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Bancada evangélica aclama novo presidente e renova apoio a Bolsonaro

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Silas Câmara (PRB-AM) é escolhido por aclamação em reunião-culto na Câmara

Após uma disputa marcada por rachas internos, a bancada evangélica da Câmara chegou a um consenso nesta quarta-feira (27) e elegeu como seu novo presidente o deputado Silas Câmara (PRB-AM). A escolha, por aclamação, ocorreu em uma reunião-culto na Câmara. 

Com isso, a bancada deixa o processo fortalecida e com um discurso renovado de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), isso em meio a uma crise política que afeta a base do governo no Legislativo, atinge diferentes ministérios e trava a pauta econômica no Congresso

Entre os assuntos sensíveis à bancada evangélica estão o projeto Escola sem Partido (para eliminar suposta doutrinação ideológica nas escolas), o Estatuto do Nascituro, o Estatuto da Família (que reconhece como família apenas a união “entre um homem e uma mulher”) e a abordagem pela educação de temas ligados a gênero.

O bloco evangélico vinha se engalfinhando em um racha inédito entre seus integrantes, que em geral se uniam em torno de um único nome, sem candidatos. Neste ano se inscreveram seis: os novatos Cezinha de Madureira (PSD-SP), Glaustin Fokus (PSC-GO), Flordelis (PSD-RJ) e Abílio Santana (PR-BA), além dos veteranos Silas Câmara e Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), ligado ao pastor Silas Malafaia.

Na reta final, porém, todos renunciaram com um discurso de que a frente precisava de unidade. É como o deputado Fokus disse ao retirar seu nome do páreo: “Estou vendo clima de disputa, para não dizer hostil. Que papai do céu possa trazer paz a esse ambiente”.

Precederam a eleição pistas de que Silas Câmara, deputado há duas décadas, seria mesmo o nome capaz de pacificar o clima descrito dias antes por uma assessora como de “tiro, porrada e bomba”. 

Silas Câmara tem um histórico de problemas com a Justiça. Em 2018, por exemplo, ele e a esposa tiverem a perda dos direitos políticos decretada pela Justiça Federal no Acre. A deputada Antonia Lúcia usou por anos o celular corporativo do marido para atividades extraparlamentares. A sentença ainda não é definitiva, já que ambos, acusados de improbidade administrativa, recorreram.

Em 2010, o STF (Supremo Tribunal Federal) recebeu uma ação penal contra ele. Acusação: peculato. Ele é suspeito de desviar recursos que deveriam ir para o pagamento de servidores de seu gabinete. O dinheiro estariam servindo para bancar o salário de funcionários que trabalhavam em sua casa entre 2000 e 2001.

Marco Feliciano (PODE-SP), ausente por causa de uma cirurgia na boca, divulgou uma carta aberta em que ameaçava deixar a bancada religiosa “no caso da escolha não ser consensual”, com um adendo: “Não serei o único”.

“Temos inimigos suficientes lá fora que já nos rotulam de fisiologistas, sugerem luta pelo poder por parte de líderes religiosos, chegam ao extremo de maldosamente falarem que o DEM já tão prestigiado no governo quer também assumir até a frente.”

DEM é o partido de Sóstenes, que tem Malafaia como cabo eleitoral. Seu nome perdeu força após colegas encrencarem com um dos pontos que ele defendia em sua campanha, o de “promover reuniões com os cônjuges dos parlamentares”.

Esses seriam encontros que levariam, de tempos em tempos, esposas e maridos até Brasília. Para o democrata, a medida diminuiria a traição dos companheiros, que muitas vezes ficam nos estados de origem do parlamentar. Pegou mal.

APOIO A BOLSONARO

Pastor da Assembleia de Deus, o novo líder do bloco é casado com outra deputada, Antônia Lucia (PSC-AC). Quando ela estreou no Congresso, 12 anos após o marido, não abriu mão do auxílio-moradia, ainda que os dois morassem juntos num apartamento funcional em Brasília.

Silas se comprometeu a lutar para que a bancada volte “à sua origem, que é defender os costumes ligados aos céus, à família”. Em seguida, disse que a assessoria do bloco evangélico detectou 1.798 proposições que “afetam diretamente nossa fé”.

Se os evangélicos não se unirem, disse, projetos como o 122, uma proposta de combate à homofobia, virariam lei. “Todas aquelas batalhas que fez o povo chorar e sangrar.”

À Folha o comandante dos evangélicos na Câmara contemporizou uma queixa comum entre eles, a demora para que o presidente Bolsonaro anuncie de uma vez por todas a transferência da embaixada em Israel para Jerusalém, tida como Terra Sagrada.

“Não ouvi o governo dizer que não vai fazer ainda. Vai cumprir a palavra. Estou crendo que [Bolsonaro] está preparando a economia para o momento mais adequado [para oficializar a retirado do corpo diplomático de Tel Aviv]”, afirmou.

Se evangélicos respaldam em massa o governo Bolsonaro, um contraponto à queda de 15 pontos na aprovação do presidente detectada por uma pesquisa Ibope, os deputados que representam o segmento não ficam atrás. Dizem-se Bolsonaro desde criancinhas.

Fora dos microfones há reclamação de falta de diálogo e de espaço no Executivo. Na reunião desta quarta, contudo, todos aplaudiram quando Lincoln Portela (PR-MG), o presidente interino que passou o bastão para Silas, rejeitou que a bancada pressione o governo por cargos e que qualquer deputado fale em nome de todos, sobretudo após circular a notícia de que o bloco prepara um manifesto declarando independência no governo. Não se pode “fazer chantagem” com o presidente, afirmou.

Na sua vez de falar, Silas Câmara disse que não se pode discutir cargos ou coisa que o valha, não se pode discutir “absolutamente nada a não ser o reino [de Deus]”.

Foi dia de casa cheia e cantoria gospel, com voz e violão da deputada estreante Lauriete (PR-ES), ex-mulher do ex-senador Magno Malta (PR-ES), que entoou versos como “eu contigo pisarei”.

Acompanhavam em coro, da primeira fila, Benedita da Silva (PT-RJ) e o mais animado naquele plenário da Câmara, o Pastor Sargento Isidório (Avante-BA). Vinha dele, autodeclarado ex-gay e recordista de votos em seu estado, os gritos mais altos de “glória a Deus”.

A curiosidade pelo pleito atraiu um amplo leque partidário, de Kim Kataguiri (DEM-SP), que é protestante, a Alexandre Padilha (PT-SP), que disse ter pai metodista.

A união da frente parlamentar, que oficialmente tem cerca de 170 integrantes, mas na ativa mesmo menos de 40, será selada com uma Santa Ceia, um hábito em começo e fim de mandatos. A organização costuma ficar a cargo de uma assessora de Paulo Freire (PR-SP), que sempre leva pão e suco de uva no lugar do cálice de vinho da narrativa bíblica.

Antes de puxar uma oração pela bancada, Pastor Eurico (Patri-PE) deu o tom do que seria a manhã desta quarta no plenário 6 da Câmara: “Que o mundo possa ver que nós somos uma coisa diferente, porque Deus não escolheu uma coisa qualquer”. Por Anna Virginia Balloussier.

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Presidente do STF e CNJ cumpre agenda no Acre nesta quarta-feira, 24

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Nesta quarta-feira, 24, ministro Luís Roberto Barroso visita o Acre, onde realizará diálogo com estudantes da rede pública e será homenageado com a Ordem do Mérito do Poder Judiciário do Acre

O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, cumpre agenda nesta quarta-feira (24/7), em Rio Branco (AC).

A programação inicia com uma palestra na Escola Armando Nogueira, que será proferida por ele, com o tema “Como fazer diferença para si próprio, para o Brasil e para o mundo”, onde terá a oportunidade de interagir e compartilhar conhecimentos com os jovens estudantes, incentivando a importância da educação e cidadania.

Além disso, Luís Roberto Barroso participará de um diálogo com magistradas e magistrados acreanos, promovendo a troca de experiências e conhecimentos, e fortalecendo os laços entre a mais alta Corte do país e a magistratura acreana.

Em seguida, o ministro Barroso será agraciado com a maior honraria da Justiça do Acre, a insígnia da Ordem do Mérito Judiciário, durante a sessão solene no Pleno, no Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). Instituída pela Resolução nº. 283/2022, essa distinção é concedida por decisão unânime dos membros do Conselho da Ordem do Mérito Judiciário acreano em diferentes graus, reconhecendo assim a excelência e relevância do trabalho do ministro para o Judiciário brasileiro.

Agenda Ministro

  • 9h30 – Palestra na escola Armando Nogueira
  • 11h – Sessão Solene de Outorga da Ordem do Mérito Judiciário do Poder Judiciário do Acre, no TJAC

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Inscrições para o Prouni começam nesta terça-feira

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As inscrições para o processo seletivo do Programa Universidade para Todos (Prouni) do segundo semestre de 2024 começam nesta terça-feira. Os interessados terão até sexta-feira (26) para participar do processo seletivo. Para isso, basta acessar o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior e concorrer a uma das 243.850 bolsas oferecidas nesta edição.

As inscrições são gratuitas, e a previsão é que os resultados da 1ª e 2ª chamadas sejam anunciados nos dias 31 de julho e 20 de agosto, respectivamente. O prazo para manifestação de interesse na lista de espera vai do dia 9 ao dia 10 de setembro; e o resultado da lista de espera sairá em 13 de setembro.

“Para participar do processo seletivo, é necessário que o candidato tenha participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nas edições de 2022 ou 2023, obtendo nota mínima de 450 pontos na média das cinco provas e nota acima de zero na redação”, informa o Ministério da Educação (MEC).

É também necessário que o candidato se enquadre nos critérios socioeconômicos – incluindo renda familiar per capita que não exceda um salário-mínimo e meio para bolsas integrais e três salários-mínimos para bolsas parciais – e esteja cadastrado no login Único do governo federal que pode ser feito no portal gov.br.

“No momento da inscrição, é preciso: informar endereço de e-mail e número de telefone válidos; preencher dados cadastrais próprios e referentes ao grupo familiar; e selecionar, por ordem de preferência, até duas opções de instituição, local de oferta, curso, turno, tipo de bolsa e modalidade de concorrência dentre as disponíveis, conforme a renda familiar bruta mensal per capita do candidato e a adequação aos critérios da Portaria Normativa MEC nº 1, de 2015”, explicou MEC.  

Segundo o ministério, a escolha pelos cursos e instituições pode ser feita por ordem de preferência. Informações mais detalhadas sobre oferta de bolsas (curso, turno, instituição e local de oferta) podem ser acessadas na página do Prouni. 

Edição: Aécio Amado/EBC

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Enem 2024: prazo para pedir isenção da taxa comecou na última segunda; saiba quem tem direito e como solicitar

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 O Inep, órgão responsável pelo exame, ainda não divulgou o valor da inscrição. Na edição de 2023, assim como em anos anteriores, o valor para quem não tinha isenção foi de R$ 85.

👉 Os pedidos de isenção devem ser submetidos na Página do Participante (enem.inep.gov.br/participante) com o login do gov.br até 26 de abril.

Abaixo, confira as respostas para as principais dúvidas sobre o benefício e sobre o Enem de 2024.

O prazo para solicitar a isenção de pagamento da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 começa nesta segunda-feira (15).

Inep, órgão responsável pelo exame, ainda não divulgou o valor da inscrição. Na edição de 2023, assim como em anos anteriores, o valor para quem não tinha isenção foi de R$ 85.

👉 Os pedidos de isenção devem ser submetidos na Página do Participante (enem.inep.gov.br/participante) com o login do gov.br até 26 de abril.

Abaixo, confira as respostas para as principais dúvidas sobre o benefício e sobre o Enem 2024.

💰 Quem tem direito à isenção de taxa?

  • Participantes que estão no 3º ano do ensino médio de escolas públicas;
  • alunos que estudaram durante todo o ensino médio na rede pública ou como bolsistas integrais da rede privada, desde que tenham renda familiar per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo (R$ 1.980);
  • cidadãos em vulnerabilidade social, membros de família de baixa renda com inscrição no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).

💻 Como solicitar a isenção? É preciso entrar na Página do Participante e informar o CPF, a data de nascimento, o e-mail e um número de telefone válido.

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