NOSSAS REDES

ACRE

Comissão reconhece que Dilma foi torturada na ditadura e concede anistia política com indenização

PUBLICADO

em

Brasileiros mais pobres, pessoas com deficiências e inscritos no CadÚnico vão ganhar isenção no pagamento de conta de luz. O governo editou a Medida Provisória e o Congresso Nacional tem 120 dias para aprovar. - Foto: Agência Brasil

Reparação histórica. A Comissão de Anistia reconheceu oficialmente a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como uma vítima da ditadura militar pelo Estado Brasileiro. Ela vai ser indenizada no valor de R$ 100 mil.

Dilma foi presa quando tinha 22 anos, nos anos 1970, durante a ditadura militar. Ela passou quase três anos atrás das grades e foi submetida a torturas violentas, como choques elétricos, pau de arara, afogamento e privação de comida.

“Esta comissão, pelos poderes que lhe são conferidos, lhe declara [Dilma Vana Rousseff] anistiada política brasileira e, em nome do Estado brasileiro, lhe pede desculpas por todas as atrocidades que lhe causou o estado ditatorial; causou à senhora, a sua família, aos seus companheiros de luta e, ao fim e ao cabo, a toda a sociedade brasileira”, disse a presidente da comissão, a procuradora federal aposentada Ana Maria Oliveira.

O horror da tortura

Em depoimentos ao longos dos anos, inclusive à Comissão Nacional da Verdade, Dilma contou que as cicatrizes da tortura não são apenas físicas.

“Quando se tem 20 anos o efeito é mais profundo. No entanto, é mais fácil aguentar no imediato. Fiquei presa três anos, o estresse é feroz, inimaginável. Descobri pela primeira vez que estava sozinha, encarei a morte e a solidão. Lembro-me do medo quando minha pele tremeu. Tem um lado que marca a gente o resto da vida, as marcas da tortura fazem parte de mim”, afirmou a ex-presidente do Brasil.

Ligada ao Ministério dos Direitos Humanos, a Comissão aprovou o pedido de anistia política de Dilma nesta quinta-feira (22).  O reconhecimento foi realizado em uma sessão solene, em Brasília e transmitida ao vivo, com a presença de ex-presos políticos e parlamentares.

Leia mais notícia boa

Indenização e reconhecimento

O relator do caso, Rodrigo Lentz, recomendou a indenização de R$ 100 mil. O valor é o teto previsto na Constituição.

Além disso, a anistia formal foi reconhecida, bem como o tempo de serviço para fins previdenciários.

O valor considera todo o impacto de 20 anos de repressão política, entre a prisão e o fim da vigilância estatal em 1988.

“Nós queremos também lhe agradecer pela sua incansável luta pela democracia brasileira, pela sua incansável luta pelo povo brasileiro”, disse Ana Maria.

Comissão da Anistia

A Comissão da Anistia analisa pedidos de pessoas perseguidas politicamente entre 1964 e 1988.

Com uma nova gestão iniciada em 2023, o foco voltou a ser o reconhecimento e a reparação das vítimas da repressão.

Ditadura e tortura nunca mais!

Com o reconhecimento da Comissão de Anistia, Dilma vai ser indenizada em R$ 100 mil. - Foto: Comissão da Verdade Com o reconhecimento da Comissão de Anistia, Dilma vai ser indenizada em R$ 100 mil. – Foto: Comissão da Verdade Na Comissão de Anistia, Dilma foi lembrada como um exemplo da luta pela democracia. - Foto: Agência Brasil Na Comissão de Anistia, Dilma foi lembrada como um exemplo da luta pela democracia. – Foto: Agência Brasil



Leia Mais: Só Notícias Boas

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

ACRE

PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.

Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”

O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”

 

A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.” 

A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.

Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

ACRE

Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

ufac.jpg

A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.

 



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

ACRE

Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.

Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.

“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.

Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.

 



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

MAIS LIDAS