POLÍTICA
Efeito das urnas: PT de Lula se une ao PL de Bolso…

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8 meses atrásem
José Casado
Efeito das urnas: o Partido dos Trabalhadores mudou de posição e resolveu se unir à bancada de extrema-direita na Câmara, capitaneada pelo Partido Liberal, para endurecer ainda mais a legislação penal.
Nesta segunda-feira (4/11) ajudou a aprovar uma proposta de urgência na votação do desmonte da legislação penal que instituiu a audiência de custódia de presos, iniciativa que o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski costuma classificar como sua principal realização no período em que presidiu o Supremo Tribunal Federal (2014 a 2016).
Audiência de custódia é requisito da legislação internacional sobre direitos humanos. Faz parte do direito processual penal: acusados têm direito a audiência com um juiz que avalia eventuais ilegalidades na prisão – tortura, por exemplo.
A decisão do PT abriu caminho para que o projeto do PL eja aprovado ainda nesta semana. Ele torna obrigatória a decretação de prisão preventiva na audiência de custódia em casos de crimes hediondos, roubo, associação criminosa qualificada e quando comprovada a reincidência criminal.
A mudança de rumo do PT, comandando partidos satélites, surpreendeu deputados: “É a primeira vez, nesses cinco a seis anos de Câmara dos Deputados que tenho, que vejo o Partido dos Trabalhadores votando para endurecer a legislação penal, processual penal e a Lei de Execuções Penais”, celebrou o relator do projeto, Kim Kataguiri, eleito pelo Novo em São Paulo.
Acrescentou, em tom sarcástico: “Eu acho que o recado dessas eleições municipais foi tão forte de que o discurso da esquerda, de vitimismo em relação ao criminoso, de vitimismo em relação ao bandido, não funcionou, por isso que até o Partido dos Trabalhadores decidiu votar essa matéria. E vejam, acabamos de sair de uma eleição municipal. Quando apresentei e aprovei neste plenário o projeto de lei que previa aumento de pena para furto, roubo e receptação, o PT e o PSol votaram contrariamente.”
O Psol ficou isolado. Henrique Vieira, do Rio, argumentou: “A extrema direita ganha politicamente com o medo, com o pânico e com o sofrimento das pessoas, por conta da insegurança neste País. A atual lógica da segurança pública, que é de responsabilidade prioritária dos governos estaduais, é uma lógica da letalidade, do encarceramento, do tiroteio a qualquer custo.”
Completou: “Respostas fáceis, respostas burras para problemas complexos não estão resolvendo a vida das pessoas. Quando se trata de segurança pública, um botão é apertado no cérebro do extremista de direita, e tudo se resume a mais punição, mais punição, mais punição, sem que isso demonstre qualquer efeito positivo na vida das pessoas. A audiência de custódia é um mecanismo que não defende bandidagem, é um mecanismo justo e democrático que inclusive pode impedir prisões ilegais ou garantir que a prisão devida seja devidamente feita.”
PT e PL costumam se apresentar em polos diametralmente opostos, à esquerda e à direita, e, com frequência colidem em embates de retórica raivosa. Mas, pela segunda vez em uma semana, demonstraram união de propósitos – somam 160 votos no plenário da Câmara (70 do PT e 90 do PL).
Logo depois das eleições municipais, os partidos de Lula e de Jair Bolsonaro se aliaram na pretensão de eleger o deputado Hugo Mota, do Republicanos da Paraíba, no comando da Casa em fevereiro. Há pelo menos dois outros candidatos na disputa, Elmar Nascimento, do União Brasil, e Antonio Brito, do PSD.
Essa aliança PT-PT foi patrocinada por Arthur Lira, presidente da Câmara. O acordo prevê para os dois partidos fatias maiores das emendas parlamentares ao Orçamento, cargos na Mesa Diretora e no comando de comissões legislativas. Para o PT, haveria ainda uma vaga vitalícia no Tribunal de Contas da União, com salário-base de 42 mil mensais. A indicação já está em disputa entre a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e o líder na Câmara, Odair Cunha.
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POLÍTICA
CPMI do INSS deve causar estrago ainda maior ao go…

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2 meses atrásem
5 de maio de 2025
Marcela Rahal
Como se não bastasse a ideia de uma CPI na Câmara, ainda a depender do aval do presidente Hugo Motta (o que parece que não deve acontecer), o governo pode enfrentar uma investigação para apurar os desvios bilionários do INSS nas duas Casas.
Já são 211 assinaturas de parlamentares a favor da CPMI, 182 deputados e 29 senadores, o suficiente para o início dos trabalhos. A deputada Coronel Fernanda, autora do pedido na Câmara, vai protocolar o requerimento nesta terça-feira, 6. Caberá ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, convocar o plenário para a leitura da proposta e, consequentemente, a criação da Comissão.
Segundo a parlamentar, que convocou uma entrevista coletiva para amanhã às 14h30, agora o processo deve andar. O governo ficará muito mais exposto com um escândalo que tem tudo para ficar cada vez maior, segundo as investigações ainda em andamento.
O desgaste será inevitável. O apelo do caso é forte e de fácil entendimento para a população. O assalto bilionário aos aposentados e pensionistas do INSS.
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Com fortes dores, Antonio Rueda passará por cirurg…

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2 meses atrásem
5 de maio de 2025
Ludmilla de Lima
Presidente da Federação União Progressista, Antonio Rueda passará por uma cirurgia nesta segunda-feira, 05, devido a um cálculo renal. Por causa de fortes dores, o procedimento, que estava marcado para amanhã, terá que ser antecipado. Antes do anúncio da federação, na terça da semana passada, ele já havia sido operado por causa do problema, colocando um cateter.
Do União Brasil, Rueda divide a presidência da federação com Ciro Nogueira, do PP. Os dois partidos juntos agora têm a maior bancada do Congresso, com 109 deputados e 14 senadores. O PP defendia que o ex-presidente da Câmara Arthur Lira ficasse no comando do bloco, mas o União insistia no nome de Rueda. A solução foi estabelecer um sistema de copresidentes, que funcionará ao menos até o fim deste ano.
A “superfederação” ultrapassa o PL na Câmara – o partido de Jair Bolsonaro tem 92 deputados – e se iguala ao PSD e ao PL no Senado. O poder do grupo, que seguirá unido nos próximos quatro anos, também é medido pelo fundo partidário, de R$ 954 milhões.
A intensificação das agendas políticas nos últimos dias agravou o quadro de saúde de Rueda, que precisou também cancelar uma viagem ao Rio.
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Os dois bolsonaristas unidos contra Moraes para pu…

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2 meses atrásem
5 de maio de 2025
Matheus Leitão
A mais nova dobradinha contra Alexandre de Moraes tem gerado frisson nas redes bolsonaristas, mas parece mesmo uma novela de mau gosto. Protagonizada por Eduardo Bolsonaro, o filho Zero Três licenciado da Câmara, e Paulo Figueiredo, neto do último general ditador do Brasil, os dois se uniram para tentar punir o ministro do Supremo Tribunal Federal nos EUA.
Em uma insistente tentativa de se portarem com alguma relevância perante o governo Donald Trump, os dois agora somam posts misteriosos de Eduardo com promessas vazias de Figueiredo após uma viagem por alguns dias a Washington.
Um aparece mostrando, por exemplo, a lateral da Casa Branca em um ângulo no qual parece, pelo menos nas redes sociais, a parte interna da residência oficial do presidente dos Estados Unidos. O outro promete que as sanções ao ministro do STF estão 70% construídas e pede mais “72 horas” aos seus seguidores.
“Aliás, hoje aqui de manhã, eu tive um [inaudível] com eles, no caso o Departamento de Estado especificamente, e o termo que usaram para mim foi: olha, nós não queremos criar excesso de expectativa, mas nós estamos muito otimistas que algo vai acontecer e a gente vai poder fazer num curto prazo”, disse Paulo Figueiredo.
A ideia dos dois é que, primeiro, Alexandre de Moraes, tenha seu visto cancelado e não possa mais entrar nos Estados Unidos. Depois, que ele tenha algumas sanções econômicas, caso tenha bens nos Estados Unidos, como o bloqueio financeiro a instituições do país, como empresas de cartão de crédito.
“O que eu posso dizer para você é que a gente nunca esteve tão perto. Eu não posso dizer quando e nem garantir que vão acontecer”, prometeu ainda Paulo Figueiredo. A novela ainda vai ganhar novos ares nesta semana com a chegada de David Gamble, coordenador para Sanções do governo de Trump, ao Brasil nesta semana.
A seguir as cenas dos próximos capítulos…
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