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Brasil planeja fim do visto para turistas de EUA, Canadá, Japão e Austrália

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Proposta, para alavancar turismo, está inserida em lista de prioridades do governo Bolsonaro; isenção seria feita sem exigir reciprocidade
BRASÍLIA – O governo Jair Bolsonaro planeja dar isenção completa de vistos, sem exigir reciprocidade, a um grupo de quatro países considerados estratégicos para o turismo no Brasil - Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália. Os ministros do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, se reúnem nesta quinta-feira, 17, para discutir detalhes da proposta, inserida na lista de prioridades para os primeiros cem dias de governo.
Os ministros já conversaram informalmente sobre o tema e, segundo o titular do Turismo, houve sinal positivo por parte do chanceler. Em governos anteriores, havia resistência na diplomacia à liberação unilateral.
“Eu tive uma conversa preliminar com o ministro Ernesto. Ele vê com muito bons olhos esse caminho de acabar com essa política de reciprocidade. A minha proposta inicial é que nesses países que já foram implantados o visto eletrônico – Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália – a gente já consiga promover a isenção completa de vistos”, disse em entrevista ao Estado o ministro do Turismo.
Caberá ao Itamaraty estabelecer os critérios de escolha de quais países receberão a isenção completa. O ministério analisa, por exemplo, se há riscos de um fluxo migratório de determinado país para o Brasil.
Antônio diz que a liberação pode ocorrer ainda neste ano. Na reunião desta quinta, os ministros vão discutir os procedimentos burocráticos. “O mais importante a gente já tem: a visão do ministro Ernesto de que esse é o caminho. Ele vai apontar o procedimento para acabar com o visto pelo menos para esses quatro países inicialmente.”
Embora exista a expectativa de que, após a liberação unilateral, os quatro países facilitem a entrada de brasileiros, o argumento do governo para abandonar a reciprocidade é econômico. “Isso vai ajudar e muito a gente a trazer emprego e divisas aqui para dentro. Nós precisamos gerar emprego. Com a reciprocidade, nesse aspecto, os prejudicados somos nós”, diz o ministro do Turismo.
As estimativas de impacto econômico para a isenção do visto ainda precisam de estudos. Desde a implantação do visto eletrônico para os quatro países, em dezembro de 2017, os pedidos aumentaram 41% em um ano, segundo dados do governo. A projeção da pasta é que, se todos esses turistas que pediram o visto eletrônico viajarem para o Brasil, poderiam trazer US$ 71 milhões. A balança comercial do País no turismo hoje é deficitária, de acordo com informações do Turismo. A pasta diz que brasileiros gastam anualmente US$ 18 bilhões no exterior, enquanto estrangeiros desembolsam cerca de US$ 6 bilhões no País.
Turistas dos quatro países, atualmente, têm acesso ao processo para obter o visto eletrônico, um primeiro passo para reduzir a burocracia antes da liberação. Durante a Olimpíada do Rio, em 2016, turistas americanos, canadenses, japoneses e australianos tiveram livre acesso, temporariamente, ao País. À época, a presidente cassada Dilma Rousseff sancionou uma lei que liberava o visto unilateralmente por 90 dias.
Ásia
O Turismo também vai levar ao Itamaraty a proposta de acesso ao visto eletrônico para turistas de China e Índia. O ministro disse que o governo vai superar os ruídos provocados por declarações do presidente Jair Bolsonaro consideradas pelos chineses como hostis aos negócios internacionais entre os dois países. Além de maior exportador de turistas do mundo, a China é hoje o principal parceiro comercial do Brasil e trava uma guerra comercial com os Estados Unidos, país com quem Bolsonaro estreitou relações.
“Há todo um cuidado para alinhar com os EUA e para não desalinhar com a China também. Vejo razão no que o presidente dizia. Nós precisamos ter negócios com a China, não vender o Brasil para a China. A relação diplomática continua boa”, disse Antônio.
Felipe Frazão, O Estado de S. Paulo
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Presidente do STF e CNJ cumpre agenda no Acre nesta quarta-feira, 24

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23 de julho de 2024Nesta quarta-feira, 24, ministro Luís Roberto Barroso visita o Acre, onde realizará diálogo com estudantes da rede pública e será homenageado com a Ordem do Mérito do Poder Judiciário do Acre
O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, cumpre agenda nesta quarta-feira (24/7), em Rio Branco (AC).
A programação inicia com uma palestra na Escola Armando Nogueira, que será proferida por ele, com o tema “Como fazer diferença para si próprio, para o Brasil e para o mundo”, onde terá a oportunidade de interagir e compartilhar conhecimentos com os jovens estudantes, incentivando a importância da educação e cidadania.
Além disso, Luís Roberto Barroso participará de um diálogo com magistradas e magistrados acreanos, promovendo a troca de experiências e conhecimentos, e fortalecendo os laços entre a mais alta Corte do país e a magistratura acreana.
Em seguida, o ministro Barroso será agraciado com a maior honraria da Justiça do Acre, a insígnia da Ordem do Mérito Judiciário, durante a sessão solene no Pleno, no Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). Instituída pela Resolução nº. 283/2022, essa distinção é concedida por decisão unânime dos membros do Conselho da Ordem do Mérito Judiciário acreano em diferentes graus, reconhecendo assim a excelência e relevância do trabalho do ministro para o Judiciário brasileiro.
Agenda Ministro
- 9h30 – Palestra na escola Armando Nogueira
- 11h – Sessão Solene de Outorga da Ordem do Mérito Judiciário do Poder Judiciário do Acre, no TJAC
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Inscrições para o Prouni começam nesta terça-feira

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23 de julho de 2024As inscrições para o processo seletivo do Programa Universidade para Todos (Prouni) do segundo semestre de 2024 começam nesta terça-feira. Os interessados terão até sexta-feira (26) para participar do processo seletivo. Para isso, basta acessar o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior e concorrer a uma das 243.850 bolsas oferecidas nesta edição.
As inscrições são gratuitas, e a previsão é que os resultados da 1ª e 2ª chamadas sejam anunciados nos dias 31 de julho e 20 de agosto, respectivamente. O prazo para manifestação de interesse na lista de espera vai do dia 9 ao dia 10 de setembro; e o resultado da lista de espera sairá em 13 de setembro.
“Para participar do processo seletivo, é necessário que o candidato tenha participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nas edições de 2022 ou 2023, obtendo nota mínima de 450 pontos na média das cinco provas e nota acima de zero na redação”, informa o Ministério da Educação (MEC).
É também necessário que o candidato se enquadre nos critérios socioeconômicos – incluindo renda familiar per capita que não exceda um salário-mínimo e meio para bolsas integrais e três salários-mínimos para bolsas parciais – e esteja cadastrado no login Único do governo federal que pode ser feito no portal gov.br.
“No momento da inscrição, é preciso: informar endereço de e-mail e número de telefone válidos; preencher dados cadastrais próprios e referentes ao grupo familiar; e selecionar, por ordem de preferência, até duas opções de instituição, local de oferta, curso, turno, tipo de bolsa e modalidade de concorrência dentre as disponíveis, conforme a renda familiar bruta mensal per capita do candidato e a adequação aos critérios da Portaria Normativa MEC nº 1, de 2015”, explicou MEC.
Segundo o ministério, a escolha pelos cursos e instituições pode ser feita por ordem de preferência. Informações mais detalhadas sobre oferta de bolsas (curso, turno, instituição e local de oferta) podem ser acessadas na página do Prouni.
Edição: Aécio Amado/EBC