Insurgentes liderados pela facção islâmica Hayat Tahrir al-Sham (HTS) estão avançando sobre a cidade de Homs, no centro da Síria, disse na sexta-feira o monitor de guerra baseado no Reino Unido, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
O Observatório disse que os insurgentes estavam agora a apenas 5 km (3 milhas) dos arredores da cidade-chave, que fornece uma ligação entre a capital, Damasco, e o norte.
A marcha dos rebeldes para o sul ocorre depois que eles capturaram o cidade do norte de Aleppo e Hama no centro no que foram golpes devastadores contra o poder do presidente autocrático Bashar Assad.
Será que os rebeldes quebraram o impasse na guerra civil síria?
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Os residentes de Homs têm deixado as suas casas aos milhares e fugido para regiões costeiras ocidentais que estão sob total controlo do governo, disse o Observatório.
Um oficial do exército sírio disse à Reuters que reforços estavam chegando para ajudar as forças governamentais a consolidar posições ao redor da cidade.
Ele também disse que as forças russas também bombardearam a ponte Rustan ao longo da principal rodovia M5 durante a noite, em uma tentativa de impedir os rebeldes de usarem o que é a rota principal para Homs.
Mas o Observatório disse que os rebeldes chegaram a uma área muito próxima da cidade, apesar dos esforços para contê-los.
“Hayat Tahrir al-Sham (HTS) e facções aliadas chegaram a cinco quilómetros dos arredores da cidade de Homs depois de controlarem as cidades de Rastan e Talbisseh”, afirmou.
Acrescentou que controlar Homs permitiria aos rebeldes “cortar a estrada principal que leva à costa síria”, o reduto da minoria alauita liderada por Assad.
Quem está por trás da insurgência?
A Síria entrou em guerra civil em 2012, após uma repressão brutal do governo aos protestos pró-democracia, em grande parte pacíficos, no ano anterior.
Vários intervenientes patrocinados pelo Estado e não estatais foram atraídos para os conflitos que se seguiram, nomeadamente com a Rússia e o Irão a intervir para ajudar Assad a suprimir a revolta.
Com a ajuda deles, Assad conseguiu trazer dois terços do país de volta ao seu controlo.
Contudo, agora, o HTS pró-turco, anteriormente afiliado ao grupo terrorista Al-Qaeda, tornou-se a força motriz por trás da nova onda de insurgência.
O HTS controla a região de Idlib, no nordeste da Síria, que se tornou o último bastião da oposição do país.
A ofensiva surge num momento em que a Rússia e o Irão, os principais aliados de Assad,tiveram sua atenção desviada por conflitos em outros lugaresprovavelmente enfraquecendo o poder de combate do exército sírio.
Enquanto o HTS tenta capturar áreas controladas por Assad, a ofensiva também pode ser vista no contexto dos esforços turcos para atingir a maioria curda no nordeste do país.
A Turquia, que faz fronteira com a Síria a norte e se opõe em grande parte ao governo de Damasco, tem atacado regularmente a região autónoma curda e tem como alvo grupos que Ancara rotulou de “terroristas”, como as Forças Democráticas Sírias, ou SDF.
tj/rc (AFP, Reuters, dpa)
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