NOSSAS REDES

ACRE

Édouard Louis fala a VEJA sobre literatura, classe…

PUBLICADO

em

Desde que pousou no Brasil na segunda semana de outubro para participação na Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip, o francês Édouard Louis, de 31 anos, tem se imposto como nome inescapável na esfera literária nacional, responsável por mobilizar centenas de admiradores para múltiplas mesas de conversa, entre outros eventos. A popularidade inegável é, também, inusitada. Louis, afinal, não é escritor de ficção, nem se debruça sobre a literatura comercial que mais vende livros no Brasil e no mundo. Para quem já o leu, contudo, é mais que justificada. Com sete livros publicados — quatro recentemente no país pela editora Todavia —, o autor é dono de um projeto literário autobiográfico ao estilo de Annie Ernaux, em que narra as transformações do próprio corpo e de classe, assim como as de familiares, para evidenciar as violências sofridas pelos grupos sociais à margem da França e, paralelamente, do mundo. Suas palavras são cruas, densas e, ao mesmo tempo, comoventes — espelhos que, salvo raras exceções, estão fadados a provocar identificação e questionamentos no leitor.

Nascido Eddy Bellegueule em 1992, filho de um operário e uma dona de casa, ele sofreu agressões homofóbicas em seu meio, ao mesmo tempo em que observava o racismo ao redor e as dores da mãe, casada com um marido temperamental e alcoólatra. Foi o primeiro da família a cursar o ensino médio e, depois, o superior. Aos 22, publicou O Fim de Eddy, sobre tal processo de libertação, e logo se tornou fenômeno, com quase meio milhão de cópias vendidas. Nos trabalhos que se sucederam, reconta também a trajetória do pai, da mãe e do irmão mais velho, tentando compreender o quanto cada um está sob controle da própria vida dentro das estruturas sociais. Em entrevista a VEJA, Louis defende seu foco biográfico, pondera sobre a ligação entre a extrema direita e as classes baixas, aponta falhas da esquerda, detalha a relação conturbada com a família e explica como enxerga a liberdade, entre outros assuntos: 

Há quem veja a autoficção como narcisista e menos importante do que textos dedicados à macroesfera política. Acredita que seus livros desafiam esses preconceitos? Existe uma hierarquia na história da literatura que posiciona a ficção sobre a autobiografia e considera a imaginação simbolicamente superior ao relato. A questão é que, hoje, muitos acreditam que a não-ficção está por toda parte, que todos estão escrevendo sobre si e que o narcisismo é rei nesta fase da história — o que qualquer estudo sociológico contraria. Basta olhar para tudo que minha editora francesa tem publicado nos últimos meses ou anos. A ficção sempre impera. Outro exemplo são as premiações — que desprezo, mas reconheço que dizem algo sobre o mundo. Troféus como o Goncourt na França e Man Booker no Reino Unido exigem que as obras sejam fictícias. A vitória de Annie Ernaux no Nobel por uma obra inteiramente autobiográfica é uma anomalia. 

Continua após a publicidade

“Escrever uma autobiografia é, na verdade, sumir.”

Se a ficção é tão presente e tão bem tratada, por que aquela impressão sobre autobiografias permanece? É medo. Quando se teme algo, a causa parece onipresente. Cresci em uma cidadezinha racista no norte da França, habitada por eleitores brancos da extrema direita e gente que dizia “os negros estão em todo lugar, este não é mais nosso país” — mesmo se nunca tivessem conhecido alguém que não fosse branco em suas vidas. Temiam um mundo novo de interconexões e miscigenação. É a mesma lógica por trás dos transfóbicos franceses, que se radicalizam após notar a presença de vozes trans na esfera pública. Exclamam: “Todos querem trocar de gênero”! É uma atitude tão grotesca que beira o cômico. Conservadores sentem o mesmo sobre a autobiografia porque ela os força a confrontar a realidade, os impede de virar a cara para a violência que, de fato, aconteceu e acontece. O constrangimento provocado é demais para alguns leitores — até os espertos. Já a acusação de narcisismo não tem cabimento. Escrever sobre a própria história é, justamente, a forma literária menos narcisista. Quando falo de mim, falo de um corpo que não escolhi, de uma vida que não escolhi, de uma família que não escolhi, de um país que não escolhi, de uma língua que não escolhi. Me mesclo a uma trama maior do que mim. Já a ficção é sobre arbítrio, a construção deliberada de um personagem e um contexto, o que representa muito mais a visão particular do autor. Escrever uma autobiografia é, na verdade, sumir. 

A relação entre classes baixas e representantes de direita como Marine Le Pen é foco de parte de seu trabalho. Por que acredita que essa relação tenha se estreitado em detrimento da esquerda? Uma resposta digna exigiria anos de análise, mas diria que são duas as principais razões. A primeira já foi descrita por Didier Eribon em Retorno a Reims e é que a esquerda tradicional gradualmente abandonou a classe trabalhadora — isso na França, na Alemanha, na Inglaterra e nos Estados Unidos, entre outros países. Em vez de debater a pobreza, a violência social, a exclusão e a precariedade, a esquerda aderiu a uma agenda que é, na verdade, de direita. O que se passou foi uma revolução neoliberal entre os anos 1980 e 1990, que fez com que representantes dos operários falassem a língua do mercado. Desde a minha infância, então, escuto minha família renegar a esquerda por sentir que ela não se importava mais conosco. Essa troca levou à ascensão da extrema direita em regiões que antes eram tradicionalmente socialistas e se aproveita do desespero da população para existir em sociedade e no mundo. Enquanto isso, a esquerda não proporciona essa visibilidade porque tem vergonha de si. Os representantes da causa sempre pedem desculpas pelos próprios princípios e fazem questão de provar que não são tão radicais quanto se pensa. Estão sempre acalmando a todos, afobados — “calma, não vou fazer uma revolução socialista” ou “espere, não quero combater grupos capitalistas como a Netflix e a Amazon”. Já a direita é puro orgulho. Nem Le Pen, nem Trump, nem Bolsonaro escondem suas verdades. Têm orgulho do racismo, do machismo e da homofobia.

Continua após a publicidade

E o outro motivo? É mais desafiador: a supremacia branca. Na França, por exemplo, ela está sendo inflada em meio à intensificação do fluxo migratório. O processo pode ser consciente ou inconsciente, mas, como disse antes, é uma tendência que pessoas se sintam ameaçadas por aquilo que temem. Acham que alguém está batendo à porta para roubar a cultura, quando a cultura é, por definição: transformação, mudança, mistura e troca. Um bom exemplo disso é uma anedota do filósofo Gilles Deleuze. Ele cresceu com dinheiro, em uma família de médicos. Em 1936, a Frente Popular da França criou a política de cinco semanas de férias obrigatórias para operários e, logo, as praias se encheram de gente que nunca antes havia visto o mar.  Deleuze contou em uma entrevista que seus pais ficaram aterrorizados. Hoje, isso se vê muito na crítica ao turismo. Dizem que as praias estão lotadas, mas a ocupação não era um problema quando limitada aos ricos. A metamorfose de uma sociedade está sempre acompanhada da paranoia.  

“Uma vez que tenha partido, você se torna outra pessoa. A mudança é um fato objetivo, não uma decisão.”

Tal paranoia é um dos elementos sociais que moldam os corpos e os caráteres dos personagens de seus livros, como seu pai e sua mãe. Compreender as raízes do comportamento de uma pessoa o ajuda a se reconciliar emocionalmente com ela? “Reconciliação” não é a palavra certa. É impossível se reconciliar a algo tão distante de si ou ao passado do qual se fugiu. Uma vez que tenha partido, você se torna outra pessoa. A mudança é um fato objetivo, não uma decisão. Não está sob nosso controle. Narro um exemplo desta distância em Lutas e Metamorfoses de uma Mulher. Na vila em que cresci, muitos ficaram desempregados e perderam suas casas após a fábrica local fechar, então a única pessoa abastada que por ali passava era um médico, o único expoente de lá a conseguir estudar e ir para a faculdade, onde começou a se vestir bem e a falar sem o nosso sotaque característico. Quando ele entrava na minha casa, éramos todos soterrados em vergonha. Nos víamos como plebeus estúpidos que não sabiam como falar ou se mover. Ele era extremamente gentil, mas não importava. A violência pairava entre nós, incólume e inegável. Quando escapei de meu passado e mudei de classe, me tornei aquele corpo para minha mãe, meu pai, meu irmão e mais pessoas daquela vila. O corpo da humilhação. Essa carne impede a reconciliação. Hoje, apenas me mantenho próximo a minha mãe, mas mesmo nela observo esta barreira intransponível. Vejo que ela tem receio de não “falar bem”, noto como tenta esconder seu sotaque. Eu a digo que ela é boa e bela como é, mas palavras não são suficientes. Já quando a paranoia social e a violência direta se misturam a esta distância, você pode tentar compreender, mas isso não significa que a ponderação intelectual é o mesmo que a retomada de laços. Na minha obra, quero entender e perdoar as pessoas, mas é possível perdoar alguém que odeia e ainda odiá-lo. Perdôo meu irmão pelas agressões e pela homofobia, mas não o amo. Também não amo meu pai, não quero ficar ao seu lado e não gosto de sua companhia. Ele me provoca desconforto, mesmo que o entenda a nível político. Perdão e amor são coisas diferentes. 

Continua após a publicidade

Com seu trabalho, o que passou a compreender sobre a violência dos homens? O sociólogo Pierre Bourdieu teceu um conceito muito bonito que diz que arrancamos tudo da classe trabalhadora — seu acesso à cultura, ao dinheiro e às viagens, por exemplo — e o que resta são seus corpos, por alguns anos, antes que sejam prematuramente destruídos. Não é de espantar, então, que uma ideologia do corpo, da força e, portanto, da dominação masculina, surja entre os pobres. Não significa que ela não exista entre os ricos, claro, mas com eles percorre outros mecanismos. É uma noção que atribui muita clareza ao meu passado.

Sendo assim, seria o escape da homofobia um privilégio de classe? A ideologia masculina imperava sobre minha vida, minha vila, nossos corpos, nossas relações e nossa política desde que nasci. Quando meus pais votavam na Le Pen, comemoravam dizendo que ela tinha “culhões”. Até votar em uma mulher branca era questão de masculinidade. E, para ser homem, era preciso praticar esportes e ser forte, destemido. Meu corpo gay não se encaixava. De repente, na escola, lendo e indo ao teatro, tudo que para meu povo era negativo se verteu em honraria, como ser quieto, ponderado e um bom ouvinte — qualidades opostas à imposição masculina. É claro, então, que me identificava mais com os valores estudantis, mas não por ser mais inteligente, sensível ou artístico que meus colegas, como diz a mitologia ingênua e vil que coloca o desertor de classe acima de seus pares. Não sou uma flor na lama. Não era mais capaz que minha irmã, que meus irmãos ou que meu pai. Seria atroz e falso dizer algo assim. Eu, simplesmente, não tive escolha. Era menos livre do que os outros por minha classe e pelo meu determinismo sexual. Só me restava fugirNo sistema escolar, descobri um espaço que não destruiria meu corpo, e só depois de muito tempo desenvolvi o interesse na literatura, no teatro e nas artes. É claro, então, que existe uma ligação peculiar entre sexualidade, classe e a maneira como, para muitos gays, a mobilidade é um jeito de escapar da homofobia. É uma das coisas que tento compreender. 

“Não tive a opção de mudar o mundo antes de sobreviver.”

Continua após a publicidade

Como se sente sobre as acusações de “traição” de classe? Quando primeiro publiquei O Fim de Eddy na França, fui prontamente acusado por colegas da esquerda de ser um individualista celebrando a própria rota de fuga. Primeiro, a acusação é uma bobagem porque não tive a opção de mudar o mundo antes de sobreviver. Em segundo lugar, a história sobre um homem gay que foge de suas circunstâncias de classe para estudar é tão sociológica quanto aquela sobre um homem trabalhador que cede à violência, vai preso e sucumbe como meu irmão, que morreu aos 38 anos após beber muito álcool, bater em mulheres e tentar me matar. 

A pungência de sua escrita vai contra uma corrente otimista que acredita que representar minorias em situações alegres e apolíticas é um ato necessário. O que pensa sobre esse equilíbrio entre satisfação pessoal e relevância social? Essa é uma das ideologias neoliberais do mainstream que não me interessam. A literatura não é confortável ou aprazível. Ela desafia, questiona, perturba e às vezes até agride o leitor. A positividade é um problema, porque faz com que muitos movimentos queer ou feministas abracem ideias como “mulheres são fortes e belas” e “gays são heróis fabulosos”. Esse tipo de slogan não é só estúpido e ingênuo, mas danoso. A implicação é que, para lutar por um povo, é preciso mostrar que ele é amável. Esta é a mente capitalista meritocrática, que espera que minorias mereçam os avanços que pedem. A minha literatura é um esforço contrário. Luto até por quem não merece. Luto por razões objetivas de perda e violência. 

“Luto até por quem não merece. Luto por razões objetivas de perda e violência.”

A partir de um passado violento, você teceu sua obra e, hoje, está cercado de adulação e da fama no mundo literário. Essa mudança afeta sua percepção de mundo? Não sei dizer, pois ainda recebo muitas mensagens agressivas das instituições conservadoras que me acusam de ser político demais, violento demais, sociológico demais ou focado demais na classe trabalhadora. O que me importa, porém, não é o mundo ao meu redor, mas os amigos que tenho. A amizade é um laboratório para o radicalismo político. São pessoas como Didier Eribon, Geoffroy Delagenry, Xavier Dolan e Sophie Calle que me convencem a permanecer fiel ao meu projeto literário. Quando comecei, até o Le Monde me atacou com injúrias homofóbicas. Escreveram que, se antes a revolução aconteceria nas universidades, graças a mim ficaria limitada ao Le Marais, bairro gay de Paris. No meio de tantos insultos como este, os amigos foram a ferramenta necessária. É uma constante que narro em Mudar: Método, quando abordo Elena, a amiga de ensino médio que me transformou por completo. Ela vinha de um leque cultural totalmente distinto do meu, lia muitos livros e sabia tudo de música clássica. Foi ela quem me ensinou tudo que jamais havia concebido antes. E se perguntar por aí sobre as mudanças nas vidas das pessoas, a maioria vai apontar uma história de companheirismo. Dirão: “Estava na escola e ganhei um livro da Clarice Lispector de uma garota” ou “um colega de faculdade me levou para ver os filmes de Pedro Almodóvar e Gus Van Sant”. Já a família é uma zona de solidificação, estática. Existem exceções, claro, mas é difícil. Logo, meus livros são um tributo para “a amizade como modo de vida”, nas palavras de Michel Foucault. Construo minha vida ao redor dela. Vivo sozinho, mas os vejo quase todos os dias, viajamos juntos, assim como celebramos o Natal. Se estou doente, são eles que cuidam de mim e vice-versa. Fizemos das nossas vidas um espaço de transformação perpétua, tentando honrar o legado de gente como Sartre e Beauvoir, que viviam cercados de amigos feito Albert Camus, Violette Leduc, Pablo Picasso e Alberto Giacometti. Por isso o tempo deles foi tão artisticamente fortuito. Era um círculo de criação. 

Por fim, em Monique se Liberta, você tece uma linha direta entre a violência sofrida por sua mãe e o recente processo de emancipação pelo qual ela passou. Acredita, então, que a liberdade como conceito para os povos oprimidos exija ação violenta? É o paradoxo que tento explicar. Assim como eu, minha mãe só conseguiu escapar porque estava em uma situação mais violenta do que os outros. Em outras circunstâncias, porém, a opressão simplesmente destrói o oprimido, quero deixar claro. Agora, se compararmos este processo com o do meu pai, a diferença crucial é que, como figura paterna heterossexual e dominante — o homem da casa —, ele acreditava que toda ação sua era expressão de seu livre-arbítrio. Se bebia, era por ser macho; se não ia para a escola, era também porque não ouvir figuras de autoridade o tornava mais viril; se tomava decisões arriscadas, era por ser destemido. Toda essa performance, entretanto, é alienação, uma ilusão de escolha ditada pelo sistema. Já minha mãe nunca teve o privilégio de pensar que estava tomando as próprias decisões, sempre subjugada a um marido ou ao pai. Assim, ela conseguiu sonhar em vingança contra a sociedade. 

“Todos os perdedores de minha infância se libertaram; todos os vencedores colapsaram”

É esta a contradição do meu mundo: todos os perdedores de minha infância se libertaram; todos os vencedores colapsaram. Meu irmão está morto e meu pai não consegue mais trabalhar, paralisado. É uma questão dialética e dinâmica, que se opõe à visão da esquerda mainstream. Para ela, a realidade é estática, ou seja, presa a conceitos como o “homem branco e heterossexual”, que não significam nada. Na verdade, mesmo que vivessem sob a ilusão de conformidade, meu pai e meu irmão tiveram momentos em que pensaram fugir. Ninguém é feliz pobre, ninguém quer morar em uma casa aos pedaços, ninguém quer comer comida ruim ou não comer o suficiente. Existe quem consegue mudar de vida e quem é arruinado pela tentativa. Logo, se queremos que a violência cesse como um todo, temos que eliminar a situação que força esta faixa a enxergar a agressão como modo de ganhar poder. Precisamos de mais escolas, mais professores, mais assistência social, mais ferramentas que proporcionem controle aos civis. Assim, eles não precisam violar ninguém em busca de controle.

Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:

  • Tela Plana para novidades da TV e do streaming
  • O Som e a Fúria sobre artistas e lançamentos musicais
  • Em Cartaz traz dicas de filmes no cinema e no streaming
  • Livros para notícias sobre literatura e mercado editorial



Leia Mais

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

ACRE

Ufac promove confraternização estudantil no Restaurante Universitário — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Ufac promove confraternização estudantil no Restaurante Universitário — Universidade Federal do Acre

Ufac, por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes), promove nesta quinta-feira, 4, a confraternização de fim de ano destinada aos estudantes do campus-sede, em Rio Branco. A atividade ocorre no Restaurante Universitário (RU) durante o almoço, a partir das 11h, e no jantar, a partir das 17h30.

A ação integra a política de acolhimento estudantil da instituição, que envolve tanto a recepção de ingressantes quanto a oferta de atividades voltadas ao bem-estar e à permanência dos estudantes ao longo do ano.

Segundo o pró-reitor de Assuntos Estudantis, professor Isaac Dayan Bastos da Silva, a confraternização já se tornou uma tradição institucional, reforçando o vínculo entre a universidade e sua comunidade acadêmica. “Esse acolhimento faz parte da política estudantil da gestão. No final do ano, realizamos essa confraternização tanto no almoço quanto no jantar, algo que já se tornou cultural para nós”, afirmou.

Como parte da programação, o RU oferece almoço e jantar especiais, incluindo a entrega de panetone como sobremesa. O ambiente também recebe decoração temática e contará com música ao vivo, realizada pelos bolsistas do projeto Pró-Cultura Estudantil, responsáveis pela tradicional cantata de Natal.

“Tudo isso é pensado para fortalecer esse acolhimento. Buscamos criar um ambiente festivo, com decoração e música ao vivo, para que os estudantes se sintam parte desse momento de encerramento das atividades do ano”, destacou o pró-reitor.

A confraternização permanece aberta aos estudantes regularmente atendidos pelo RU durante os horários habituais de funcionamento.

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

ACRE

Ufac recebe equipamentos para Laboratórios de Toxicologia e Farmácia Viva — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Ufac recebe equipamentos para Laboratórios de Toxicologia e Farmácia Viva — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou nesta segunda-feira, 1º, na sala ambiente do bloco de Nutrição, a entrega oficial do material destinado ao Laboratório de Toxicologia Analítica e ao Projeto Farmácia Viva, reforçando a infraestrutura científica da instituição e ampliando o suporte às ações de ensino, pesquisa e extensão.

A ação integra o Projeto de Implantação do Laboratório de Toxicologia Analítica, que recebeu a doação de 21 equipamentos permanentes, adquiridos com recursos do Ministério Público do Trabalho da 14ª Região (MPT-14), mediante autorização da Primeira Vara Federal do Acre. A iniciativa reconhece o interesse público e a relevância social das atividades desenvolvidas pela Universidade Federal do Acre, especialmente nas áreas da saúde, inovação científica e desenvolvimento regional.

Os equipamentos recebidos fortalecem duas frentes estratégicas da instituição. No âmbito do Projeto Farmácia Viva, eles ampliam a capacidade de cultivo, processamento e controle de qualidade de plantas medicinais, reforçando também as ações de extensão voltadas à promoção da saúde e ao uso racional de fitoterápicos. Já na área de toxicologia analítica, os novos aparelhos permitem o desenvolvimento e validação de métodos de análise, o processamento de matrizes biológicas e ambientais e o suporte a investigações científicas e forenses.

“Parabenizo os três professores que estão à frente desse projeto: a professora Marta Adelino, Dayan Marques e Anne Grace. Isso moderniza nossa universidade e representa um salto qualitativo na formação de profissionais”,  afirma a reitora Guida Aquino.

O professor Dayan de Araújo Marques, docente do Centro de Ciências da Saúde e do Desporto (CCSD) e farmacêutico industrial, realizou a apresentação das fases do projeto. Ele destacou que a parceria com o MPT-14 representa a consolidação de um espaço científico. “Essa consolidação é capaz de oferecer respostas mais rápidas e precisas às demandas de saúde e meio ambiente no Acre, reduzindo a dependência de laboratórios externos e ampliando o impacto social das pesquisas desenvolvidas na universidade”.

Com a entrega desse conjunto tecnológico, a instituição eleva seu potencial de atuação laboratorial e reafirma o compromisso com a produção de conhecimento e o atendimento às demandas da sociedade acreana.

Também compuseram o dispositivo de honra o Pró Reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; a coordenadora do projeto do laboratório de toxicologia analítica, Marta Adelino da Silva Faria; a procuradora do Trabalho, representando o ministério público, Ana Paula Pinheiro de Carvalho.

 



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

ACRE

Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre

As escolas da rede municipal realizam visitas guiadas aos espaços temáticos montados especialmente para o evento. A programação inclui dois planetários, salas ambientadas, mostras de esqueletos de animais, estudos de células, exposição de animais de fazenda, jogos educativos e outras atividades voltadas à popularização da ciência.

A pró-reitora de Inovação e Tecnologia, Almecina Balbino, acompanhou o evento. “O Universo VET evidencia três pilares fundamentais: pesquisa, que é a base do que fazemos; extensão, que leva o conhecimento para além dos muros da Ufac; e inovação, essencial para o avanço das áreas científicas”, afirmou. “Tecnologias como robótica e inteligência artificial mostram como a inovação transforma nossa capacidade de pesquisa e ensino.”

A coordenadora do Universo VET, professora Tamyres Izarelly, destacou o caráter formativo e extensionista da iniciativa. “Estamos na quarta edição e conseguimos atender à comunidade interna e externa, que está bastante engajada no projeto”, afirmou. “Todo o curso de Medicina Veterinária participa, além de colaboradores da Química, Engenharia Elétrica e outras áreas que abraçaram o projeto para complementá-lo.”

Ela também reforçou o compromisso da universidade com a democratização do conhecimento. “Nosso objetivo é proporcionar um dia diferente, com aprendizado, diversão, jogos e experiências que muitos estudantes não têm a oportunidade de vivenciar em sala de aula”, disse. “A extensão é um dos pilares da universidade, e é ela que move nossas ações aqui.”

A programação do Universo VET segue ao longo do dia, com atividades interativas para estudantes e visitantes.

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

MAIS LIDAS