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Empresas americanas já sentem impacto das tarifas de Trump – 03/03/2025 – Mercado
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Daisuke Wakabayashi, Alexandra Stevenson, Danielle Kaye, Eli Tan
De sua casa em Phoenix (EUA), Erica Campbell, 36, aguarda a chegada de um navio cargueiro da China com um carregamento de milhares de bonecos de chocalho de Jesus, ovos de Páscoa de lata, cobertores para bebês com temas religiosos e 15 mil pacotes de curativos Jesus Heals.
Campbell é proprietária da Be a Heart, uma empresa de artigos católicos. As caixas foram carregadas em um contêiner antes de o presidente Donald Trump impor uma nova tarifa de 10% sobre todas as importações chinesas em 1º de fevereiro. Ela disse que provavelmente evitou pagar uma taxa adicional como resultado, mas estava preocupada que mais tarifas dos EUA estivessem por vir.
“Não consigo descobrir o que vai acontecer”, disse Campbell. “Estou em alerta máximo.”
O foco de Trump na China lançou milhões de pequenas empresas no caos. Por décadas, empresas americanas projetaram produtos nos Estados Unidos e recorreram a fábricas chinesas para produzir os bens de forma eficiente e barata.
É assim que a Apple produz iPhones e como uma empreendedora como Campbell, mãe de três filhos, opera um negócio que, segundo ela, gera US$ 2 milhões por ano em vendas a partir de sua cozinha.
O New York Times ouviu quase 100 empresas que importam da China sobre como as tarifas do presidente estavam afetando-as. Elas são uma amostra de empresas que batalham duro para serem integradas à economia global: empresas que fabricam cartões de felicitações, jogos de tabuleiro, calçados para atividades ao ar livre, cabides, porta-retratos digitais, equipamentos de café, brinquedos, vitrais e eletrônicos personalizados.
Vários temas surgiram. As empresas americanas, não os fornecedores chineses, estavam arcando com o custo das tarifas. Muitas empresas disseram que teriam que aumentar os preços para compensar a despesa, se ainda não o tivessem feito.
Algumas falaram de uma sensação de paralisia nos negócios: tinham medo de fazer planos em meio ao fluxo imprevisível de novas tarifas, temendo o risco de mover a produção para fora da China, já que nenhum país parecia imune.
Recorrer a alternativas domésticas geralmente não era viável porque eram mais caras, a qualidade era inferior e havia menos opções. Finalmente, reinventar completamente sua cadeia de suprimentos seria uma tarefa enorme para as empresas, exigindo tempo e despesas que não podem facilmente dispensar.
No mínimo, os proprietários de empresas estão enfrentando um aumento de custo de 10% nos bens que trazem da China —sejam componentes para itens montados nos Estados Unidos ou produtos acabados fabricados em instalações chinesas.
Eles podem receber uma conta quando os bens chegarem ao porto, ou a despesa adicional pode ser incluída nos custos de envio. De qualquer forma, os empreendedores disseram que, em muitos casos, seria dinheiro saindo de seus bolsos.
E isso pode ser apenas o começo.
Trump prometeu recentemente impor mais 10% de imposto sobre todas as importações chinesas a partir de terça-feira, o mesmo dia em que as tarifas sobre o México e o Canadá estão programadas para começar.
Folha Mercado
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O status de ambos os países como importantes estações de passagem para bens chineses e a perspectiva de retaliação dão aos proprietários de pequenas empresas mais uma coisa com que se preocupar. A partir de 12 de março, haverá uma tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio importados —dois metais cuja produção a China domina. Autoridades comerciais dos EUA estão propondo impor taxas sobre navios chineses que entram em portos dos EUA, potencialmente aumentando os custos de envio da China.
Trump disse que a tarifa de 10% foi “um tiro de abertura”. No ano passado, durante a campanha, ele prometeu uma tarifa de até 60%.
Mesmo em 10%, a tarifa é um golpe pesado para a Julianna Rae, uma empresa que vende roupas de dormir de seda de alta qualidade, porque todos os seus produtos são feitos na China. Com sede em Burlington, Massachusetts, a empresa projeta robes de seda, pijamas e camisolas que são produzidos na China. Ela importa os produtos para os Estados Unidos e os vende em seu site e na Amazon.
Os proprietários da empresa, Bill Keefe, 71, e Juli Lee, 56, disseram que estavam se esforçando para lidar com os aumentos de custos que os impostos de importação de Trump estavam impondo a eles. Eles importaram muito estoque antes que as tarifas entrassem em vigor, antecipando a demanda sazonal de Natal e Dia dos Namorados. Lee também está explorando se deve atrasar alguns envios na esperança de que Trump possa reverter sua posição sobre as tarifas.
Adiar pedidos é um risco. Lee se preocupa em não ter produtos disponíveis para os clientes. Seus fornecedores chineses, já sentindo o aperto de uma economia doméstica lenta, serão pressionados a manter o estoque por períodos mais longos.
“Quanto você espera que eles possam fazer isso?” Lee disse, referindo-se a seus fornecedores, com quem ela se aproximou após trabalhar juntos por mais de uma década. “A incerteza é realmente difícil para ambos os lados.”
Em última análise, a despesa adicional pode ter que ser repassada ao consumidor. Keefe disse que o preço de um conjunto popular de pijamas de seda, que custa US$ 300, pode aumentar US$ 15.
No entanto, a empresa de 20 anos tem pouca escolha a não ser permanecer na China. Instalações de fabricação de seda existem em outros países, como Sri Lanka, Índia, Coreia do Sul e Tailândia, mas “as melhores máquinas, a melhor expertise, a capacidade de produzir bens de qualidade a um bom preço estão localizadas na China”, disse Keefe.
Para empresas abertas a mover a fabricação para os Estados Unidos, o desafio é encontrar uma fábrica.
Campbell disse que estava contemplando repassar alguns dos custos adicionais das tarifas para seus clientes. No entanto, ela está relutante porque seus produtos não são essenciais e seus clientes são famílias como a dela, que já estão lidando com custos mais altos de alimentos e gasolina.
O espectro de tarifas de importação chinesas ainda mais altas a deixa em pânico.
“Não acho que as pessoas entendem como isso é”, disse ela. “Não apenas para o meu negócio, mas na vida, como vamos arcar com isso, já que tudo vem da China?”
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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre
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4 de novembro de 2025O curso de Letras/Libras da Ufac realizou, nessa segunda-feira, 3, a abertura de sua 8ª Semana Acadêmica, com o tema “Povo Surdo: Entrelaçamentos entre Línguas e Culturas”. A programação continua até quarta-feira, 5, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, com palestras, minicursos e mesas-redondas que abordam o bilinguismo, a educação inclusiva e as práticas pedagógicas voltadas à comunidade surda.
“A Semana de Letras/Libras é um momento importante para o curso e para a universidade”, disse a pró-reitora de Graduação, Edinaceli Damasceno. “Reúne alunos, professores e a comunidade surda em torno de um diálogo sobre educação, cultura e inclusão. Ainda enfrentamos desafios, mas o curso tem se consolidado como um dos mais importantes da Ufac.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou que o evento representa um espaço de transformação institucional. “A semana provoca uma reflexão sobre a necessidade de acolher o povo surdo e integrar essa diversidade. A inclusão não é mais uma escolha, é uma necessidade. As universidades precisam se mobilizar para acompanhar as mudanças sociais e culturais, e o curso de Libras tem um papel fundamental nesse processo.”

A organizadora da semana, Karlene Souza, destacou que o evento celebra os 11 anos do curso e marca um momento de fortalecimento da extensão universitária. “Essa é uma oportunidade de promover discussões sobre bilinguismo e educação de surdos com nossos alunos, egressos e a comunidade externa. Convidamos pesquisadores e professores surdos para compartilhar experiências e ampliar o debate sobre as políticas públicas de educação bilíngue.”
A palestra de abertura foi ministrada pela professora da Universidade Federal do Paraná, Sueli Fernandes, referência nacional nos estudos sobre bilinguismo e ensino de português como segunda língua para surdos.
O evento também conta com a participação de representantes da Secretaria de Estado de Educação e Cultura, da Secretaria Municipal de Educação, do Centro de Apoio ao Surdo e de profissionais que atuam na gestão da educação especial.
(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) comunica que estão abertas as inscrições até esta segunda-feira, 3, para o mestrado profissional em Administração Pública (Profiap). São oferecidas oito vagas para servidores da Ufac, duas para instituições de ensino federais e quatro para ampla concorrência.
Confira mais informações e o QR code na imagem abaixo:
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Atlética Sinistra conquista 5º título em disputa de baterias em RO — Universidade Federal do Acre
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31 de outubro de 2025A atlética Sinistra, do curso de Medicina da Ufac, participou, entre os dias 22 e 26 de outubro, do 10º Intermed Rondônia-Acre, sediado pela atlética Marreta, em Porto Velho. O evento reuniu estudantes de diferentes instituições dos dois Estados em competições esportivas e culturais, com destaque para a tradicional disputa de baterias universitárias.
Na competição musical, a bateria da atlética Sinistra conquistou o pentacampeonato do Intermed (2018, 2019, 2023, 2024 e 2025), tornando-se a mais premiada da história do evento. O grupo superou sete concorrentes do Acre e de Rondônia, com uma apresentação que se destacou pela técnica, criatividade e entrosamento.
Além do título principal, a bateria levou quase todos os prêmios individuais da disputa, incluindo melhor estandarte, chocalho, tamborim, mestre de bateria, surdos de marcação e surdos de terceira.
Nas modalidades esportivas, a Sinistra obteve o terceiro lugar geral, sendo a única equipe fora de Porto Velho a subir no pódio, por uma diferença mínima de pontos do segundo colocado.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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