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Em um ano, canudos de plástico são proibidos em 8 estados e no DF, inclusive no Acre

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Em 17 dos 18 estados onde ainda são permitidos, há ao menos um projeto em tramitação no Legislativo estadual que trate da restrição.

Vilões do momento, os canudos de plástico foram banidos em oito estados e no Distrito Federal em pouco mais de um ano, segundo levantamento feito pela Folha. 

Além do veto ao canudo em Acre, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo, em 17 dos 18 estados onde o artefato ainda é permitido tramita ao menos um projeto de lei no Legislativo estadual para proibi-lo. 

Das 27 unidades da federação, a única onde não foi localizada proposta acerca do tema é Rondônia. 

Há também iniciativas a nível municipal: em ao menos 80 cidades, boa parte delas no litoral, estão em vigor leis que proíbem os canudos, de acordo com estudo inédito da organização WWF Brasil.

O Rio de Janeiro foi a primeira cidade do país a banir o item em quiosques, bares e restaurantes. Seguiram a ideia as também turísticas Fortaleza, Jijoca de Jericoacoara e Fernando de Noronha (que foi além e proibiu qualquer descartável plástico na ilha). 

O vídeo da retirada de um canudo do nariz de uma tartaruga marinha gravado em 2015 pela bióloga Christine Figgener na Costa Rica catalisou a mobilização mundial contra o objeto e rendeu à pesquisadora o epíteto, conferido pela revista Time, de uma das líderes da próxima geração. 

Disney, McDonald’s, Burger King, Starbucks e redes hoteleiras anunciaram que substituiriam os canudos por alternativas sustentáveis. 

O Parlamento Europeu aprovou uma lei para para bani-lo até 2021, junto com outros itens plásticos, e a agência ambiental da ONU lançou uma campanha contra a poluição dos oceanos por plástico.

A tendência desembarcou no Brasil. “Espero que não seja uma onda, mas algo que veio para ficar”, diz Anna Carolina Lobo, gerente do Programa Marinho e Mata Atlântica do WWF Brasil. 

Os projetos aprovados e em tramitação no país são semelhantes: a maioria proíbe a distribuição e venda dos descartáveis em restaurantes, bares, lanchonetes, quiosques e estabelecimentos e sugerem o uso de biodegradáveis ou reutilizáveis, como os feitos de papel, bambu, vidro ou aço

Em alguns locais, além dos canudos, foram banidas sacolas e outras embalagens plásticas. São Paulo, por exemplo, só permite as de bioplástico desde 2015. O estado do Rio de Janeiro proibiu o item em supermercados há sete meses. 

Mas os canudos são o alvo principal, diz Lobo. “As pessoas o usam de 5 a 15 minutos, e ele demora mais de 400 anos para se decompor. Mostra como o plástico acabou banalizado”, diz ela, que vê no verão um bom momento para chamar a atenção para o problema. 

Para Luigi Longo, presidente do Instituto Movimento Cidades Inteligentes, organização pelo desenvolvimento sustentável dos municípios, as leis que tratam do canudo são importantes para incentivar as pessoas a repensarem o uso do produto. Ele avalia, contudo, que lhes falte profundidade.

“Um vereador ou deputado vê que é um tema em voga monta um projeto de lei, mas sem a análise do real impacto. Vai acontecer de fato? Terá fiscalização?”, indaga. “Se a gente mobiliza a sociedade em prol do tema e não continua a trabalhar nele de forma estratégica, tende a esfriar.”

No Rio, por exemplo, quase um ano após ser banido, o canudo de plástico ainda foi encontrado pela Folha em barracas de praia, bancas de jornal e vendas informais. Na maioria dos restaurantes visitados, contudo, foram oferecidas alternativas sustentáveis. 

E não adianta tratar o combate aos canudos como solução para o lixo do planeta: Longo sublinha que é preciso investir em políticas públicas de gestão de resíduos sólidos. “Sem educação e tratamento de resíduos, a lei do canudinho não serve para nada.” 

Também diz que o poder público não deve apenas restringir o consumo de plástico em estabelecimentos comerciais, mas também em repartições públicas, banindo copos de plástico, por exemplo. 

Em nota, a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) diz que “a discussão sobre o consumo de plástico de uso único se deu de forma simplista, basicamente em torno da comercialização dos canudos plásticos, minimizando um problema muito maior e mais complexo”.

Para a associação, legisladores colocaram o problema nas mãos dos empresários do setor de bares e restaurantes. Prejuízo econômico e dificuldades operacionais seriam algumas das consequências.

“No curto prazo, esses estabelecimentos são culpabilizados e obrigados a encontrar uma solução às pressas, mas não há oferta suficiente de produtos que atendam à legislação”, diz a entidade, que sugere investimento público em campanhas que fomentem a consciência ambiental.

De acordo com levantamento do WWF com base em dados do Banco Mundial, o Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo: são 11,3 milhões de toneladas por ano. Fica atrás apenas dos Estados Unidos, da China e da Índia, países mais populosos. Desse total produzido, só 145 mil toneladas são recicladas. 

No mundo, a quantidade de plástico que chega aos oceanos anualmente paira em 10 milhões de toneladas, diz o WWF, que não tem dados específicos sobre canudos. 

Estudo do Fórum Econômico Mundial divulgado em 2016 estima que haja 150 milhões de toneladas de resíduo plástico no oceano e que, mantido o ritmo do consumo do material, em 2050 haverá mais plástico do que peixes no mar. Por Júlia Zaremba.

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Ufac homenageia professores com confraternização e show de talentos — Universidade Federal do Acre

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Ufac homenageia professores com confraternização e show de talentos — Universidade Federal do Acre

A reitora da Ufac, Guida Aquino, e a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, realizaram nessa quarta-feira, 15, no anfiteatro Garibaldi Brasil, uma atividade em alusão ao Dia dos Professores. O evento teve como objetivo homenagear os docentes da instituição, promovendo um momento de confraternização. A programação contou com o show de talentos “Quem Ensina Também Encanta”, que reuniu professores de diferentes centros acadêmicos em apresentações musicais e artísticas.

“Preparamos algo especial para este Dia dos Professores, parabenizo a todos, sou muito grata por todo o apoio e pela parceria de cada um”, disse Guida.

Ednaceli Damasceno parabenizou os professores dos campi da Ufac e suas unidades. “Este é um momento de reconhecimento e gratidão pelo trabalho e dedicação de cada um.”

O presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour, Minoru Kinpara, reforçou o orgulho de pertencer à carreira docente. “Sinto muito orgulho de dizer que sou professor e que já passei por esta casa. Feliz Dia dos Professores.”

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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PZ e Semeia realizam evento sobre Dia do Educador Ambiental — Universidade Federal do Acre

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PZ e Semeia realizam evento sobre Dia do Educador Ambiental — Universidade Federal do Acre

O Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) realizaram o evento Diálogos de Saberes Ambientais: Compartilhando Experiências, nessa quarta-feira, 15, no PZ, em alusão ao Dia do Educador Ambiental e para valorizar o papel desses profissionais na construção de uma sociedade mais consciente e comprometida com a sustentabilidade. A programação contou com participação de instituições convidadas.

Pela manhã houve abertura oficial e apresentação cultural do grupo musical Sementes Sonoras. Ocorreram exposições das ações desenvolvidas pelos organizadores, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sínteses da Biodiversidade Amazônica (INCT SinBiAm) e SOS Amazônia, encerrando com uma discussão sobre ações conjuntas a serem realizadas em 2026.

À tarde, a programação contou com momentos de integração e bem-estar, incluindo sessão de alongamento, apresentação musical e atividade na trilha com contemplação da natureza. Como resultado das discussões, foi formada uma comissão organizadora para a realização do 2º Encontro de Educadores Ambientais do Estado do Acre, previsto para 2026.

Compuseram o dispositivo de honra na abertura o coordenador do PZ, Harley Araújo da Silva; a secretária municipal de Meio Ambiente de Rio Branco, Flaviane Agustini; a educadora ambiental Dilcélia Silva Araújo, representando a Sema; a pesquisadora Luane Fontenele, representando o INCT SinBiAm; o coordenador de Biodiversidade e Monitoramento Ambiental, Luiz Borges, representando a SOS Amazônia; e o analista ambiental Sebastião Santos da Silva, representando o Ibama.

 



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Curso de extensão da Ufac sobre software Jamovi inscreve até 26/10 — Universidade Federal do Acre

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Curso de extensão da Ufac sobre software Jamovi inscreve até 26/10 — Universidade Federal do Acre

O curso de extensão Jamovi na Prática: Análise de Dados, da Ufac, está com inscrições abertas até 26 de outubro. São oferecidas 30 vagas para as comunidades acadêmica e externa. O curso tem carga horária de 24 horas e será realizado de 20 de outubro a 14 de dezembro, na modalidade remota assíncrona, pela plataforma virtual da Ufac. É necessário ter 75% das atividades realizadas para obter o certificado.

O objetivo do curso é capacitar estudantes e profissionais no uso do software Jamovi para realização de análises estatísticas de forma intuitiva e eficiente. Com uma abordagem prática, o curso apresenta desde conceitos básicos de estatística descritiva até testes inferenciais, correlação, regressão e análise de variância.

Serão explorados recursos de importação e tratamento de dados, interpretação de resultados e elaboração de relatórios. Ao final, o participante estará apto a aplicar o Jamovi em pesquisas acadêmicas e profissionais, otimizando processos de análise e apresentação de dados com rigor científico e clareza.

 



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