ACRE
Daron Acemoglu, Simon Johnson e James A. Robinson, estudiosos de universidades nos EUA, ganham Prêmio Nobel de Economia de 2024
PUBLICADO
1 ano atrásem
Daron Acemoglu, Simon Johnson e James A. Robinson são os ganhadores do Prêmio Nobel de Economia deste ano. Os nomes dos vencedores foram anunciados nesta segunda-feira, 14, pela Academia Real de Ciências da Suécia em Estocolmo, Suécia.
O turco-americano Acemoglu e o norte-americano Johnson são do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, enquanto Robinson, britânico radicado nos EUA, é da Universidade de Chicago.
Os três ganharam o prêmio por “estudos sobre como instituições são formadas e afetam a prosperidade das nações”, segundo explicou a organização do prêmio na cerimônia de apresentação dos vencedores.

Prêmio Nobel de Economia é concedido pelo Banco Central da Suécia Foto: Reprodução Youtube/Nobel Prize
Os três economistas “demonstraram a importância das instituições sociais para a prosperidade de um país”, disse o comitê. “Sociedades com um estado de direito deficiente e instituições que exploram a população não geram crescimento ou mudanças para melhor. A pesquisa dos laureados nos ajuda a entender o porquê”, acrescentou.
“Reduzir as grandes diferenças de renda entre os países é um dos maiores desafios do nosso tempo. Os laureados demonstraram a importância das instituições sociais para alcançar esse objetivo”, disse Jakob Svensson, Presidente do Comitê do Prêmio em Ciências Econômicas.
Ele disse que suas pesquisas proporcionaram “uma compreensão muito mais profunda das causas fundamentais do fracasso ou do sucesso dos países”.
Contatado pela academia em Atenas, na Grécia, onde participa de uma conferência, Acemoglu, de 57 anos, disse que ficou surpreso e chocado com o prêmio. “Nunca se espera algo assim”, disse.
Segundo Acemoglu, a pesquisa homenageada pelo prêmio ressalta o valor das instituições democráticas. “Acho que, em termos gerais, o trabalho que fizemos favorece a democracia”, disse ele em uma ligação telefônica com o comitê do Nobel e repórteres em Estocolmo.
Mas acrescentou que “a democracia não é uma panaceia. Introduzir a democracia é muito difícil. Quando você introduz eleições, isso às vezes gera conflitos”.
Questionado sobre como o crescimento econômico em países como a China se encaixa nas teorias, Acemoglu disse que sua perspectiva “é que esses regimes autoritários, por uma série de razões, terão mais dificuldade (…) em alcançar (…) resultados de inovação sustentável de longo prazo”.
Acemoglu e Robinson escreveram o best-seller de 2012 Por que as nações fracassam: as origens do poder, da prosperidade e da pobreza, que argumentava que os problemas criados pelo homem eram responsáveis por manter os países pobres.
Em seu trabalho, os vencedores analisaram, por exemplo, a cidade de Nogales, que fica na fronteira entre os Estados Unidos e o México.
Apesar de compartilharem a mesma geografia, clima, muitos dos mesmos ancestrais e uma cultura comum, a vida é muito diferente em ambos os lados da fronteira. Em Nogales, Arizona, ao norte, os residentes são relativamente ricos e têm uma vida longa; a maioria das crianças conclui o ensino médio. Ao sul, em Nogales, Sonora, no México, “os residentes são, em geral, consideravelmente mais pobres. (…) O crime organizado torna arriscado abrir e administrar empresas. É difícil remover políticos corruptos, mesmo que as chances de isso acontecer tenham melhorado desde a democratização do México, há pouco mais de 20 anos”.
A diferença, segundo os economistas, é um sistema americano que protege os direitos de propriedade e dá aos cidadãos o direito a falar sobre seu governo.
Acemoglu expressou preocupação com o fato de que as instituições democráticas nos Estados Unidos e na Europa estavam perdendo o apoio da população. “As democracias têm um desempenho particularmente ruim quando a população acha que elas não cumprem o que prometem”, disse ele. “Este é um momento em que as democracias estão passando por uma fase difícil. (…) É, de certa forma, crucial que elas recuperem o terreno elevado de uma melhor governança.”
História do prêmio
O Sveriges Riksbank (Banco Central da Suécia) criou o Nobel de Economia em 1969 como uma homenagem a Alfred Nobel, o empresário e químico sueco do século XIX que inventou a dinamite e criou os cinco Prêmios Nobel originais (medicina, física, química, literatura e paz).
Os primeiros vencedores do Nobel de Economia foram Ragnar Frisch e Jan Tinbergen, em 1969. No ano passado, a professora da Universidade de Harvard, Claudia Goldin, foi homenageada por sua pesquisa que ajuda a explicar por que as mulheres ao redor do mundo são menos propensas a trabalhar do que os homens e por que ganham menos. Ela foi apenas a terceira mulher entre os 93 primeiros laureados em economia.
O prêmio de economia tecnicamente não é um Prêmio Nobel, já que não estava previsto no seu testamento. No entanto, o prêmio sempre é apresentado junto com os prêmios Nobel em 10 de dezembro, aniversário da morte de Nobel, em 1896.
Relacionado
VOCÊ PODE GOSTAR
ACRE
Nota da Andifes sobre os cortes no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as Universidades Federais — Universidade Federal do Acre
PUBLICADO
1 semana atrásem
23 de dezembro de 2025Notícias
publicado:
23/12/2025 07h31,
última modificação:
23/12/2025 07h32
Confira a nota na integra no link: Nota Andifes
Relacionado
ACRE
Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre
PUBLICADO
2 semanas atrásem
18 de dezembro de 2025A Ufac, a Associação Paradesportiva Acreana (APA) e a Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer realizaram, nessa quarta-feira, 17, a entrega dos equipamentos de halterofilismo e musculação no Centro de Referência Paralímpico, localizado no bloco de Educação Física, campus-sede. A iniciativa fortalece as ações voltadas ao esporte paraolímpico e amplia as condições de treinamento e preparação dos atletas atendidos pelo centro, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e a inclusão de pessoas com deficiência.
Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, com o objetivo de fortalecer a preparação esportiva e garantir melhores condições de treino aos atletas do Centro de Referência Paralímpico da Ufac.
Durante a solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Sozinho não fazemos nada, mas juntos somos mais fortes. É por isso que esse centro está dando certo.”
A presidente da APA, Rakel Thompson Abud, relembrou a trajetória de construção do projeto. “Estamos dentro da Ufac realizando esse trabalho há muitos anos e hoje vemos esse resultado, que é o Centro de Referência Paralímpico.”
O coordenador do centro e do curso de Educação Física, Jader Bezerra, ressaltou o compromisso das instituições envolvidas. “Este momento é de agradecimento. Tudo o que fizemos é em prol dessa comunidade. Agradeço a todas as instituições envolvidas e reforço que estaremos sempre aqui para receber os atletas com a melhor estrutura possível.”

O atleta paralímpico Mazinho Silva, representando os demais atletas, agradeceu o apoio recebido. “Hoje é um momento de gratidão a todos os envolvidos. Precisamos avançar cada vez mais e somos muito gratos por tudo o que está sendo feito.”
A vice-governadora do Estado do Acre, Mailza Assis da Silva, também destacou o trabalho desenvolvido no centro e o talento dos atletas. “Estou reconhecendo o excelente trabalho de toda a equipe, mas, acima de tudo, o talento de cada um de nossos atletas.”
Já o assessor do deputado estadual Eduardo Ribeiro, Jeferson Barroso, enfatizou a finalidade social da emenda. “O deputado Eduardo fica muito feliz em ver que o recurso está sendo bem gerenciado, garantindo direitos, igualdade e representatividade.”
Também compuseram o dispositivo de honra a pró-reitora de Inovação, Almecina Balbino, e um dos coordenadores do Centro de Referência Paralímpico, Antônio Clodoaldo Melo de Castro.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
Relacionado
ACRE
Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre
PUBLICADO
2 semanas atrásem
18 de dezembro de 2025A Orquestra de Câmara da Ufac realizou, nesta quarta-feira, 17, uma apresentação musical no auditório do E-Amazônia, no campus-sede. Sob a coordenação e regência do professor Romualdo Medeiros, o concerto integrou a programação cultural da instituição e evidenciou a importância da música instrumental na formação artística, cultural e acadêmica da comunidade universitária.
A reitora Guida Aquino ressaltou a relevância da iniciativa. “Fico encantada. A cultura e a arte são fundamentais para a nossa universidade.” Durante o evento, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, destacou o papel social da arte. “Sem arte, sem cultura e sem música, a sociedade sofre mais. A arte, a cultura e a música são direitos humanos.”
Também compôs o dispositivo de honra a professora Lya Januária Vasconcelos.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48
You must be logged in to post a comment Login