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Como a descoberta de um túmulo de massa provocou alvoroço sobre o desaparecido no México | Notícias sobre crimes

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Como a descoberta de um túmulo de massa provocou alvoroço sobre o desaparecido no México | Notícias sobre crimes

Desde a revelação de 5 de março, a mídia mexicana publicou uma onda de testemunhos daqueles que afirmam ter sobrevivido ou escapar de Rancho Izaguirre.

Muitos dos que se apresentaram escolheram permanecer anônimos. Eles identificaram como jovens empobrecidos de Guadalajara e explicaram que foram atraídos ao rancho por falsas promessas de trabalho em anúncios on -line – ou simplesmente sequestradas.

Um jovem disse que o rancho foi descrito como “Hitman School”. Aqueles que reclamaram, questionaram as ordens do líder do cartel ou não foram executados nos testes brutais.

Indira Navarro, chefe dos pesquisadores do Warrior de Jalisco, disse em uma entrevista de rádio que um sobrevivente o apelidou de “uma pequena escola de terror”.

Um manifestante acende uma vela ao lado dos sapatos que representam o México está desaparecido em 15 de março (Jared Olson/Al Jazeera)

Outros documentos surgiram sugerindo que as autoridades locais possam saber sobre o site, mas não agiram.

Em 12 de março, o grupo de defesa mexicanos contra a corrupção e a impunidade publicou um relatório mostrando que os membros da Guarda Nacional descobriram órgãos queimados na mesma área em agosto de 2019.

Ele também descobriu que um comissário de polícia local enviou uma mensagem à Guarda Nacional em março de 2020, divulgando um ato de tentativa de suborno.

De acordo com o documento interno, uma chamada anônima disse que o pessoal da Guarda Nacional “teria uma quantia em dinheiro” em troca “por reduzir a intensidade das operações” na área.

Jalisco tem a maior taxa oficial de desaparecimentos forçados no México. Desde que o governo começou a coletar estatísticas sobre desaparecimentos na década de 1950, mais de 15.000 pessoas foram relatadas que desaparecem apenas no estado.

Após o recente tumulto, o procurador -geral do estado, Salvador Gonzalez de Los Santos, disse que as máquinas pesadas foram destacadas no local de Teuchitlán, mas que a área era grande demais para procurar na íntegra.

Isso levou o governo federal a apontar o dedo para as autoridades locais por não investigarem o suficiente.

“Eles não conseguiram rastrear as evidências ou identificar qualquer coisa encontrada abandonada naquele local”, disse o procurador -geral do México, Alejandro Gertz Manero, em uma entrevista coletiva em 19 de março. “Um exame completo do site não foi realizado, nem as impressões digitais foram feitas”.

Uma mulher segura uma placa que lê,
Um manifestante na Cidade do México mantém uma placa denunciando ‘Graves Massation, Centros de Exterminação e Escravidão’ (Jared Olson/Al Jazeera)

Um dia depois, em 20 de março, as autoridades federais e estaduais organizaram um tour pelo site para jornalistas, funcionários e membros das brigadas de busca. Mais de 12 ônibus chegaram, alguns carregando influenciadores de mídia social.

Mas a visita foi amplamente criticada, principalmente por permitir que o público acesse uma cena de crime em andamento.

Os membros da família dos desaparecidos também questionaram por que os influenciadores teriam sido autorizados a acessar o rancho antes de serem. Alguns dos influenciadores publicaram posteriormente contas on -line negando a existência de crematórios no site.

Enquanto isso, o presidente Sheinbaum designou promotores federais – liderados por Gertz Manero – para aceitar o caso.

“A primeira coisa que precisamos fazer é investigar, porque as imagens são dolorosas, e a primeira coisa que precisamos saber é o que aconteceu lá, antes de qualquer outra coisa”, disse ela.

Alguns críticos, no entanto, temem que as autoridades federais não possam confiar em leme a investigação. Afinal, a Guarda Nacional foi criada em 2019 sob o ex -presidente Andrés Manuel López Obrador, mentor de Sheinbaum.

Ainda assim, na segunda -feira, as autoridades federais anunciaram o progresso em sua investigação.

Eles confirmaram que haviam detido um recrutador para o Cartel Jalisco Nueva Generación em um bairro de baixa renda na Cidade do México, onde ele teria procurado jovens para serem levados ao “local de extermínio”.

Dois ex -policiais de uma vila perto de Teuchitlán também foram presos em relação ao rancho.

Mas os acadêmicos e jornalistas investigativos sugeriram que o rancho em Teuchitlán faz parte de um vasto arquipélago de centros de treinamento nas colinas a oeste de Guadalajara.

O problema também não é limitado a um estado: em 12 de março, uma brigada de pesquisa separada disse que descobriu outro “local de extermínio”, desta vez em Reynosa, Tamaulipas.

A polícia fica de guarda do lado de fora do palácio nacional na Cidade do México, seus escudos de tumultos pintados com a palavra
A polícia fica de guarda em torno do Palácio Nacional da Cidade do México, à medida que os protestos se desenrolam em 15 de março (Jared Olson/Al Jazeera)

No recente protesto no Zócalo, as tensões começaram a ferver quando a noite caiu. Alguns manifestantes romperam barricadas e brigaram com a polícia segurando escudos de tumultos em frente ao Palácio Nacional.

“Mercenários! Assassinos!” Eles gritaram em direção ao palácio, a residência oficial do presidente do México.

Sebastián Arenas, estudante de jornalismo da Universidade Autônoma Nacional do México, explicou que muitos de seus colegas manifestantes viram Teuchitlán como indicativo de uma estratégia de segurança federal que permitiu assassinato em massa.

“Na imprensa, diz -se que as coisas mudaram no México, que não há desaparecimentos ou que estão diminuindo, que a reforma judicial trará justiça”, disse ele à Al Jazeera.

“Mas aqui estão os resultados: um túmulo clandestino, um campo de extermínio que se parece com Auschwitz”.



Leia Mais: Aljazeera

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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil.jpg

A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.

A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.

Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.

O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.

A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.



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Professora da Ufac é nomeada membro afiliada da ABC — Universidade Federal do Acre

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A professora da Ufac, Simone Reis, foi nomeada membro afiliada da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na terça-feira (5), em cerimônia realizada na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém (PA). A escolha reconhece sua trajetória acadêmica e a pesquisa de pós-doutorado desenvolvida na Universidade de Oxford, na Inglaterra, com foco em biodiversidade, ecologia e conservação.

A ABC busca estimular a continuidade do trabalho científico de seus membros, promover a pesquisa nacional e difundir a ciência. Todos os anos, cinco jovens cientistas são indicados e eleitos por membros titulares para integrar a categoria de membros afiliados, criada em 2007 para reconhecer e incentivar novos talentos na ciência brasileira.
“Nunca imaginei estar nesse time e fiquei muito surpresa por isso. Espero contribuir com pesquisas científicas, parcerias internacionais e discussões ecológicas junto à ABC”, disse a professora Simone Reis.



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Reitora assina contrato de digitalização de acervo acadêmico — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Ufac, Guida Aquino, assinou o contrato de digitalização do acervo de documentos acadêmicos. A ação ocorreu na tarde de quarta-feira, 13, no hall do Núcleo de Registro e Controle Acadêmico (Nurca). A empresa responsável pelo serviço é a SOS Tecnologia e Gestão da Informação.

O processo atende à Portaria do MEC nº 360, de 18 de maio de 2022, que obriga instituições federais de ensino a converterem o acervo acadêmico para o meio digital. A medida busca garantir segurança, organização e acesso facilitado às informações, além de preservar documentos físicos de valor histórico e acadêmico.

Para a reitora Guida Aquino, a ação reforça o compromisso institucional com a memória da comunidade acadêmica. “É de extrema importância arquivar a história da nossa querida universidade”, afirmou.

A decisão foi discutida e aprovada pelo Comitê Gestor do Acervo Acadêmico da Ufac, em reunião realizada no dia 7 de julho de 2022. Agora, a meta é mensurar o tamanho dos arquivos do Nurca para dar continuidade ao processo, assegurando que toda a documentação esteja em conformidade legal e disponível em formato digital.



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