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As prisões do Irã ‘perturbaram minha alma’ – DW – 17/11/2024

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11 meses atrásem
Na terça-feira, uma mensagem foi postada na conta X do jornalista iraniano e ativista de direitos humanos Kianoosh Sanjari, afirmando que se quatro presos políticos não fossem libertados até a noite seguinte, Sanjari acabaria com a própria vida em protesto contra o líder supremo do regime, aiatolá Ali. Khamenei.
Na noite de quarta-feira, mais duas mensagens foram publicadas, reafirmando a determinação de Sanjari em levar a cabo o seu plano. Minutos depois, a morte de Sanjari foi confirmada por ativistas políticos e civis presentes no local. Os detalhes completos do incidente permanecem obscuros.
Sanjari, de 42 anos, sofreu inúmeras prisões e detenções pela República Islâmica desde os 17 anos.
‘O confinamento solitário perturbou minha alma’
Em entrevista de 2022, inédita devido aos acontecimentos em torno da morte da mulher iraniana-curda Nome Mahsa Amini depois de ter sido presa por alegadamente violar o rígido código de vestimenta do Irão e os protestos que se seguiram, a DW perguntou a Sanjari sobre como o confinamento solitário tinha afetado a sua vida.
“O efeito positivo do confinamento solitário sobre mim foi que me tornou mais paciente e resiliente. Expandiu a minha visão do mundo e revelou-me a feiúra da ditadura”, disse ele.
“No entanto, não posso negar que o confinamento solitário também perturbou minha alma e meu espírito. Antes, às vezes eu pensava na morte e até hesitava, mas eventualmente, através de uma compreensão mais profunda do mundo ao meu redor e da história da humanidade, minha tristeza diminuiu. fui capaz de compreender melhor a mim mesmo e aos outros.”
Preso, torturado
A vida de Sanjari esteve profundamente ligada ao jornalismo e à defesa do direitos humanos. Ele deixou o Irã em 2007 e, depois de viver um curto período na região do Curdistão no Iraque e na Noruega, Sanjari mudou-se para os Estados Unidos, onde trabalhou para o serviço farsi da Voz da América. Ele retornou ao Irã em 2016 e foi posteriormente preso diversas vezes — inclusive durante o Movimento de protesto “Mulheres, Vida, Liberdade” após a morte de Amini.
“Há muitos anos, na prisão de Evin, em Teerã, me esbofetearam 20 vezes antes de fazer a primeira pergunta”, disse Sanjari à DW. “Nos últimos anos, o tratamento na prisão tem sido melhor, mas a humilhação, a pressão e a tortura (psicológica) branca continuaram.”
“A cela solitária é uma forma de tortura porque a pessoa é colocada num vácuo, sem saber de tudo o que acontece fora das quatro paredes. É uma espécie de vácuo de tempo, lugar, pessoas, família e vida. ou noite.”
A atriz Jasmin Tabatabai reflete sobre o movimento de protesto no Irã
Apesar das repetidas detenções e das contínuas ameaças à segurança, Sanjari nunca vacilou no seu compromisso de defender a libertação dos presos políticos e de defender os direitos humanos no Irão.
“Se os seus ideais não forem fortes o suficiente, você entrará em colapso. Passei um total de mais de um ano em confinamento solitário”, disse ele. “Ouvi os gritos e gritos de muitos prisioneiros e testemunhei aqueles que cometeram suicídio em confinamento solitário, que mais tarde foram trazidos para minha cela”.
Outra vítima da República Islâmica
A morte de Sanjari gerou muita discussão nos últimos dias, principalmente nas redes sociais. Alguns alegaram que as mensagens publicadas na sua conta X não foram escritas pelo próprio Sanjari, sugerindo que a sua conta era controlada por agentes de segurança do Irão. Outros argumentaram que sua morte pode ter sido causada por outros fatores além do suicídio.
No entanto, quase todos os utilizadores concordam que Sanjari, como muitos outros activistas de direitos humanos e jornalistas, foi mais uma vítima da República Islâmica. Em homenagem, muitos republicaram uma frase profunda encontrada na conta X de Sanjari:
“A vida de uma pátria deve-me pensar apenas na vida, e não na pátria.”
Editado por: Martin Kuebler
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Ufac realiza abertura do Fórum Permanente da Graduação — Universidade Federal do Acre

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22 horas atrásem
22 de outubro de 2025
A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Ufac realizou, nesta terça-feira, 21, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, a abertura do Fórum Permanente da Graduação. O evento visa promover a reflexão e o diálogo sobre políticas e diretrizes que fortalecem o ensino de graduação na instituição.
Com o tema “O Compromisso Social da Universidade Pública: Desafios, Práticas e Perspectivas Transformadoras”, a programação reúne conferências, mesas temáticas e fóruns de discussão. A abertura contou com apresentação cultural do Trio Caribe, formado pelos músicos James, Nilton e Eullis, em parceria com a Fundação de Cultura Elias Mansour.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, representou a reitora Guida Aquino. Ele destacou o papel da universidade pública diante dos desafios orçamentários e institucionais. “Em 2025, conseguimos destinar R$ 10 milhões de emendas parlamentares para custeio, algo inédito em 61 anos de história.”
Para ele, a curricularização da extensão representa uma oportunidade de aproximar a formação acadêmica das demandas sociais. “A universidade pública tem potencial para ser uma plataforma de políticas públicas”, disse. “Precisamos formar jovens críticos, conscientes do território e dos problemas que enfrentamos.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou que o fórum reúne coordenadores e docentes dos cursos de bacharelado e licenciatura, incluindo representantes do campus de Cruzeiro do Sul. “O encontro trata de temáticas comuns aos cursos, como estágio supervisionado e curricularização da extensão. Queremos sair daqui com propostas de reformulação dos projetos de curso, alinhando a formação às expectativas e realidades dos nossos alunos.”
A conferência de abertura foi ministrada pelo professor Diêgo Madureira de Oliveira, da Universidade de Brasília, que abordou os desafios e as transformações da formação universitária diante das novas demandas sociais. Ao final do fórum, será elaborada uma carta de encaminhamentos à Prograd, que servirá de base para o planejamento acadêmico de 2026.
Também participaram da solenidade de abertura a diretora de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Grace Gotelip; o diretor do CCSD, Carlos Frank Viga Ramos; e o vice-diretor do CMulti, do campus Floresta, Tiago Jorge.
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Ufac realiza cerimônia de abertura dos Jogos Interatléticas-2025 — Universidade Federal do Acre

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22 horas atrásem
22 de outubro de 2025
A Ufac realizou a abertura dos Jogos Interatléticas-2025, na sexta-feira, 17, no hall do Centro de Convenções, campus-sede, e celebrou o espírito esportivo e a integração entre os cursos da instituição. A programação segue nos próximos dias com diversas modalidades esportivas e atividades culturais. A entrega das medalhas e troféus aos vencedores está prevista para o encerramento do evento.
A reitora Guida Aquino destacou a importância do incentivo ao esporte universitário e agradeceu o apoio da deputada Socorro Neri (PP-AC), responsável pela destinação de uma emenda parlamentar de mais de R$ 80 mil, que viabilizou a competição. “Iniciamos os Jogos Interatléticas e eu queria agradecer o apoio da nossa querida deputada Socorro Neri, que acredita na educação e faz o melhor que pode para que o esporte e a cultura sejam realizados em nosso Estado”, disse.
A cerimônia de abertura contou com a participação de estudantes, atletas, servidores, convidados e representantes da comunidade acadêmica. Também estiveram presentes o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, e o presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour, Minoru Kinpara.
(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)
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Kits da 2ª Corrida da Ufac serão entregues no Centro de Convivência — Universidade Federal do Acre

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3 dias atrásem
20 de outubro de 2025
Os kits da 2ª Corrida da Ufac serão entregues aos atletas inscritos nesta quinta-feira, 23, das 9h às 17h, no Centro de Convivência (estacionamento B), campus-sede, em Rio Branco. O kit é obrigatório para participação na corrida e inclui, entre outros itens, camiseta oficial e número de peito. A 2ª Corrida da Ufac é uma iniciativa que visa incentivar a prática esportiva e a qualidade de vida nas comunidades acadêmica e externa.
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