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Donald Trump: Brasil escapa em início de guerra comercial – 25/01/2025 – Mercado

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Ricardo Della Coletta, Nathalia Garcia
O Brasil não esteve na mira de Donald Trump em suas primeiras declarações e medidas sobre a política de comércio exterior dos Estados Unidos, mas membros do governo Lula (PT) destacam que as ações anunciadas pelo republicano são genéricas e abrem brechas que podem ser usadas para atingir o país no futuro.
Em seus primeiros dias de volta à Casa Branca, Trump assinou uma ordem executiva intitulada America First Trade Policy (Política Comercial América em Primeiro Lugar) e fez uma série de ameaças de impor tarifas contra parceiros comerciais dos americanos.
Os alvos preferenciais de Trump foram México, Canadá —com quem os EUA mantêm um acordo de livre-comércio—, União Europeia, Rússia e China.
No caso dos chineses, Trump adotou um tom errático. Ele chegou a ameaçar impor tarifas de até 60% sobre produtos do país asiático. Recentemente, falou em uma alíquota de 10% e, nas últimas horas, admitiu a possibilidade de um acordo comercial com Pequim.
Folha Mercado
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Apesar do alívio de não ver o Brasil citado entre os primeiros alvos de Trump, integrantes do governo Lula alertam que o decreto do republicano é vago e discricionário o suficiente para, em tese, ser usado contra qualquer sócio comercial dos EUA.
A ordem determina que as autoridades americanas trabalhem para identificar “qualquer prática de comércio injusta de outros países e recomendem ações apropriadas para reparar essas práticas”.
Em outro trecho, o decreto estabelece que a Secretaria do Tesouro deverá avaliar políticas e práticas cambiais de outros países.
“O secretário do Tesouro deverá recomendar medidas apropriadas para combater a manipulação ou desalinhamento da moeda que impeça ajustes eficazes na balança de pagamentos ou que forneça aos parceiros comerciais uma vantagem competitiva injusta no comércio internacional, e deverá identificar quaisquer países que ele acredita que deveriam ser designados como manipuladores de moeda”, diz o texto.
Há alguns precedentes que preocupam, mas são poucos se comparados às queixas que Trump tem disparado contra outros países.
Em seu primeiro mandato, Trump acusou o Brasil, então governado por Jair Bolsonaro, de desvalorizar artificialmente o real. À época, a queixa foi usada como justificativa para o republicano anunciar uma sobretaxa sobre o aço brasileiro.
Já depois de ser eleito para o novo mandato, durante uma coletiva de imprensa em Mar-a-Lago, Trump afirmou que países como Índia e Brasil cobram muito em tarifas para produtos importados dos EUA. “Se eles querem cobrar, tudo bem, mas vamos cobrar a mesma coisa”, disse.
Segundo interlocutores do governo, o fato de o Brasil ter acumulado historicamente déficits em seu comércio com os EUA é uma das razões que mantêm o país fora do radar de Trump, ao menos por ora.
Para esses interlocutores, a principal ameaça no curto e médio prazo recai sobre os setores de aço e alumínio, como ocorreu no passado.
Em 2024, a corrente de comércio (soma de exportações e importações) entre Brasil e EUA foi de US$ 80,91 bilhões, alta de 8,1% em relação ao ano anterior. Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, mas seguem como principal destino para as vendas de produtos com maior valor agregado.
No acumulado de janeiro a dezembro, as exportações para os EUA cresceram 9,2% e atingiram US$ 40,33 bilhões, já as importações tiveram avanço de 6,9%, totalizando US$ 40,58 bilhões.
Os principais produtos exportados pelo Brasil para os EUA são petróleo bruto, produtos semi-acabados de ferro e aço; e aeronaves. Entre os importados, os principais itens comprados são motores e máquinas não elétricos, óleos combustíveis de petróleo e aeronaves.
Apesar de estar no radar a eventual taxação a produtos brasileiros importados pelos EUA, um integrante do governo brasileiro considera que as projeções preliminares feitas por instituições financeiras não têm respaldo em elementos concretos e são uma mera simulação de dados.
Em evento em São Paulo, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta sexta (24) que o governo brasileiro não tem controle sobre eventos externos, como a política dos Estados Unidos. No entanto, o também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços defendeu a solidez da economia brasileira.
“Tem coisas que não dependem de nós, por exemplo, reflexos da política externa, o que vai acontecer nos Estados Unidos, quais as medidas vão ser tomadas. Agora, o Brasil é um país com pressupostos econômicos sólidos. Nós temos um crescimento forte da economia”, disse.
Outra frente observada com atenção pelo governo brasileiro é a ameaça de Trump a países que aplicam impostos “extraterritoriais” sobre multinacionais dos EUA. Logo após ser empossado, o republicano retirou o apoio ao pacto fiscal global acordado na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
A decisão vai na contramão de medida implementada no Brasil, como parte do “pilar 2” do acordo da OCDE. Em 30 de dezembro, o presidente Lula sancionou a lei que estabelece uma tributação mínima efetiva de 15% sobre os lucros de multinacionais. A mudança entrou em vigor em 1º de janeiro, mas, como a apuração é anual, o primeiro pagamento será feito apenas em 2026.
No Brasil, técnicos do governo acompanham as primeiras movimentações de Trump, mas a ordem é aguardar.
Há uma avaliação nos bastidores de que a retaliação de Trump pode se referir ao “pilar 1” do acordo da OCDE, que consiste em tributar a matriz de uma multinacional no Brasil.
O assunto é controverso nos EUA por recair sobre as big techs e, antes mesmo da posse de Trump, já enfrentava resistências no congresso americano.
Relação Brasil-EUA
Corrente de comércio: US$ 80,91 bilhões
Exportações: US$ 40,33 bilhões
Principais produtos: petróleo bruto, produtos semi-acabados de ferro e aço; e aeronaves.
Importações: US$ 40,58 bilhões.
Principais produtos: motores e máquinas não elétricos, óleos combustíveis de petróleo e aeronaves.
Resultado: déficit US$ 250 milhões.
*Dados para 2024
Fonte: Mdic
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Somos cruéis ao extremo conosco em momentos de frustração – 07/02/2025 – Marina Izidro

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4 minutos atrásem
7 de fevereiro de 2025
Não tenho simpatia pelo tenista alemão Alexander Zverev.
Em 2022, em um torneio no México, ele xingou o juiz de “idiota de m…” por discordar de uma decisão e golpeou várias vezes a cadeira do árbitro com a raquete em um acesso de fúria. Foi expulso, multado, mas ficou por isso mesmo. Foi no ano em que Roger Federer se aposentou e o mundo do tênis debatia quem seriam os ídolos da próxima geração. Não seria Zverev. Até porque ele foi acusado de algo bem pior do que um chilique: agressão contra duas ex-namoradas. Em um dos casos houve acordo na Justiça; o outro, a ATP investigou e arquivou.
Isto posto, como falta de simpatia não significa ausência de empatia, este texto é sobre ele. Por um desabafo do alemão há alguns dias –sem relação com os fatos acima–, sinto que há um pouco de Zverev em muitos de nós.
Na final do Aberto do Austrália, ele foi derrotado para o número 1 do mundo, Jannik Sinner. O italiano domina o circuito, tem sido quase imbatível. Mesmo assim, na entrevista pós-jogo, com ar de desolação, Zverev, que é o número 2 do ranking, disse: “Eu simplesmente não sou bom o suficiente”.
Há muito por trás dessa resposta. Aos 27 anos, foi a terceira derrota dele em finais de Grand Slam. Sinner, 23 anos, já ganhou três, e Carlos Alcaraz, 21, quatro. Claro que, logo depois de perder, a raiva é compreensível.
Mas atletas profissionais, acostumados com pressão, raramente demonstram fraqueza física ou mental. Deixar transparecer lesão ou medo é dar munição ao adversário. Por isso, Zverev compartilhar com o mundo que não se considera bom o bastante me fez refletir sobre como temos a capacidade de sermos cruéis ao extremo com nós mesmos em momentos de frustração.
Também me interessei pelo tema porque sempre me orgulhei em dizer que “perfeccionismo” era uma das minhas principais qualidades. Uma amostra de ambição positiva e comprometimento. Sermos exigentes com nossa performance profissional é importante, significa que queremos fazer o melhor. Mas, se temos um dia ruim, o que eventualmente acontece, corremos o risco de autoboicote, sem percebermos.
Há estudos de renomados neurocientistas e psicólogos sobre como nosso cérebro é programado para a autopunição e sobre o efeito negativo em nossa saúde.
Conheci recentemente o trabalho da norte-americana Kristin Neff, professora do Departamento de Psicologia da Universidade do Texas. Ela diz que a autocrítica é quase um mecanismo de defesa. Nos atacamos tentando nos convencer de que precisamos seguir em frente, sem reclamar, e assim estaríamos ajudando a nós mesmos. Mas isso aumenta níveis de estresse e inflamação no corpo, afeta a autoestima e acaba nos deixando inseguros.
Não ajuda as redes sociais tentarem nos fazer acreditar que é preciso alcançar níveis de perfeccionismo impossíveis. Nos comparamos a desconhecidos, imaginando uma vida perfeita que é, na verdade, impecavelmente fabricada.
Mas existem técnicas para reprogramar o cérebro e transformar autopunição em autocompaixão. A doutora Neff explica que a mudança de atitude não tem nada a ver com acomodação, com termos pena de nós mesmos ou com fraqueza, mas, sim, transformar erros em aprendizado.
No fim, não tira nossa motivação; ao contrário, viramos pessoas ainda mais confiantes.
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“Espero que haja mudanças porque as condições de trabalho são realmente catastróficas”

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7 de fevereiro de 2025

Na entrada do estacionamento Lidl em Champigny-sur-Marne (Val-de-Marne), dois funcionários colocaram os braços na cruz para fazer um sinal para clientes de carro que “Está fechado”. O restante dos atacantes, uma grande maioria das mulheres, várias em CFDT casica, reunidas em uma sala comum para escapar do ar livre. Eles saborearem sua primeira vitória lá: sexta -feira, 7 de fevereiro, a loja não abriu devido a uma greve maciça de seus cinquenta funcionários, respondendo na chamada lançada em nível nacional por cinco dos seis sindicatos da empresa (CGT, CFD, FO, CFE-CGC, CFTC).
A cortina também permaneceu lançada em vários Lidl vizinhos em Vitry-sur-Seine, Villiers-sur-Marne, Santeny (Val-de-Marne), ou mais em Serris e Claye-Sowilly (Sena-Et-Marne), dos quais Strike Os funcionários chegam em ondas, em uma alegria libertadora. « Trabalho com a LIDL desde 2007, é a primeira vez que somos greves. Até agora, não ousamos dizer nada para não sofrer com isso, mas sempre nos perguntam mais. Então, desta vez, dissemos a nós mesmos: “Nós vamos!”Assim, Lança um funcionário da Villiers-sur-Marne. Espero que haja mudanças porque as condições de trabalho são realmente catastróficas. »»
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A comunidade negra de Altadena exige justiça por vítimas de fogo de Los Angeles: ‘Quero que sejamos cuidados de’ | FIRE -FIROS DE CALIFÓRNIA

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7 de fevereiro de 2025
Lynda Lin Grigsby
Tele Fogo da Califórnia Isso saiu de Eaton Canyon no mês passado, devastou os bairros de Altadena e matou várias vidas, incluindo a de Evelyn McClendon, um motorista de ônibus escolar lembrado por sua espiritualidade e dedicação a crianças, disse seu irmão Zaire Calvin, não pela tragédia que tirou sua vida.
No brilho dos vitrais na primeira igreja de Pasadena, Calvin homenageou a memória de sua irmã ao lado dos parentes de outras vítimas de incêndio em Eaton, Erliene Kelley e Rodney Nickerson – uma bolsa do United enlutado em luto.
“Meu coração sangra para essas famílias e para toda a nossa comunidade”, disse Calvin.
O serviço solene destacou o impacto desproporcional do Eaton Fire na comunidade negra de Altadena e se tornou uma manifestação por justiça e igualdade liderada pelo advogado Ben Crump e pelo Rev Al Sharpton.
Os incêndios florestais de janeiro na área de Los Angeles, incluindo os Palisades Fire e Eaton Fire, estão entre os mais mortais e mais destrutivo na história da Califórnia. Mas perguntas sobre ordens de evacuação atrasadas deram origem a sentimentos de negligência entre alguns moradores de Altadena.
“Esta é uma questão humana”, disse Sharpton. “Estamos com os que estão nas Palisades e nas colinas de Hollywood, mas todos os que estão conosco também.”
Novo dados Da Universidade da Califórnia, Los Angeles, revelou que quase metade das famílias negras de Altadena foram destruídas ou severamente danificadas pelo incêndio.
“Queremos garantir que tenhamos verdade, responsabilidade e justiça para Altadena”, disse Crump. “Não queremos justiça a três quintos. Não queremos meia justiça para as famílias negras que perderam tanto. Queremos toda a justiça. ”
Alimentado por ventos fortes, o fogo da Eaton queimou mais do que 9.400 estruturas em Altadena e suas cidades vizinhas, matando 17 vidas, de acordo com o Departamento de Proteção Florestal e Incêndio da Califórnia.
Em suas consequências, relatos de Avanços de evacuação tardia provocaram pedidos para uma investigação. Donald Trump Turnou regiões devastadas pelo fogo das Palisadas do Pacífico e prometeu reconstruir, mas estava notavelmente ausente de Altadena.
Sentir -se esquecido não é novidade, disse Calvin após o culto, citando uma longa história de ser instruído a ir para a parte de trás de uma fila ou ônibus.
“Eu só quero que estejamos na frente”, disse ele. “Eu quero ser todo o todo e todos cuidados como uma comunidade.”
Durante o memorial, Trevor Kelley prestou homenagem a sua mãe, Erliene, um técnico farmacêutico aposentado. Ela sempre foi a última pessoa em sua casa a dormir e a primeira a acordar.
“Você sabe o que isso significa na Bíblia?” disse Kelley. “Este era um anjo que Deus enviou para nos criar.”
Após a promoção do boletim informativo
Eric Nickerson refletiu sobre seu pai, Rodney, que se orgulhava dos laços profundos de sua família com Los Angeles. O maior complexo habitacional público da cidade, Nickerson Gardensleva o nome de sua família.
Na noite do incêndio, Rodney estava na cama em sua casa em Altadena.
“A razão pela qual esse memorial é importante é que essas pessoas não fizeram nada além do que deveriam fazer em suas próprias casas”, disse Sharpton. “Quando você não tem a segurança e a santidade de sua própria casa, então o que resta? O que devemos dizer aos nossos filhos agora? ”
O bairro historicamente preto e de classe média de Altadena foi moldado por Práticas habitacionais racialmente discriminatórias. As cidades vizinhas restringiram a propriedade negra da casa, então Altadena se tornou um refúgio.
Os pesquisadores da UCLA disseram que essa área estava mais próxima do perímetro de incêndio da Eaton e exigiu mais apoio para se recuperar.
“Este é o nosso sangue. Este é o nosso suor ”, disse Sharpton sobre o diverso bairro de Altadena. “E mesmo que tenha queimado no chão, vamos construir de volta.”
No serviço, os líderes comunitários pediram aos proprietários que permanecessem unidos e resistam a vender suas propriedades após o incêndio.
“É uma comunidade que não pode ser replicada”, disse Calvin. “Essas pessoas precisam ser amadas e dada a chance de recuperar, para que a comunidade não mude”.
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