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De treta com Milei a foto incompleta, veja momentos do G20 – 20/11/2024 – Mundo

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O encontro dos líderes do G20 reuniu, no Rio de Janeiro, um agregado de discussões caras à política e à diplomacia internacional. Juntou, na mesma medida, um rol de grandes momentos dignos da lembrança da cúpula na Cidade Maravilhosa.

A Aliança Global pelo Combate à Fome e à Pobreza foi ponto central dessa cúpula. Pelas tangentes, no entanto, alguns líderes deixaram suas marcas na narrativa do encontro.

Foto de família quase completa

A “foto de família”, tradição mantida nesta cúpula, reúne todos os líderes presentes no evento. Ou deveria. A primeira versão, da segunda-feira (18), foi produzida sem a presença do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e do premiê do Canadá, Justin Trudeau, que estavam em reunião, e da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, que também se atrasou.

A solução encontrada foi repetir a dose nesta terça-feira (19). Os três ausentes da véspera participaram desta vez, mas outros líderes também ficaram de fora do retrato na segunda tentativa.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, o presidente da Argentina, Javier Milei, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, não estão no segundo registro.

O presidente Lula fez seu papel de anfitrião e recebeu um a um os líderes no Museu de Arte Moderna (MAM). Houve sorrisos, abraços e outros cumprimentos mais formais, mas um em especial chamou mais a atenção.

Javier Milei, presidente argentino que já despejou más palavras contra o petista, foi recepcionado num tom mais protocolar e frio. O momento gerou repercussão, e a montagem feita pela Folha com os retratos oficiais deixou ainda mais evidente a diferença de tratamento.

A energia entre os dois líderes vizinhos refletiu simbolicamente as discussões prévias e as que estavam por vir. Os argentinos travaram oposição em pontos relacionados à igualdade de gênero, sustentabilidade e pobreza —o que poderia comprometer os consensos na declaração final.

Milei balançou, reclamou, mas acabou cedendo —embora não sem reiterar suas discordâncias.

Opiniões fortes, não, Janja?

Durante painel do G20 Social —programação paralela à cúpula principal que reúne membros da sociedade civil—, a primeira-dama brasileira, Rosângela da Silva, a Janja, afirmou não ter medo de Elon Musk e, para provar, proferiu: “Fuck you, Elon Musk” — o equivalente a “vá se foder”.

Janja também havia criticado os vizinhos argentinos por sua atuação na pauta da equidade de gênero. ‘Não consigo pensar em algum país que se negue a assinar uma declaração dessa’, afirmou, ao fazer referência à oposição dos hermanos a trechos no documento final sobre igualdade de gênero e empoderamento feminino.

E a primeira-dama também se irritou com o apelido —Janjapalooza— dado ao festival que ela impulsionou.

Flopou?

O nome oficial do Janjapalooza, como a primeira-dama fez questão de ressaltar, era Aliança Global Festival Contra Fome e a Pobreza. A organização mirou grandes eventos semelhantes, como Live Aid, mas acertou alguns níveis abaixo.

Um grupo de inúmeros artistas brasileiros consagrados foi reunido para movimentar a cena carioca nos dias de cúpula; a agitação gerada, no entanto, não pareceu ser das mais expressivas.

A organização avaliou a presença como satisfatória e não considerou o evento um fracasso. Poderia ter sido melhor, mas cumpriu o seu papel, dizem.

Biden na floresta

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitou o estado do Amazonas antes de vir ao Rio de Janeiro para a cúpula do G20. Na capital, Manaus, o democrata defendeu a revolução de energia limpa de seu país, citou a preservação da floresta e o combate à crise climática.

Em paralelo à visita, a Casa Branca anunciou mais um investimento de US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia, que se soma a outro de mesmo valor prometido em fevereiro de 2023. A meta, a princípio, seria atingir US$ 500 milhões em cinco anos. Prestes a encerrar seu mandato, o patamar fica longe do prometido.

Ao fim da entrevista coletiva em meio à floresta, Biden encerra sua fala e anda em direção à mata, em uma cena no mínimo curiosa e, em última interpretação, simbólica.

Americano cortou caminho

O edifício imponente do MAM, símbolo da arquitetura modernista brasileira, convidava os líderes presentes a uma subida de rampa. Ao fim dela, o cumprimento do presidente Lula os aguardava.

Para o homem mais poderoso do mundo —ainda que em final de mandato antes de ceder a Casa Branca a Donald Trump— o caminho foi diferente. Biden, 81, preferiu sair do sol e subir por um caminho paralelo, de elevador. Foi o único dos chefes de Estado que usou essa alternativa.

Chineses no Rio

O Rio de Janeiro por si só já é repleto de turistas. Com a realização do G20 e a vinda das inúmeras delegações internacionais, grupos ainda maiores marcaram seu lugar. Xi Jinping, líder da China, teve um hotel reservado somente para sua delegação.

Pela cidade, a pompa de seu país se alocou. Ora expressando apoio —o suposto motivo de sua vinda—, ora não muito feliz, um grupo de cerca de 50 pessoas coloriu de vermelho —com estrelas amarelas, é verdade— os arredores e caminhos da delegação chinesa.

Corre, Macron!

Há muito o que discutir e decidir em cúpulas como o G20; há tempo, de todo modo, para uma corrida apreciativa pela orla de Copacabana. O presidente da França, Emmanuel Macron, provou que acordar pouco tempo mais cedo já é suficiente para o exercício matinal.

Antes de se embrenhar no último dia de reuniões diplomáticas, nesta terça (19), Macron saiu de seu hotel —rodeado de seguranças, por óbvio— para se exercitar na Avenida Atlântica. Turistas e cariocas aproveitaram a aproximação para selfies e rápidos gritos.

O presidente ainda cumpriu agenda após as reuniões visitando a região da Pequena África, onde estão diferentes locais de memória e homenagem a africanos escravizados na zona portuária do Rio de Janeiro.

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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