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Comércio exterior e tecnologia: o futuro do Acre no cenário internacional

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Da Redação

 Por Anny Catharine Almeida*

O Acre está se destacando como um estado promissor no uso de tecnologia aplicada ao setor agropecuário e à bioeconomia, integrando inovação com práticas tradicionais para fortalecer sua competitividade no comércio exterior. Localizado no coração da Amazônia, o estado possui uma biodiversidade única, que vem sendo aproveitada de maneira sustentável para criar novas oportunidades no cenário internacional.

No setor agropecuário, o estado está modernizando suas operações com a adoção de tecnologias como agricultura de precisão, monitoramento remoto e automação. Esses avanços estão permitindo maior eficiência produtiva e sustentabilidade, o que torna os produtos acreanos mais atraentes para os mercados globais. Com a implementação de ferramentas digitais para rastreabilidade e controle de qualidade, o estado vem conquistando mercados internacionais, como o europeu, que valoriza práticas ambientais responsáveis e produtos certificados.

A bioeconomia, reconhecida como um dos pilares fundamentais do desenvolvimento econômico em nosso estado, tem se destacado pela produção sustentável de insumos como a castanha-do-brasil, o açaí e o látex. Esses produtos, cultivados de maneira responsável, estão ganhando cada vez mais espaço no comércio internacional, o que não apenas valoriza nossos recursos naturais, mas também promove práticas de desenvolvimento consciente.

Em 2024 as expectativas são de que a produção alcance entre 17 mil e 18 mil toneladas, com o Acre se consolidando como um dos principais fornecedores de castanha-do-brasil no mercado internacional. A valorização das práticas de cultivo sustentável e a certificação de produtos orgânicos devem atrair ainda mais investimentos e compradores.

Para o açaí, no Acre 2024 a previsão é de que a produção alcance entre 48 mil e 50 mil toneladas, impulsionada pela demanda crescente por produtos naturais e saudáveis, especialmente em mercados da União Europeia e Estados Unidos. O látex também é uma commodity importante para o Acre, com a produção baseada na seringueira, que é parte integrante da economia local

As expectativas para 2024 são ainda mais promissoras, com uma previsão de produção de 5 mil toneladas, impulsionada pela crescente valorização de produtos sustentáveis e pela demanda global por látex natural, que pode gerar um aumento significativo nas receitas de exportação. Outro destaque é o Parque Tecnológico do Acre, uma iniciativa voltada para fomentar a criação de startups e empresas inovadoras nos setores de bioindústria e agronegócio. Esse ambiente tecnológico visa gerar novas soluções para o desenvolvimento econômico e para a expansão das exportações, atraindo investimentos e fortalecendo a economia local.

Além de contar com esses recursos tecnológicos e naturais, o Acre está estrategicamente posicionado no Corredor Interoceânico, uma rota comercial que facilita o acesso a mercados da Ásia e Oceania. Com isso, o estado está ampliando suas conexões globais e fortalecendo sua posição como um hub logístico de relevância no cenário internacional.

O Acre, portanto, está caminhando rumo ao futuro, utilizando tecnologia e inovação para consolidar sua presença no comércio exterior. Com projetos que integram sustentabilidade e inovação, o estado se coloca como protagonista em negócios internacionais, valorizando seus recursos e criando novas oportunidades de desenvolvimento.

Para aprofundar o conhecimento e apoiar iniciativas no desenvolvimento da bioeconomia, diversas instituições oferecem informações e assistência técnica essencial. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fornece dados relevantes sobre a produção agrícola e suas estatísticas, fundamentais para entender o cenário econômico do setor. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) também se destaca com pesquisas e soluções tecnológicas voltadas ao setor agropecuário.

Além disso, a Agência de Negócios do Acre (Anac), especialista em comércio exterior e consultoria empresarial, presta suporte aos empresários do estado que desejam expandir suas operações no mercado internacional. A Anac oferece informações estratégicas sobre regulamentações, mercados e incentivos, auxiliando empreendedores locais a aprimorarem sua logística e desenvolverem uma presença global.

Essas iniciativas, que buscam o fortalecimento da bioeconomia, não apenas promovem o desenvolvimento econômico, mas também incentivam práticas responsáveis que contribuem para a preservação de nossos recursos naturais e a sustentabilidade do setor agropecuário.

 *Anny Catharine Almeida é analista na Agência de Negócios do Acre. É formada em Logística pelo Instituto Federal do Acre, analista de investimentos e comércio exterior, pós-graduanda em MBA Executivo em Gestão Industrial, Logística e Qualidade pela Faculdade de Minas Gerais e possui MBA Executivo em Gestão Estratégica de Comércio Exterior pela Faculdade de Minas Gerais, MBA em Administração e Contabilidade Tributária

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.

“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”

Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

A reitora da Ufac, Guida Aquino, recebeu, nessa segunda-feira, 22, no gabinete da Reitoria, integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Representando a liderança da entidade, esteve presente Letícia Holanda, responsável pelas relações institucionais. O encontro teve como foco a apresentação da agenda da UNE, que reúne propostas para o Congresso Nacional com a meta de ampliar os recursos destinados à educação na Lei Orçamentária Anual de 2026.

Entre as prioridades estão a recomposição orçamentária, o fortalecimento de políticas de permanência estudantil e o incentivo a novos investimentos. A iniciativa também busca articular essas demandas a pautas nacionais, como a efetivação do Plano Nacional de Educação, a destinação de 10% do PIB para a área e o uso de royalties do petróleo em medidas de justiça social.

“Estamos vivenciando um momento árduo, que pede coragem e compatibilidade. Viemos mostrar o que a UNE propõe para este novo ciclo, com foco em avançar cada vez mais nas políticas de permanência e assistência estudantil”, disse Letícia Holanda. Ela também destacou a importância da regulamentação da Política Nacional de Assistência Estudantil, entre outras medidas, que, segundo a dirigente, precisam sair do papel e se traduzir em melhorias concretas no cotidiano das universidades.

Para o vice-presidente da UNE-AC, Rubisclei Júnior, a prioridade local é garantir a recomposição orçamentária das universidades. “Aqui no Acre, a universidade hoje só sobrevive graças às emendas. Isso é uma realidade”, afirmou, defendendo que o Ministério da Educação e o governo federal retomem o financiamento direto para assegurar mais bolsas e melhor infraestrutura.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno; o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Isaac Dayan Bastos da Silva; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarina Lima de Carvalho; o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; representantes dos centros acadêmicos: Adsson Fernando da Silva Sousa (CA de Geografia); Raissa Brasil Tojal (CA de História); e Thais Gabriela Lebre de Souza (CA de Letras/Português).

 

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Tomaz Silva / Agência Brasil

Pode não parecer, mas as infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro não se limitam só aos motoristas de carros e motos — na verdade, as normas incluem também a conduta dos ciclistas. Mesmo assim, a aplicação das penalidades ainda gera dúvidas.

Nem todos sabem, mas o Código de Trânsito Brasileiro (CBT) descreve situações específicas em que ciclistas podem ser autuados, como pedalar em locais proibidos — o artigo 255 do CTB, por exemplo, diz que conduzir bicicleta em passeios sem permissão ou de forma agressiva configura infração média, com multa de R$ 130,16 e possibilidade de remoção da bicicleta.

Já o artigo 244 amplia as situações de infração para “ciclos”, nome dado à categoria que inclui bicicletas. Entre os exemplos estão transportar crianças sem segurança adequada, circular em vias de trânsito rápido e carregar passageiros fora do assento correto. Em casos mais graves, como manobras arriscadas ou malabarismos, a penalidade prevista é multa de R$ 293,47.

De fato, o CTB prevê punições para estas condutas, mas o mais curioso é que a aplicação dessas regras não está em vigor. Isso porque a Resolução 706/17, que estabelecia os procedimentos de autuação de ciclistas e pedestres, foi revogada pela norma 772/19.

Em outras palavras, estas infrações existem e, mesmo que um ciclista cometa alguma delas, não há hoje um mecanismo legal que permita a cobrança da multa.




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