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Cecilia Sala, jornalista italiana, foi presa, anuncia Roma

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  Cecilia Sala no Chora Media Festival em Milão, Itália, fevereiro de 2024.

Uma jornalista italiana que se encontrava no Irão no âmbito do seu trabalho foi detida em 19 de dezembro pela polícia de Teerão, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano na sexta-feira, 27 de dezembro. Num comunicado de imprensa, Roma disse que estava acompanhando o assunto com o “maior atenção”adicionando “colaborar com as autoridades iranianas para esclarecer a situação jurídica de Cecilia Sala e verificar as condições da sua detenção”. Desde então, ela está em uma cela isolada na prisão de Evin, segundo seu empregador.

A embaixadora italiana no Irão, Paola Amadei, visitou-o na sexta-feira para verificar as suas condições de detenção. O chefe da diplomacia italiana, Antonio Tajani, disse à RAI News que o diplomata passou meia hora com o jornalista e que este está “com boa saúde”. O Ministro da Defesa, Guido Crosetto, por sua vez denunciou em “a prisão inaceitável” da jovem, assegurando que todos os altos funcionários do país, incluindo a chefe do governo Giorgia Meloni, estavam a trabalhar para obter a sua libertação. As autoridades iranianas não confirmaram a sua prisão.

Aos 29 anos, Cecilia Sala trabalha no diário italiano A Folha e para a agência de podcast Chora Media. De acordo com o site diário italiano A Repúblicaela estava no Irã há cerca de dez dias e se preparava para retornar à Itália quando foi presa. Chegou ao Irão com visto de jornalista e publicou diversas reportagens sobre as mudanças neste país após a queda do Presidente Bashar Al-Assad na Síria, segundo a mesma fonte.

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Tensões entre Roma e Teerã

Num comunicado separado, a Chora Media disse que a jornalista foi mantida em confinamento solitário na prisão de Evin e o motivo da sua prisão não foi especificado. A agência disse que ela deixou Roma com destino ao Irã no dia 12 de dezembro com um visto válido de jornalista para lá realizar diversas entrevistas, bem como a produção de três episódios de seu podcast chamado “Stories”. Ela deveria voltar para Roma em 20 de dezembro.

Actualmente não se sabe se este caso está relacionado com as actuais tensões entre Roma e Teerão. O Irão convocou na semana passada um diplomata italiano e o embaixador suíço, que representa os interesses americanos no país, devido à detenção de dois cidadãos iranianos, um dos quais foi detido em Itália a pedido de Washington.

A jornalista manteve contato telefônico com sua família, disseram o Ministério das Relações Exteriores italiano e a Chora Media. Segundo a Chora Media, a família de Cecilia Sala e as autoridades italianas esperavam uma libertação rápida da jornalista, mantendo ao mesmo tempo a sua detenção em segredo.

O Ministério das Relações Exteriores instou a mídia a mostrar a devida diligência “máxima discrição” sobre este assunto, enquanto a Chora Media criou a hashtag #FreeCecilia nas redes sociais. “A sua voz livre foi silenciada e nem a Itália nem a Europa podem tolerar esta prisão arbitrária. Cecilia Sala deve ser libertada imediatamente”escreve seu empregador.

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“Jornalismo não é crime”por sua vez, escreveu sexta-feira em seu editorial Claudio Cerasa, chefe do diário A folha, acrescentando que Cecilia Sala estava no Irã “para contar a história de um país que ela conhece e ama, um país onde a informação é sufocada pela repressão, ameaças, violência, detenções, muitas vezes por parte dos próprios jornalistas”. O diário próximo da direita recordou que segundo Repórteres Sem Fronteiras (RSF) o Irão ocupa o 176º lugare lugar, dos 180 países mencionados, no que diz respeito à liberdade de imprensa.

Denunciando uma prisão que “apresenta todas as características da detenção arbitrária”o diretor-geral da RSF, Thibaut Bruttin, disse em comunicado à imprensa que sua ONG estava ligando para “As autoridades iranianas devem libertar imediatamente a jornalista Cecilia Sala”.

Le Monde com AFP e Reuters

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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre

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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre

O curso de Letras/Libras da Ufac realizou, nessa segunda-feira, 3, a abertura de sua 8ª Semana Acadêmica, com o tema “Povo Surdo: Entrelaçamentos entre Línguas e Culturas”. A programação continua até quarta-feira, 5, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, com palestras, minicursos e mesas-redondas que abordam o bilinguismo, a educação inclusiva e as práticas pedagógicas voltadas à comunidade surda.

“A Semana de Letras/Libras é um momento importante para o curso e para a universidade”, disse a pró-reitora de Graduação, Edinaceli Damasceno. “Reúne alunos, professores e a comunidade surda em torno de um diálogo sobre educação, cultura e inclusão. Ainda enfrentamos desafios, mas o curso tem se consolidado como um dos mais importantes da Ufac.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou que o evento representa um espaço de transformação institucional. “A semana provoca uma reflexão sobre a necessidade de acolher o povo surdo e integrar essa diversidade. A inclusão não é mais uma escolha, é uma necessidade. As universidades precisam se mobilizar para acompanhar as mudanças sociais e culturais, e o curso de Libras tem um papel fundamental nesse processo.”

A organizadora da semana, Karlene Souza, destacou que o evento celebra os 11 anos do curso e marca um momento de fortalecimento da extensão universitária. “Essa é uma oportunidade de promover discussões sobre bilinguismo e educação de surdos com nossos alunos, egressos e a comunidade externa. Convidamos pesquisadores e professores surdos para compartilhar experiências e ampliar o debate sobre as políticas públicas de educação bilíngue.”

A palestra de abertura foi ministrada pela professora da Universidade Federal do Paraná, Sueli Fernandes, referência nacional nos estudos sobre bilinguismo e ensino de português como segunda língua para surdos.

O evento também conta com a participação de representantes da Secretaria de Estado de Educação e Cultura, da Secretaria Municipal de Educação, do Centro de Apoio ao Surdo e de profissionais que atuam na gestão da educação especial.

 

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)

 

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Propeg — Universidade Federal do Acre

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Propeg — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) comunica que estão abertas as inscrições até esta segunda-feira, 3, para o mestrado profissional em Administração Pública (Profiap). São oferecidas oito vagas para servidores da Ufac, duas para instituições de ensino federais e quatro para ampla concorrência.

 

Confira mais informações e o QR code na imagem abaixo:

 



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Atlética Sinistra conquista 5º título em disputa de baterias em RO — Universidade Federal do Acre

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Atlética Sinistra conquista 5º título em disputa de baterias em RO — Universidade Federal do Acre

A atlética Sinistra, do curso de Medicina da Ufac, participou, entre os dias 22 e 26 de outubro, do 10º Intermed Rondônia-Acre, sediado pela atlética Marreta, em Porto Velho. O evento reuniu estudantes de diferentes instituições dos dois Estados em competições esportivas e culturais, com destaque para a tradicional disputa de baterias universitárias.

Na competição musical, a bateria da atlética Sinistra conquistou o pentacampeonato do Intermed (2018, 2019, 2023, 2024 e 2025), tornando-se a mais premiada da história do evento. O grupo superou sete concorrentes do Acre e de Rondônia, com uma apresentação que se destacou pela técnica, criatividade e entrosamento.

Além do título principal, a bateria levou quase todos os prêmios individuais da disputa, incluindo melhor estandarte, chocalho, tamborim, mestre de bateria, surdos de marcação e surdos de terceira.

Nas modalidades esportivas, a Sinistra obteve o terceiro lugar geral, sendo a única equipe fora de Porto Velho a subir no pódio, por uma diferença mínima de pontos do segundo colocado.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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