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Entenda o poder de um presidente da Câmara e do Senado – 31/01/2025 – Poder

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6 meses atrásem
Ranier Bragon
Desde o fim da ditadura militar 29 políticos foram eleitos para ocupar por um período dois dos cargos mais importantes da República, as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado.
A maior parte cumpriu os dois anos de mandato, alguns por mais de uma vez, sendo que outros tiveram o período encurtado devido a escândalos de corrupção.
A nova eleição marcada para este sábado (1º) tem como favoritos Hugo Motta (Republicanos-PB) para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na Câmara e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Senado.
Passam pela caneta desses políticos desde os mais comezinhos atos administrativos de cada Casa até decisões com potencial de afetar o destino do país.
Veja, em sete pontos, o poder concentrado nas mãos dos presidentes da Câmara e do Senado:
1 – Linha sucessória
Na ausência do presidente da República e do vice, os presidentes da Câmara e do Senado são, nessa ordem, os responsáveis por assumir provisoriamente o comando do país.
Isso ocorre em casos de afastamento médico e viagens do presidente e do vice, entre outras situações.
Em 2019, por exemplo, o então presidente da Câmara Rodrigo Maia assumiu interinamente o comando do país em razão de viagens simultâneas de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos e de seu vice, Hamilton Mourão, à China. Também em 2019, o então presidente do Senado Davi Alcolumbre sentou-se na cadeira mais importante da República por causa de viagens simultâneas ao exterior de Bolsonaro, Mourão e Maia.
Caso haja vacância do cargo de presidente da República e de seu vice nos dois últimos anos do mandato, cabe ao Congresso realizar eleição indireta para a escolha dos novos nomes. Nesse período, o presidente da Câmara exerce o comando da nação.
Esse cenário nunca ocorreu após a redemocratização do país, mas em 2017 chegou bem perto de virar realidade.
Em meio ao impacto da revelação de gravação de conversa privada sua com o empresário Joesley Batista, da JBS, o então presidente Michel Temer (MDB) chegou a cogitar a renúncia, de acordo com aliados, além de ter sido alvo de duas denúncias da Procuradoria-Geral da República.
Como não tinha vice —Temer era vice de Dilma Rousseff e assumiu o poder após o impeachment da petista—, caso ele deixasse o cargo assumiria a vaga o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia, até que eleição indireta fosse realizada pelo Congresso.
2 – Impeachment
O presidente da Câmara tem o poder de decidir monocraticamente se pedidos de impeachment de presidentes da República terão andamento ou não.
Isso ocorreu duas vezes na história, desde a redemocratização: com Fernando Collor de Melo, em 1992, e com Dilma Rousseff, em 2016. Nesse último, o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB), não só deflagrou o processo como atuou decisivamente para que a petista perdesse o cargo.
3 – Votação de projetos
A rigor, cabe aos presidentes da Câmara e do Senado definir quais projetos serão votados em plenário e quando. Embora normalmente essa pauta de votações seja definida com líderes dos partidos, a palavra final sempre é a do presidente de cada Casa.
Além disso, eles conduzem as sessões e têm mecanismos regimentais que podem influenciar na aprovação ou não dos temas.
Um exemplo ocorre quando um presidente de uma das duas Casas percebe que determinado projeto de seu interesse corre o risco de ser derrotado. Normalmente nesses casos ele encerra a sessão, adiando o desfecho para que consiga reunir mais apoio ao tema.
Além disso, o presidente do Senado pode devolver ao governo, integralmente ou em parte, medidas provisórias. Em 2019, por exemplo, Davi Alcolumbre devolveu ao Executivo parte de MP que transferia do Ministério da Justiça para o da Agricultura a demarcação de terras indígenas, anulando o ato do Executivo nesse sentido.
4 – Relatorias, atos administrativos e investigações
O deputado ou senador que comanda uma das duas Casas também é responsável por escolher os parlamentares que vão relatar determinados temas e vários dos que vão exercer postos de destaque.
Com isso, ele consegue empoderar aliados e retaliar adversários.
Os presidentes de Câmara e Senado comandam ainda as chamadas Mesas Diretoras, colegiados compostos por sete parlamentares que são os responsáveis por ditar todas as regras administrativas da Casa, como gestão de assessores, concessão de auxílio-moradia e emissão de passaporte diplomático.
Os comandantes do Congresso também têm poder de ditar o rumo de investigações, incluindo as que atingem parlamentares.
Um dos casos mais exemplificativos é o do deputado federal Wilson Santiago, que em 2019 teve o mandato suspenso por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal) nas investigações de desvio de verbas públicas de obras contra a seca no sertão da Paraíba.
O plenário da Câmara derrubou a decisão do tribunal sob o argumento de que era questão interna a ser resolvida pelo Conselho de Ética.
O processo, porém, foi engavetado pela Mesa Diretora comandada por Arthur Lira e jamais chegou ao conselho.
A mesma dinâmica se aplica na instalação de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito).
O presidente do Senado, que acumula a presidência do Congresso, tem o poder de definir as datas e convocar sessões para análise de vetos feitos pelo presidente da República a projetos aprovados pelos congressistas.
A depender da relação do parlamentar com o governo, essas sessões podem ser frequentes ou não. Para o governo, é sempre melhor que elas sejam proteladas para diminuir o risco de vetos presidenciais serem derrubados.
6 – Influência no governo
Por definir pauta de votações, influenciar na base de sustentação e deter poder de decisões que afetam o dia a dia do Executivo, os presidente da Câmara e Senado exercem natural influência sobre o Palácio do Planalto e ministros.
Na gestão de Bolsonaro, por exemplo, a efetiva articulação da base governista no Congresso foi exercida por Arthur Lira.
No governo Dilma, o então ministro da Educação, Cid Gomes, perdeu o cargo em 2015 após se desgastar e bater boca com deputados em sessão comandada pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
7 – Emendas
Em 2024, o valor das emendas parlamentares superou R$ 50 bilhões.
A cada ano, cada um dos 594 congressistas podem direcionar essas verbas do Orçamento para obras e investimentos em seus redutos eleitorais. Embora uma parte desse montante (emendas individuais) seja distribuída de forma equitativa e tenha a execução obrigatória, outra parte não segue essas regras.
As chamadas emendas de comissão são divididas pela cúpula do Congresso entre alguns congressistas, sendo que os presidentes da Câmara e do Senado têm papel preponderante nesse rateio.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 meses atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 meses atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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