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Como Donald Trump conseguiu vencer as eleições nos EUA – DW – 11/07/2024

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É oficial; Donald Trump será novamente presidente dos EUA em janeiro de 2025. Com os resultados de dois estados pendentes, de acordo com a Associated Press (AP), cujo padrão a DW segue, Trump não apenas venceu confortavelmente no Colégio Eleitoral, mas também no voto popular.

Na noite de quarta-feira, horário local de Washington, o Republicano candidato e presidente eleito teve mais de 72 milhões de votos, enquanto seu oponente democrata Kamala Harris teve menos de 68 milhões de votos.

Embora alguns líderes mundiais, como Narendra Modi, da Índia, e Benjamin Netanyahu, de Israel, tenham felicitado Trump com entusiasmo, o clima entre muitas pessoas na Europa Ocidental é de choque e incompreensão.

A DW compartilhou um vídeo na plataforma de mídia social X que mostra vários alemães dizendo que estão tristes, assustados e decepcionados. Embora isso possa ser verdade para cerca de metade da população dos EUA, outros expressaram entusiasmo com a vitória de Trump.

É justo dizer que existe uma grande lacuna entre o que as pessoas fora dos EUA esperavam e a forma como os americanos realmente votaram.

“Sem dúvida, Trump teve uma forte maioria no colégio eleitoral e até ganhou no voto popular, o que foi inesperado”, disse W. Joseph Campbell, professor emérito da Universidade Americana em Washington DC, e autor do livro de 2024 “Lost in a Gallup: Fracasso nas pesquisas nas eleições presidenciais dos EUA.”

“Mas o choque e a surpresa deste ano não são nada comparados com o que aconteceu nos EUA em 2016”, quando Trump venceu pela primeira vez, disse Campbell à DW.

O que é o Colégio Eleitoral dos EUA? E como isso funciona?

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Trump conseguiu conquistar dados demográficos importantes

Agora Trump venceu pela segunda vez. Um grande fator que contribuiu foi a coalizão de eleitores que ele conseguiu construir.

“Trump se saiu muito bem com as minorias, o que é incomum para um candidato republicano”, disse Campbell.

Trump aumentou seu apoio entre os eleitores negros e latinos nas eleições de 2024 em comparação com a parcela de votos que obteve em 2020.

Há quatro anos, 8% dos eleitores negros votaram em Trump, este ano foram 16%. Sua parcela de eleitores latinos aumentou de 35% em 2020 para 42% em 2024, segundo a AP.

O ex-presidente e presidente eleito também conseguiu conquistar os jovens. Em 2020, 45% dos homens com idades entre os 18 e os 44 anos votaram em Trump, este ano esse número subiu para 52%, segundo a AP.

Entre os eleitores do sexo masculino com idades entre 18 e 29 anos, Trump venceu com uma margem de 13 pontos percentuais à frente de Kamala Harris. Há quatro anos, Joe Biden ainda conseguiu vencer este grupo com uma margem de 15 pontos percentuais.

“Trump fez uma abordagem agressiva a homens de 18 a 29 anos de diferentes grupos étnicos e teve sucesso”, disse à DW Michelle Egan, professora de política, governação e economia na Universidade Americana.

“Um fator foi que ele conseguiu alcançá-los nas redes sociais e não apostou em medidas tradicionais para conseguir votos, como bater em portas.”

A luta de Harris pelo direito ao aborto não alcançou os homens jovens

Outro dos problemas de Harris foi que um dos principais pontos de discussão que ela levantou em praticamente todas as aparições de campanha não alcançou os jovens eleitores do sexo masculino: Aborto direitos.

“Harris apostou nesta questão e ela atraiu mulheres de 18 a 29 anos, onde ela fez incursões”, disse Egan. “Mas não atraiu da mesma forma os homens de 18 a 29 anos.”

Harris disse que lutaria para trazer de volta o direito nacional de acesso ao aborto, que uma maioria conservadora da Suprema Corte revogou em 2022.

Egan disse que as grandes questões que determinaram as eleições de 2024 – e que prejudicaram Harris – foram “os dois ‘i’s: inflação e imigração.”

Biden responsabilizou Harris por imigração e segurança fronteiriça, e Trump usou isto para culpá-la por uma série de problemas que, segundo os republicanos, se deviam à imigração irregular através da fronteira sul dos EUA.

Harris admite derrota

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A inflação é um dos principais contribuintes para a perda de Kamala Harris

“Acho que muito disso se deve ao fato de que os preços permaneceram altos sob Biden”, disse J. Miles Coleman, analista do Centro de Política da Universidade da Virgínia, à DW.

Egan enfatizou que “as pessoas votam com o bolso”. Muitos americanos, disse ela, estavam focados em como tudo, desde alimentos até gás e habitação, ficou caro sob a administração Biden e Harris.

Campbell concordou que a economia desempenhou um papel importante na vitória de Trump.

“As eleições neste país são quase sempre um referendo sobre a administração em exercício e Harris não se separou o suficiente disso”, disse ele.

“Os tempos difíceis da economia ainda não acabaram. Muitos americanos lutam para sobreviver, para comprar uma casa, para colocar comida na mesa.”

Ucrânia não é uma grande preocupação para os eleitores

Há uma preocupação do lado europeu de que Trump limite severamente a ajuda à Ucrânia, com base no quão próximo ele é de Putin e na forma céptica como tem falado sobre a NATO.

Esta potencial redução do apoio à Ucrânia não o prejudicou nas eleições.

“Muito do que importa aos americanos são questões domésticas básicas”, disse Egan. “A Ucrânia e Israel simplesmente não eram tão importantes.”

Político da CDU: Parceria transatlântica não é uma via de mão única

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Editado por: Wesley Rahn



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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