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Em audiência pública, prefeito de Rio Branco diz que não vai assumir o programa Ruas do Povo: ‘buraco sem fundo’

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Programa foi lançado em 2011 e prefeitura diz que não pode intervir nos locais por conta de “judicialização”. Além dos vereadores e do prefeito Bocalom, audiência contou também com representante do MP-AC e de associação de moradores de Rio Branco.

capa: Prefeito de Rio Branco disse que não irá assumir o programa ‘Ruas do Povo’ — Foto: Reprodução/Câmara Municipal de Rio Branco. 

O programa Ruas do Povo foi tema de discussão em audiência pública na Câmara de Vereadores de Rio Branco nesta sexta-feira (7). Representantes de associações de bairros, do Ministério Público do Acre (MP-AC) e o prefeito Tião Bocalom (PP) compareceram ao parlamento mirim para debater o assunto.

Durante a sessão, Bocalom afirmou que não irá assumir o programa e que está preocupado em recuperar as ruas que foram devastadas pela enchente, além de comprar maquinário para manutenções na cidade.

Ainda segundo o gestor, a prefeitura fechou o ano de 2022 com R$ 400 milhões que, segundo ele, serão investidos em obras até o final do mandato.

“Eu não vou assumir o Ruas do Povo porque depende de mais de R$ 500 milhões. A prefeitura não tem 500 milhões para ‘botar’ num buraco sem fundo como foi esse”, afirmou.

Ele disse ainda que não dá para assumir o programa sem ‘contrapartida financeira’.

“Eu não sei quanto gastamos, mas imagino que 95 ruas devem ter custado, no mínimo, de R$ 30-40 milhões. De onde saiu? Dos cofres da prefeitura. Só que não temos só 500, 600 ruas para cuidar do [programa] Ruas do Povo. Temos ainda mais de 2 mil ruas para que a prefeitura chegue lá para tapar os buracos”, comentou.

Programa Ruas do Povo é responsável por obras nos bairros — Foto: Rodrigo Neri/Arquivo pessoal

Programa Ruas do Povo é responsável por obras nos bairros — Foto: Rodrigo Neri/Arquivo pessoal

O promotor do MP-AC, Luiz Henrique Rolim, que está a frente do caso, disse que as portas do gabinete estão abertas para receber as denúncias da população, e destacou que os mais prejudicados são os moradores, que acabam pagando duas vezes: nos impostos e tendo que viver em ruas sem manutenção.

“Vamos estar aguardando o encaminhamento das informações para apurar. A apuração é sempre naquele viés do ‘doa a quem doer’. Não interessa bandeira partidária, agremiação partidária. O MP age assim, e é isso que a sociedade espera do Ministério Público e é isso que ela vai ter”, falou.

Ruas do Povo

O programa Ruas do Povo foi lançado em 2011 com a promessa de pavimentar todas as ruas do estado até o final de 2014 pela gestão do ex-governador Tião Viana (PT). Mais de uma década após o lançamento do projeto, locais da capital acreana, Rio Branco, que foram contemplados pelas obras, geram polêmica com reclamações quanto à estrutura e falta de reparos.

A prefeitura de Rio Branco alega ser impedida de intervir nos locais por suposta judicialização dessas ruas. Contudo, diversos órgãos estaduais atestam que não há decisões judiciais que proíbam a prefeitura de executar obras.

Um levantamento feito pela prefeitura de Rio Branco em 2022 a pedido do g1, revelou que a capital do Acre tem 607 ruas de 17 bairros dos dois distritos da cidade que não poderiam por nenhum serviço de manutenção, o que impacta diretamente a trafegabilidade e até acessibilidade em alguns casos. O bairro com maior número de ruas desassistidas é o Belo Jardim (I e II), com 99 ruas.

Programa Ruas do Povo prometia pavimentar todas as ruas do estado  — Foto: Gleilson Miranda/Arquivo Secom

Programa Ruas do Povo prometia pavimentar todas as ruas do estado — Foto: Gleilson Miranda/Arquivo Secom

À época do levantamento, o secretário de Infraestrutura e Mobilidade Urbana de Rio Branco (Seinfra), Cid Ferreira, informou que cerca de 24 processos judiciais foram abertos tanto pelo Estado quanto por empresas contratadas para atuar no Programa Ruas do Povo. Por isso, a prefeitura não deve trabalhar nessas mais de 600 ruas, para não alterar provas dos autos.

Porém, diversos órgãos estaduais questionam a alegação e atestam que não há decisão ou ordem judicial que proíba a prefeitura de trabalhar nessas ruas. O chefe da divisão jurídica do Serviço de Água e Esgoto do Acre (Saneacre), Thiago Maia Viana, afirmou, por meio de parecer, que o termo ‘ruas judicializadas’ é incorreto, já que não existem decisões nesse sentido.

“Inclusive, oportuno deixar claro, que o termo ‘RUAS JUDICIALIZADAS’ é falho, uma vez que não, repito, NÃO HÁ, nenhuma rua judicializada (…)”, afirma o documento.

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Minicurso para agricultores aborda qualidade e certificação de feijão — Universidade Federal do Acre

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Minicurso para agricultores aborda qualidade e certificação de feijão

O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá realizou o minicurso “Controle de Qualidade de Feijões Armazenados e Certificação de Feijão”, ministrado pelos professores Bruno Freitas, da Ufac, e Guiomar Sousa, do Instituto Federal do Acre (Ifac). As aulas ocorreram em 30 de março e 1 de abril, em Marechal Thaumaturgo (AC).

O minicurso teve como público-alvo agricultores e membros da Cooperativa Sonho de Todos (Coopersonhos), os quais conheceram informações teóricas e práticas sobre técnicas de armazenamento, parâmetros de qualidade dos grãos e processos para certificação de feijão, usados para agregar valor à produção local e ampliar o acesso a mercados diferenciados.

“Embora existam desafios significativos no processo de certificação do feijão, as oportunidades são vastas”, disse Bruno Freitas. “Ao superar essas barreiras, com apoio adequado e estratégias bem estruturadas, os produtores podem conquistar mercados internacionais, aumentar sua rentabilidade e melhorar a sustentabilidade de suas operações.” 

Guiomar Sousa também destacou a importância do minicurso para os produtores da região. “O controle de qualidade durante o armazenamento do feijão é essencial para garantir a segurança alimentar, preservar o valor nutricional e evitar perdas que comprometem a renda dos agricultores.”

O minicurso tem previsão de ser oferecido, em breve, para alunos dos cursos de Agronomia da Ufac e cursos técnicos em agropecuária e alimentos, do Ifac.

O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá é financiado pela Fapac, pelo CNPq e pelo Basa. A atividade contou com parceria da Embrapa-AC, da Coopersonhos e da Prefeitura de Marechal Thaumaturgo.

 



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Projeto oferece assistência jurídica a alunos indígenas da Ufac — Universidade Federal do Acre

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Projeto oferece assistência jurídica a alunos indígenas da Ufac — Universidade Federal do Acre

O curso de Direito e o Observatório de Direitos Humanos, da Ufac, realizam projeto de extensão para prestação de assistência jurídica ao Coletivo de Estudantes Indígenas da Ufac (CeiUfac) e a demais estudantes indígenas, por meio de discentes de Direito. O projeto, coordenado pelo professor Francisco Pereira, começou em janeiro e prossegue até novembro deste ano; o horário de atendimento é pela manhã ou à tarde. 

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail cei.ccjsa@ufac.br.



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Ufac discute convênios na área ambiental em visita ao TCE-AC — Universidade Federal do Acre

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Ufac discute convênios na área ambiental em visita ao TCE-AC (1).jpg

A reitora da Ufac, Guida Aquino, participou de uma visita institucional ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC), com o objetivo de tratar dos convênios em andamento entre as duas instituições. A reunião, que ocorreu nesta sexta-feira, 11, teve como foco o fortalecimento da cooperação técnica voltada à revitalização da bacia do igarapé São Francisco e à ampliação das ações conjuntas na área ambiental.

Guida destacou que a parceria com o TCE em torno do igarapé São Francisco é uma das mais importantes já estabelecidas. “Estamos enfrentando os efeitos das mudanças climáticas e precisamos de mais intervenções no meio ambiente. Essa ação conjunta é estratégica, especialmente neste ano em que o Brasil sedia a COP-30 [30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima].”

A reitora também valorizou a atuação da presidente Dulcinéia Benício à frente do TCE. “É uma mulher que valoriza a educação e sabe que é por meio da ciência que alcançamos os objetivos importantes para o desenvolvimento do nosso Estado”, completou.

Durante o encontro, foram discutidos os termos de cooperação técnica entre o TCE e a Ufac. O objetivo é fortalecer a capacidade de resposta das instituições públicas frente às emergências ambientais na capital acreana, com o suporte técnico e científico da universidade.

Para Dulcinéia Benício, o momento marca o fortalecimento da parceria entre o tribunal e a universidade. Ela disse que a iniciativa tem gerado resultados importantes, mas que ainda há muito a ser feito. “É uma referência a ser seguida; ainda estamos no início, mas temos muito a contribuir. A universidade tem sido parceira em todos os projetos ambientais desenvolvidos pelo tribunal.”

Ela também ressaltou que a proposta vai além da contenção de enxurradas. “O projeto avança sobre aspectos sociais, ambientais e de desenvolvimento, que hoje são indispensáveis na execução das políticas públicas.”

Participaram da reunião o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid, além de professores e pesquisadores envolvidos no projeto. Pelo TCE, acompanharam a agenda os conselheiros Ronald Polanco e Naluh Gouveia.

Também estiveram presentes representantes da Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo, da Fundape e do governo do Estado. O professor aposentado e economista Orlando Sabino esteve presente, representando a Assembleia Legislativa do Acre.



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