MUNDO
China diz estar pronta para “trabalhar com” investigação sobre cabos cortados no Mar Báltico – DW – 29/11/2024
PUBLICADO
6 dias atrásem
A China disse na sexta-feira que estava pronta para ajudar em uma investigação sobre o corte de dois cabos no Mar Báltico.
Isso ocorre depois que a Suécia pediu a cooperação de Pequim no investigue a ruptura de dois cabos de dados em 17 e 18 de novembro numa área onde um navio com bandeira da China foi avistado.
Ambos os cabos foram restaurados na manhã de sexta-feira, disseram suas respectivas operadoras.
O que a China disse sobre a investigação dos cabos cortados?
O Ministério das Relações Exteriores da China disse que Pequim queria ajudar a esclarecer a questão.
“A China está disposta a trabalhar com os países relevantes para descobrir a verdade”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning.
“Atualmente, a China e a Suécia mantêm uma comunicação estreita sobre esta questão”, disse ela.
O graneleiro Yi Peng 3, de bandeira chinesa, foi avistado na área no momento da ruptura e estava atracado no Estreito de Kattegat, em águas internacionais entre a Suécia e a Dinamarca.
Cabo reparado ‘mais rápido que o esperado’
Também na sexta-feira, as operadoras de rede afirmaram que os dois cabos voltaram ao funcionamento normal.
“A falha foi reparada um pouco mais rápido do que o esperado”, disse o CEO da operadora de rede finlandesa Cinia, Ari-Jussi Knaapila.
Ele disse que o cabo que ligava a Finlândia e a Alemanha havia sido “totalmente restaurado”.
A operadora sueca de telecomunicações Arelion disse na noite de quinta-feira que seu cabo que liga a Suécia à Lituânia também foi reparado.
Suécia pede inspeção
da Suécia O primeiro-ministro Ulf Kristersson disse que Estocolmo gostaria que o navio fosse para águas suecas para uma inspeção.
“Como eu disse antes, a Suécia expressou o seu desejo de que o navio se desloque para águas suecas e estamos em contacto com a China a partir da Suécia”, disse Kristersson.
“Hoje também posso dizer que, além disso, a Suécia também enviou um pedido formal à China para cooperar com as autoridades suecas, a fim de esclarecer o que aconteceu.”
Suspeita de sabotagem após corte de cabos no Mar Báltico
Para ver este vídeo, ative o JavaScript e considere atualizar para um navegador que suporta vídeo HTML5
As autoridades finlandesas, suecas e lituanas criaram uma equipa conjunta para investigar a ruptura e a Alemanha também iniciou investigações.
O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, disse acreditar que o cabos provavelmente foram danificados em um ato de sabotagem.
A Rússia rejeitou as alegações de autoridades europeias que Moscou estava envolvida na suposta sabotagem como “absurda” e “risível”.
sdi/zc (AFP, AP, Reuters)
Relacionado
VOCÊ PODE GOSTAR
MUNDO
Acordo sobre desinformação permite aprovação de regulação da IA
PUBLICADO
28 minutos atrásem
5 de dezembro de 2024 Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil
Um acordo firmado entre governo e oposição permitiu a aprovação em Comissão Especial do Senado, por votação simbólica, do projeto de lei que regulamenta a Inteligência Artificial (IA) no Brasil, nesta quinta-feira (5). Isso porque existe uma disputa em torno dos trechos que exigem que os sistemas de IA respeitem a integridade da informação e que combatam à desinformação.
O Plenário do Senado aprovou, também nesta quinta-feira (5), a urgência do texto e a expectativa é de que o mérito da medida seja analisado no Plenário da Casa na próxima terça-feira (10), quando os partidos ainda poderão sugerir novas mudanças no texto.
Para conseguir aprovar por votação simbólica – quando há acordo e os parlamentares não registram o voto no sistema –, o relator Eduardo Gomes (PL-TO) retirou alguns trechos que mencionavam a integridade da informação. Por outro lado, Gomes manteve o dispositivo que diz que a integridade da informação é um dos princípios que regem o uso e o desenvolvimento de inteligência artificial no Brasil.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), avaliou que o acordo não prejudicou o princípio de que os sistemas de IA terão que respeitar a integridade das informações.
“Teve a exclusão de um dispositivo meio confuso, que o relator acatou pra construir essa unidade, mas não prejudica o princípio da integridade da informação”, explicou Randolfe.
O líder da oposição, senador Marcos Rogério (PL-RO), sustentou que a preocupação dele era de que esses trechos prejudicassem a liberdade de expressão.
“Do ponto de vista do que eu defendia, aprimoramos o texto. Pontos que ainda precisam de um cuidado aqui ou acolá ainda existem, mas o texto ainda vai passar pelo Plenário do Senado e pela Câmara dos Deputados, voltando depois ao Senado se houver alteração na Câmara. Estou contente com o trabalho do relator que, em um ambiente de grande divergência, construiu um caminho de convergência”, explicou Rogério.
O diretor do Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife, André Fernandes, que integra a Coalizão Direitos na Rede, ressaltou à Agência Brasil que as mudanças em relação à integridade da informação desidratam o texto, mas pode ter efeito limitado.
“Foi o acordo para que o texto avançasse, dentro da lógica de que a base do relator, que é bolsonarista, estava pressionando para a retirada desses elementos. E isso é um problema. Obviamente, é mais uma desidratação do texto que pode ser inócua ao final porque a integridade da informação ainda está como fundamento [da IA no texto]”, explicou.
Mudanças
O relator Eduardo Gomes (PL-TO) excluiu do texto, a pedido da oposição, dois dispositivos que citavam a necessidade de observar a integridade da informação nos sistemas de IA.
No documento anterior, estava previsto que, para classificar se um sistema de IA é ou não de alto risco, era necessário analisar se a tecnologia poderia causar “risco à integridade da informação, liberdade de expressão, o processo democrático e ao pluralismo político”. Esse trecho foi excluído.
O relator também excluiu o Artigo 31, que previa que o desenvolvedor de um sistema de IA, antes de disponibilizar o software no mercado para fins comerciais, deveria “garantir a adoção de medidas para identificação, análise e mitigação de riscos razoavelmente previsíveis no que tange a direitos fundamentais, o meio ambiente, a integridade da informação, liberdade de expressão e o acesso à informação”.
Por outro lado, o relator manteve, entre os fundamentos para o uso e desenvolvimento de sistemas de IA no Brasil, o seguinte critério: “integridade da informação mediante a proteção e a promoção da confiabilidade, precisão e consistência das informações para o fortalecimento da liberdade de expressão, acesso à informação e dos demais direitos fundamentais”.
O projeto de lei define que a integridade da informação é “resultado de um ecossistema informacional que viabiliza e disponibiliza informações e conhecimento confiáveis, diversos e precisos, em tempo hábil para promoção da liberdade de expressão”.
Projeto
De autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), o texto estabelece os princípios fundamentais para o desenvolvimento e uso de IA. Ele define que a tecnologia deve ser transparente, segura, confiável, ética, livre de vieses discriminatórios, respeitando os direitos humanos e valores democráticos. Além disso, o projeto exige que sejam contemplados o desenvolvimento tecnológico, a inovação, a livre iniciativa e a livre concorrência.
O texto também prevê o respeito aos direitos autorais de artistas e jornalistas que tenham suas obras usadas por sistemas de IA e prevê uma autoridade para governança da regulação da IA no Brasil, com a criação do Sistema Nacional de Regulação e Governança de IA (SIA).
Esse Sistema terá um papel residual, com o papel regulatório principal ficando com as atuais agências regulatórias setoriais, que ainda terão acento no SIA.
De acordo com o projeto, o SIA será responsável por “exercer competência normativa, regulatória, fiscalizatória e sancionatória plena para desenvolvimento, implementação e uso de sistemas de inteligência artificial para atividades econômicas em que não haja órgão ou ente regulador setorial específico”.
O projeto ainda define quais sistemas de IA devem ser considerados de alto risco e, por isso, precisam de uma regulação mais rígida, além de proibir o desenvolvimento de tecnologias que causem danos à saúde, segurança ou outros direitos fundamentais.
O projeto proíbe, por exemplo, que o Poder Público crie sistemas que classifiquem ou ranqueiem pessoas com base no comportamento social para acesso a bens e serviços e políticas públicas “de forma ilegítima ou desproporcional” ou que facilitem o abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes.
Relacionado
MUNDO
Caçada em andamento após CEO morto a tiros em Nova York – DW – 12/05/2024
PUBLICADO
29 minutos atrásem
5 de dezembro de 2024O homem que matou a tiros um CEO dos EUA na cidade de Nova York ainda estava foragido na quinta-feira enquanto as autoridades corriam para encontrá-lo.
O Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) divulgou novas fotos do suspeito e pediu às pessoas que se apresentassem se tivessem informações.
Na quarta-feira, o CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, foi baleado e morto enquanto caminhava para a conferência anual de investidores de sua empresa no Hilton Hotel em Midtown, Manhattan.
O tiroteio ocorreu a poucos quarteirões dos principais locais turísticos da cidade e Thompson parecia ser o alvo direto.
A mídia dos EUA informou que as autoridades encontraram palavras escritas nos invólucros das balas usadas.
Suspeito usou silenciador de arma
O chefe dos detetives da NYPD, Joseph Kenny, disse que o atirador usava uma máscara preta, tênis preto e branco e carregava uma mochila cinza distinta.
O atirador chegou do lado de fora do hotel cerca de cinco minutos antes de Thompson. Ele esperou e então se aproximou de Thompson por trás, disparando sua pistola 9mm.
Kenny disse que o homem sabia manusear armas de fogo, pois a arma emperrou, mas ele rapidamente a consertou e continuou atirando.
“Ao assistir ao vídeo, parece que ele é proficiente no uso de armas de fogo, pois foi capaz de resolver os problemas rapidamente”, disse Kenny.
Prefeito de Nova York, Eric Adams disse na quinta-feira que o suspeito usou uma arma silenciadora para atirar em Thompson.
“Em todos os meus anos na aplicação da lei, nunca vi um silenciador antes”, disse Adams, capitão aposentado da NYPD, à emissora norte-americana MSNBC.
“E isso foi realmente algo chocante para todos nós”, acrescentou.
Palavras encontradas em cartuchos de bala
O motivo permanece desconhecido, mas a mídia norte-americana informou que as palavras “negar”, “defender” e “depor” foram encontradas em três cartuchos de bala usados no tiroteio.
De acordo com a emissora norte-americana NBC News, as palavras podem estar ligadas ao título de um livro de 2010 sobre companhias de seguros dos EUA chamado “Delay Deny Defend”, cujo subtítulo é “Por que as companhias de seguros não pagam sinistros e o que você pode fazer sobre isso”. “
Um painel do Senado dos EUA estava investigando o histórico de negações de reivindicação de seguro.
Em particular, o painel estava a investigar como a UnitedHealthcare e outras empresas negam cuidados a pacientes inscritos nos planos Medicare Advantage, que é uma versão privada do Medicare que cobre milhões de americanos mais velhos.
O painel também estava investigando o uso de inteligência artificial para negar essas alegações.
De acordo com o relatório do Subcomitê Permanente do Senado divulgado no início deste ano, a UnitedHealthcare negou quase um quarto das reivindicações, uma taxa que dobrou em apenas um período de dois anos, de 2020 a 2022.
jcg/ab (AP, Reuters)
Relacionado
MUNDO
Relator reforça exclusão de big tech do projeto que regula IA no país
PUBLICADO
59 minutos atrásem
5 de dezembro de 2024 Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil
O relator do projeto de lei que pretende regular a Inteligência Artificial (IA) no Brasil incluiu no texto, nesta quinta-feira (5), que os sistemas de IA usados por big techs para moderação e recomendação de conteúdo não devem ser regulados pela futura legislação, caso ela venha a ser aprovada.
As big techs são as gigantes da tecnologia que controlam as plataformas digitais, como Facebook, Instagram e X.
O projeto 2.338 de 2023 foi aprovado nesta quinta-feira, por acordo, na Comissão Especial do Senado criada para analisar o texto que será apreciado no plenário da Casa na próxima terça-feira (10). Se aprovado, segue para Câmara dos Deputados.
O senador Eduardo Gomes (PL-TO), relator da matéria, já havia retirado do rol dos sistemas de IA de alto risco aqueles usados para moderação e recomendação de conteúdos em larga escala, e que são usados pelas plataformas digitais que controlam, por exemplo, Instagram, Facebook e Twitter.
Isso porque o projeto de lei prevê regras de governança, fiscalização e monitoramento mais rígidas para os sistemas de IA de alto risco, que são tecnologias que podem trazer algum prejuízo para as pessoas ou à sociedade.
No novo relatório apresentado hoje, o relator incluiu artigo que determina que esses sistemas usados por big techs não devem ser regulados pela lei, caso ela venha a ser sancionada.
“A regulação de aspectos associados à circulação de conteúdo online e que possam afetar a liberdade de expressão, inclusive o uso de inteligência artificial para moderação e recomendação de conteúdo, somente poderá ser feita por meio de legislação específica”, afirma o artigo 77 do projeto incluído nesta quinta-feira no texto.
Segundo o relator Eduardo Gomes, “a inserção do art. 77 é para evitar interpretações restritivas à liberdade de expressão”. A mudança acolheu emenda do senador Marco Rogério (PL-RO), que citou o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP) para defender a mudança.
“O pacto define que quaisquer restrições à liberdade de expressão devem ser expressamente previstas em lei, em conformidade com o princípio da legalidade”, justificou Rogério.
A especialista em inteligência artificial Paula Guedes, representante da Coalizão Direitos na Rede, entidade que reúne 50 organizações, avaliou que o artigo incluído hoje prejudica a regulação de um dos mais importantes setores ligados ao uso da inteligência artificial.
“Isso é ruim, porque tira dessa lei de agora, jogando para regulação futura. Toda a tentativa é de tirar as plataformas de qualquer tipo de regulação. A gente viu isso com o projeto de lei da fake news ano passado, e a gente está vendo isso agora. Eles são os únicos atores no mercado que não têm nenhum tipo de regulação, além da regulação deles próprios”, avaliou Paula.
Representantes das plataformas digitais estavam na Comissão Especial da regulação da IA, mas a Agência Brasil não encontrou um porta-voz para comentar as mudanças. A reportagem procurou a Meta, que controla Facebook, Instagram e Whastapp, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
Projeto
De autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), o texto estabelece os princípios fundamentais para o desenvolvimento e uso de IA. Ele define que a tecnologia deve ser transparente, segura, confiável, ética, livre de vieses discriminatórios, respeitando os direitos humanos e valores democráticos. Além disso, o projeto exige que sejam contemplados o desenvolvimento tecnológico, a inovação, a livre iniciativa e a livre concorrência.
O projeto ainda define quais sistemas de nteligência artificial devem ser considerados de alto risco e, por isso, precisam de uma regulação mais rígida, além de proibir o desenvolvimento de tecnologias que causem danos à saúde, segurança ou outros direitos fundamentais.
Também proíbe que o Poder Público crie sistemas que classifiquem ou ranqueiem pessoas com base no comportamento social para acesso a bens e serviços e políticas públicas “de forma ilegítima ou desproporcional” ou que facilitem o abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes.
Relacionado
PESQUISE AQUI
MAIS LIDAS
- POLÍTICA5 dias ago
Sob pressão de Lula e do mercado, Haddad avança de…
- MUNDO5 dias ago
O presidente da Geórgia não renunciará até que se repitam eleições ‘ilegítimas’ | Notícias de política
- MUNDO5 dias ago
Atlético-MG x Botafogo: carreira, títulos e onde jogou Alex Telles, autor de um dos gols da final
- MUNDO5 dias ago
Lula não vendeu maior reserva de urânio do Brasil para a China
You must be logged in to post a comment Login