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Condições desumanas na maior prisão da Turquia – DW – 04/02/2025

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Condições desumanas na maior prisão da Turquia - DW - 04/02/2025

“O futuro político da Turquia está germinando nas células desta prisão”, disse Cemil Tugay, prefeito de Izmir, uma cidade no oeste da Turquia, depois de visitar o prefeito deposto de IstambulEkrem Imamoglu e outros prisioneiros políticos em Silivri no início desta semana.

O campus das Penitentiárias de Marmara, como agora é oficialmente conhecido, está localizado no município de Silivri, a cerca de 70 quilômetros (43 milhas) do centro de Istambul.

Originalmente projetado para ser Turquia A maior prisão, a prisão de Silivri foi inaugurada em 2008 e desde então se tornou a maior instalação penal de alta segurança da Europa. Foi renomeado em 2022. As organizações de direitos humanos se referem a ele como um “campo de internação” para membros da oposição, dissidentes e Curdos.

Segundo dados oficiais, o “campus” cobre uma área de mais de um quilômetro quadrado (0,39 milhas quadradas) e compreende 10 instituições correcionais, um hospital e vários tribunais. Existem 500 unidades residenciais, além de uma escola primária, um jardim de infância, um shopping center e outras instalações para a equipe.

Inicialmente, criado para 11.000 prisioneiros, de acordo com uma investigação de direitos humanos no Parlamento Turco, até o final de 2019, às vezes estava abrigando até 23.000 ao mesmo tempo, indicando superlotação significativa.

A prisão tornou -se um símbolo de repressão na Turquia, principalmente porque o número de prisões políticas aumentou. Considerando seu tamanho e a diversidade de seus presos, que variam de chefes da máfia a líderes da oposição, a prisão também desempenha um papel na política turca.

O prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, abordando uma multidão em Istambul
A prisão do prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, provocou protestos em massa na TurquiaImagem: Kemal Aslan/Depo Fotos/Abaca/Picture Alliance

De campos de girassol a tortura

A prisão também mudou fundamentalmente a imagem de Silivri, que era tradicionalmente conhecida por seu solo fértil e campos de girassol. Sua pitoresca litoral de 30 quilômetros e uma atmosfera liberal atraiu muitos turistas em uma pequena pausa de Istambul.

Em meio ao detenção de intelectuais conhecidos, críticos do governo e líderes da oposição, Silivri chamou a atenção nacional e internacional. A recente prisão de Imamoglu colocou os holofotes mais uma vez.

O prefeito depposto de Istambul não é de forma alguma o único prisioneiro proeminente em Silivri: o renomado Ativista de direitos humanos e filantropo Osman Kavala é realizado lá desde 2017, depois de ser acusado de tentar derrubar o governo em conjunto com protestos antigovernamentais em 2013.

Outros presos proeminentes incluem UMIT Ozdag, presidente do Partido Vitória Ultranacionalista, pode Atalay, um parlamentar do Partido dos Trabalhadores de Esquerda da Turquia (TIP), o planejador acadêmico e urbano Tayfun Kahraman, o cineasta Cigdem Mater e o talento gerente Ayse Barim.

No passado, cidadãos estrangeiros, como o ativista alemão dos direitos humanos Peter Steudtner e o Jornalista alemão Deniz Yuceltambém foram detidos lá.

Adil Demirci, um assistente social alemão-turco de Colônia, ficou preso por 10 meses, escrevendo mais tarde sobre suas experiências em um livro cujo título se traduz como “Cell B-28”. Ele descreveu a atmosfera opressiva da prisão em uma entrevista à DW: “Fui inicialmente alojada em uma única célula no Bloco 9 e só conseguia falar com os presos vizinhos pela porta. Essa era a única maneira”. Ele acrescentou que mais tarde foi transferido para uma cela com outros dois prisioneiros.

O bloco 9 é conhecido apenas por prisioneiros políticos que abrigam. O grupo de direitos turcos da Sociedade Civil na Associação de Sistemas Prisonizados (CISST) relatou no passado.

Em 2022, os moradores e prefeito de Silivri solicitaram que o nome da prisão fosse alterado. Desde então, foi chamado de campus de Marmara Penitentiaries.

Um plano de uma sala como visto na exposição "Silivri. Prisão de pensamento"
O jornalista de Berlim Can Dündar selecionou uma exposição sobre a prisão em SilivriImagem: Out Langkafel maifoto

Confinamento solitário semelhante à tortura

O cientista forense Sebnem Korur Fincanci, ex -presidente da Fundação de Direitos Humanos da Turquia (HRFT) e vencedor do Prêmio Hessiano Paz, está profundamente preocupado com o Condições em prisões de alta segurança na Turquia. Ela disse que a situação em Silivri é preocupante porque os prisioneiros são mantidos em confinamento solitário com pouco contato com outras pessoas. Ela observou que é uma forma de tortura privar pessoas de interação social básica.

Ela explicou que muitos presos se queixaram de quase não ter luz solar em suas células e que os blocos de concreto estão muito frios nos meses de inverno. “Essas condições exacerbam significativamente uma situação já estressante”, acrescentou.

Segundo o CISST, as prisões turcas estão superlotadas enormemente. Em 2022, houve 300.000 prisioneiros em 265 prisões fechadas. Apenas a Rússia tinha mais.

Fincanci apontou que muitas prisões já haviam sido de 30% acima da capacidade antes das recentes ondas de prisões. Isso levou a problemas sérios, como espaço insuficiente para os presos dormirem, um abastecimento de água inadequado, escassez de medicamentos e higiene ruim. “Às vezes, os presos precisam dormir em turnos”, disse ela.

Manifestantes de Istambul: ‘Todos nós viemos aqui para um futuro melhor’

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Prisioneiros políticos de campos opostos deliberadamente mantidos juntos

O HRFT também observou que há uma tendência desconcertante: os advogados relataram que seus clientes estão sendo deliberadamente presos por pessoas de acampamentos políticos opostos. Fincanci disse que isso lembrava preocupantemente as condições durante e após o golpe militar de 1980.

Em Silivri, ela explicou, os prisioneiros políticos de esquerda e liberais estão sendo presos por islâmicos radicais. Assim, o estresse de estar preso e a pressão dos funcionários são exacerbados por tensão e assédio de outros prisioneiros. Isso significava que ele clima de medo e desconfiança agravou a situação já precária de ser um prisioneiro político.

Este artigo foi traduzido do alemão.



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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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