POLÍTICA
Balé eleitoral: Arthur Lira, Ciro Nogueira e Lula…
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1 ano atrásem
José Casado
Lula é candidato forte à reeleição, acha o deputado alagoano Arthur Lira, presidente da Câmara e líder do Partido Progressistas (PP), um dos pilares do grupo parlamentar conhecido como Centrão.
“Todo candidato à reeleição, se a economia estiver bem situada, é fortíssimo” — disse Lira na tarde desta quarta-feira (4/12), em Brasília.
Enquanto falava, Lula celebrava a perspectiva de terminar o ano com nível de crescimento econômico acima de 3%. Ladeado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), filosofava: “Governar é como plantar uma árvore. Você só será medido pela sua competência quando estiver colhendo o que plantou.”
Lira não vê adversários com força eleitoral para disputar com Lula. A exceção seria Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030. Sem ele no páreo “outras opções ficam escassas”.
Em 2021, Lira e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) ajudaram a preparar a candidatura de Bolsonaro à reeleição pelo Partido Liberal, de Valdemar Costa Neto.
O deputado ficou na Câmara, o senador foi para a Casa Civil e o dono do PL ganhou um latifúndio no governo, no qual se destacava um banco regional (Nordeste), um fundo bilionário (FNDE), áreas-chave na governança de meio ambiente (Ibama), a política fundiária (Incra), infraestrutura (DNIT), saúde e saneamento (Funasa) e fatias do orçamento público no manejo de emendas parlamentares.
Agora, Arthur Lira, Ciro Nogueira e Lula prospectam possibilidades para a disputa presidencial de 2026. Já aconteceu, em circunstâncias diferentes. Foi na eleição vencida por Lula vinte e dois anos atrás.
Na época, lembrou Ciro Nogueira, “não foi o centro que se aproximou de Lula; foi ele que lançou a Carta ao Povo Brasileiro, exorcizou os radicalismos que professara, montou uma equipe econômica comprometida com a responsabilidade fiscal e se deslocou para o centro”. Ele acrescentou, em artigo publicado na terça-feira (31/12) na Folha de S.Paulo: “Temos de avançar com a certeza de que não existem fórmulas mágicas, sem alucinógenos ideológicos que entorpecem, mas apenas isso. O centro não é uma força neutra. Nos grandes momentos, para onde tendeu o centro, verteu a história. Por isso, extremismos, venham de onde vierem, o centro tem uma missão.”
No mundo ideal dos líderes do PP, Lula presidiria o Centrão e eles seriam regentes do governo. No mundo de Lula sempre é admissível a metamorfose eleitoral para garantir o apoio dos grupos políticos de centro. Foi assim em 2002, 2006, nas eleições de Dilma Rousseff (2010 e 2014) e, também, em 2022.
É uma questão de poder, como Ciro Nogueira ouviu de um outro Lula, o deputado pernambucano Luiz Eduardo de Queiroz Campos da Fonte Albuquerque, de 23 anos, numa reunião do PP em março do ano passado, quando o Lula presidente ainda nem completara cem dias de governo: “Tudo bem, chefe, mas esse negócio de sapato branco, óculos ray-ban e oposição só fica bonito nos outros.”
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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social)
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POLÍTICA
A articulação para mudar quem define o teto de jur…
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8 meses atrásem
5 de maio de 2025Nicholas Shores
O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN).
A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica.
Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.
A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira.
Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.
Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios.
Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.
Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.
Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.
Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.
Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.


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