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As redes sociais influenciam as eleições? – DW – 17/01/2025
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A Alemanha realiza eleições federais antecipadas em 23 de fevereiro de 2025. Para o bilionário da tecnologia e associado de Trump Elon Muskestá claro quem deve ganhar as eleições: o Alternativa para a Alemanha (AfD)— um partido parcialmente classificado como extremista de direita pelo Gabinete Federal Alemão para a Protecção da Constituição.
Musk escreveu no X, a plataforma de mídia social anteriormente chamada Twitter, que somente a AfD pode salvar a Alemanha. Ele também ofereceu à líder da AfD, Alice Weidel, uma conversa conjunta sobre X, de sua propriedade.
Nas redes sociais alemãs, a AfD é considerada o partido mais ágil, especialmente em TikTokonde seus vídeos são assistidos por centenas de milhares de pessoas.
Autoridades temem que Musk tente influenciar as eleições alemãs à AfD
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Que impacto têm as redes sociais nos valores e crenças dos eleitores?
Os algoritmos por trás das plataformas de mídia social determinar o que vemos. Um algoritmo prioriza conteúdo de figuras conhecidas ou conteúdo que muitos outros usuários gostaram ou comentaram. Ou ele para de mostrar completamente o conteúdo se ele for ignorado com frequência.
Isto pode levar a uma perspectiva unilateral em que a própria visão do mundo é reforçada e outros pontos de vista são ignorados – é o que os especialistas chamam de “bolha de filtro”. Isto pode ter o efeito de fortalecer valores e crenças que já desenvolvemos.
Mas, de acordo com Judith Möller, professora de investigação em comunicação no Leibniz Institute for Media Research, os meios de comunicação de todos os tipos têm apenas um impacto muito pequeno nas decisões eleitorais.
“A decisão de votar tem muitas causas diferentes. Depende de onde e como alguém cresceu, das experiências pessoais que teve – especialmente nas semanas anteriores às eleições – ou com quem se fala sobre as eleições e a política.”
Nas redes sociais, novos movimentos e partidos podem tornar-se visíveis rapidamente. Mas, em geral, as redes sociais atingem principalmente os próprios apoiantes – e possivelmente alguns indivíduos indecisos.
“Dificilmente se consegue convencer as pessoas de algo novo; só se consegue convencer aqueles que já estão convencidos”, disse Möller.
Notícias falsas e discurso de ódio
O tratamento da desinformação tornar-se-á ainda mais problemático no futuro. Notícias falsas é provável que aumente em Facebook e Instagram depois que Meta anunciou que deixará de verificar profissionalmente os fatos em suas plataformas de mídia social.
Dois efeitos puderam ser observados aqui, disse Nicole Krämer, especialista em Psicologia Social, Mídia e Comunicação da Universidade de Duisburg-Essen.
Por um lado, as pesquisas mostram que as pessoas não querem cair na desinformação. “Quanto mais importante for uma questão para a própria vida, mais habilidosas serão as pessoas na procura de informações que realmente as ajudem. (Isto significa encontrar) informações que sejam credíveis e equilibradas”, disse Krämer.
Mas, por outro lado, se a desinformação se alinhar com o que alguém já pensa, é mais provável que se acredite nela, “mesmo que inicialmente se pense: isto não pode ser verdade”, explica Krämer.
Há outro mecanismo em jogo, diz Krämer: “Quanto mais você ouve, lê ou vê uma notícia falsa, maior é a probabilidade de ela ficar gravada na sua memória”.
Isto leva à situação em que informações falsas por vezes ficam ancoradas, apesar de as pessoas tentarem evitá-las.
Fraude eleitoral via Facebook?
Do ponto de vista científico, seria errado acreditar que as redes sociais não influenciam as eleições, disse Andreas Jungherr, professor de ciência política e transformação digital na Universidade Otto-Friedrich em Bamberg.
No entanto, é necessário observar atentamente a forma como a campanha foi conduzida, “especialmente quando há suspeitas de que está envolvida influência estrangeira, existem outros métodos que não dependem do TikTok”, disse Jungherr.
As mensagens não chegam através das redes sociais por padrão, disse Möller. Mas se as redes sociais se alinharem com questões que preocupam as pessoas e que de outra forma são ignoradas, então poderão ter sucesso.
Os debates nas redes sociais refletem a opinião pública?
As discussões sobre plataformas sociais não devem ser ignoradas, mas devem ser devidamente contextualizadas, afirma Philipp Müller, conselheiro académico do Instituto de Estudos de Média e Comunicação da Universidade de Mannheim.
“As redes sociais apresentam uma realidade um tanto distorcida. Muitas vezes, as posições ignoradas são superenfatizadas e podem parecer maiores do que eram originalmente na população em geral”, disse ele.
Isto também é verdade para os grandes movimentos progressistas dos últimos anos, tais como a aceitação de diferentes identidades de género.
Jungherr vê as redes sociais como uma espécie de teste de resistência à democracia. A mídia digital torna mais visíveis as divisões de diferentes posições na sociedade. No entanto, eles não refletem com precisão essas falhas, disse ele.
Portanto, é crucial perguntar: “Será este realmente um problema social? Qual é a situação factual? E se for realmente um problema, podemos resolvê-lo politicamente?”
Se uma sociedade suprime questões em vez de abordá-las e colocá-las em contexto, disse Jungherr, “(então) a democracia perde uma oportunidade”.
Este artigo foi publicado originalmente em alemão.
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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre
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12 de novembro de 2025A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.
Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.
Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.”
A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”
Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.”
Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”
A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde.
Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.
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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.
Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria.
“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”
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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.
Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.
O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”
Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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