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Debate sobre troca de modelo para financiar campan…

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Ricardo Chapola

Líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) pretende convidar dirigentes do partido e líderes governistas para debater uma eventual troca da modalidade de financiamento de campanhas eleitorais, custeadas quase que exclusivamente com recursos públicos desde 2018. O tema, porém, está longe de ser uma unanimidade entre os petistas, já que parte deles, como a presidente nacional da sigla, a deputada federal Gleisi Hoffmann, defende a manutenção das regras atuais.

“Trazer de volta as doações de empresas seria um grave retrocesso. Caixa dois e compra de votos são crimes que devem ser enfrentados e punidos com rigor. Simples assim. O financiamento público é um avanço democrático contra a influência do poder econômico na política”, disse Gleisi numa rede social. O tema voltou ao debate quando Randolfe Rodrigues afirmou, em entrevista, ser a favor do retorno do financiamento privado de campanhas eleitorais, que vigorou até a eleição de 2014.

Em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) vetou doações a campanhas por pessoas jurídicas em resposta às descobertas da Operação Lava Jato, que desvendou o maior esquema de corrupção da história do país. Em troca de contratos superfaturados com o governo ou de aprovação de alguma medida no Congresso, empreiteiros faziam repasses financeiros ea partidos e candidatos (oficiais ou por fora, via caixa dois). A mudança para o financiamento público tinha o objetivo de romper essa relação de promiscuidade entre iniciativa privada e autoridades.

“A adoção do financiamento público trouxe outros vícios, processos corruptivos, mais casos de caixa dois. Não melhorou em nada nosso sistema”, diz Randolfe, que passou a defender o modelo híbrido de financiamento, no qual seriam permitidas doações de entes públicos ou privados.

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Riscos para 2026

O PT saiu derrotado do primeiro turno das eleições municipais de 2024 — e o resultado pode ter reflexo no caixa do partido, que hoje detém a segunda maior fatia do fundo público eleitoral, atrás apenas do PL de Jair Bolsonaro. Quanto mais prefeitos e vereadores uma legenda eleger, maior será a chance de ela obter, em 2026, uma bancada maior na Câmara.

Pela lei, quem tem a maior bancada de deputados federais fica com uma parte maior do fundo público eleitoral. O cenário para os petistas, portanto, não é dos melhores. Randolfe Rodrigues garante que essa situação nada tem a ver com seu interesse de debater  uma possível revisão do modelo de financiamento eleitoral.



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Frase do dia: Ciro Gomes

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Frase do dia: Ciro Gomes

Matheus Leitão

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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social) 


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Charge do JCaesar: 05 de maio

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Felipe Barbosa

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A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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A articulação para mudar quem define o teto de jur...

Nicholas Shores

O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN). 

A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica. 

Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.

A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira. 

Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.

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Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios. 

Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.

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Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.

Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.

Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.

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Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.

Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.



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