bom uso do dinheiro dos contribuintes. É uma tarefa das mais importantes. Se executada com diligência, funcionaria como uma blindagem às obras inúteis, ao desperdício, aos malfeitos e à corrupção. Os conselheiros contam com estabilidade no cargo, têm mordomias variadas e ainda se aposentam com vencimentos integrais. Há casos em que os vencimentos superam os 100 000 reais por mês. Indicados pelos governantes de plantão, os TCs, porém, costumam ser dóceis com quem tem poder, e são raras as decisões do colegiado que se revertem efetivamente em algo a favor dos cofres públicos. Essa leniência tem muito a ver com a própria composição dos tribunais, que desde sempre serviram de abrigo para amigos de políticos e políticos em fim de carreira, o que já é, por si só, um tremendo paradoxo.
Para agravar a situação, nos últimos anos, as Cortes passaram também a hospedar parentes e mulheres de políticos, alguns sem qualificação para ocupar o cargo. A polêmica mais recente a respeito dessa prática vem da Paraíba. Se nenhuma reviravolta acontecer, em breve a bacharel em direito Alanna Vieira, de 38 anos, será a mais nova conselheira do Tribunal de Contas do Estado. Estudante de medicina, ela é filha do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos), presidente da Assembleia Legislativa.
Como é praxe em casos assim, o Ministério Público tentou impedir a posse, argumentando que nomear parente, além de imoral, caracterizava “nepotismo indireto”, já que, formalmente, a indicação foi feita pelo governador João Azevêdo (PSB), aliado do deputado. Seguindo o protocolo, o pai argumentou que o fato de a candidata ser sua filha é irrelevante. O que importava é que ela atendia aos requisitos da lei e era preparada para a função. O caso foi parar na Justiça, um magistrado suspendeu o processo, mas a decisão foi revogada dias depois. Tudo resolvido, se não fosse um detalhe: uma auditoria do tribunal descobriu que Alanna Vieira foi, durante anos, funcionária fantasma do governo.
Em outras palavras, a provável futura conselheira encarregada de fiscalizar o bom uso do dinheiro público dos paraibanos recebia sem trabalhar. É impressionante. A estudante de medicina, segundo os auditores, ocupou o cargo de agente de programas governamentais da Secretaria de Planejamento por mais de uma década. Nesse período, ela recebeu o equivalente a 646 000 reais em salários. “Não há qualquer registro documental que possa comprovar a prestação de serviços por parte da ex-servidora. Mas, ao contrário, as evidências demonstram que a Sra. Alanna Camilla Santos Galdino Vieira sequer tinha cadastro como usuária dos sistemas informatizados utilizados pela secretaria”, diz o relatório. “Nenhum servidor entrevistado, nestes incluídos chefes imediatos, a conheceu ou tem conhecimento de trabalhos por ela realizados para a referida secretaria”, concluíram os técnicos. O Ministério Público quer que ela devolva o dinheiro recebido indevidamente. A defesa de Alanna nega irregularidades e diz que foram anexados documentos que comprovam a frequência no cargo.
A prática da nomeação de parentes para os tribunais de contas parece não ruborizar mais ninguém e, talvez por isso, tem se alastrado país afora. No governo Lula, por exemplo, há nada menos que cinco ministros, todos ex-governadores de seus respectivos estados, cujas esposas foram alçadas a conselheiras desses órgãos. Entre elas, há uma enfermeira, uma empresária e uma psicopedagoga (veja o quadro). O cargo garante uma certa tranquilidade financeira aos seus ocupantes. Um levantamento feito pelo jornal O Globo mostra que os membros dos TCEs receberam em média 69 700 reais de salário neste ano, 50% a mais do que recebe um ministro do Supremo Tribunal Federal, o teto do funcionalismo público federal. “É preciso criminalizar este tipo de nepotismo que hoje prospera numa zona cinzenta da legislação, por falta de uma regra clara”, diz o procurador de Justiça Roberto Livianu, presidente do Instituto Não Aceito Corrupção.
Há também indiscutíveis interesses que permeiam essas indicações. “O aparelhamento dos tribunais por cônjuges e parentes de autoridades mina a confiança da sociedade nesses órgãos e aumenta os riscos de seu uso político para blindar aliados, perseguir adversários e favorecer negócios privados”, adverte Renato Morgado, da Transparência Internacional. Santos de casa às vezes fazem milagres.
Publicado em VEJA de 25 de abril de 2025, edição nº 2941
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