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Entidades médicas celebram proibição de ‘chips da beleza’ – 19/10/2024 – Equilíbrio e Saúde

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Cláudia Collucci

Entidades médicas comemoram a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de proibir a manipulação, comercialização, propaganda e uso de implantes hormonais manipulados, conhecidos como “chips da beleza”, um tipo de terapia hormonal para fins estéticos vendida por farmácias de manipulação.

A proibição preventiva foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta (18) é aplicada a todas as farmácias de manipulação, espaços onde os produtos eram fabricados. Ela ocorreu após denúncias apresentadas por 34 entidades médicas, que apontam aumento do atendimento de pacientes com problemas devido ao uso dos tais chips.

Segundo a plataforma Vigicom Hormônios da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), duas pessoas teriam morrido em decorrência do uso dos implantes hormonais e outras 257 relataram complicações médicas.

Esses implantes, que costumam ter o tamanho de um palito de fósforo, são compostos, em geral, por gestrinona (hormônio sintético que tem ação antiestrogênica e androgênica), testosterona e a oxandrolona. Também podem conter substâncias que não possuem avaliação de segurança para a forma implantável.

A Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) celebrou a decisão da Anvisa. Para a médica Maria Celeste Wender, presidente da entidade, a falta de fiscalização e controle sobre esse tipo de implante coloca em risco a saúde das mulheres.

“Quando o produto é manipulado, não temos como mensurar o padrão da liberação hormonal no corpo da mulher e nem o impacto que pode causar à saúde.”

Ela diz que os implantes hormonais manipulados têm sido promovidos para mulheres sem pesquisas científicas de qualidade sobre farmacocinética, seus efeitos e contraindicações.

“Diante do cenário que vivemos e do aumento de casos relatados em consultório associados ao mau uso dos implantes hormonais manipulados, não poderíamos permanecer na inércia. A proibição desses produtos não aprovados pela Anvisa era urgente”, afirma.

De acordo com a médica, há relatos de efeitos colaterais graves, como infarto agudo do miocárdio, tromboembolismo, acidente vascular cerebral, além de complicações hepáticas, dermatológicas, psiquiátricas, renais, musculares e infecções associadas aos implantes.

“Existem efeitos colaterais que são irreversíveis como a alteração da voz, além de aumento do clitóris e até problemas de infertilidade. Algumas mulheres também podem apresentar queda de cabelo, aumento da oleosidade da pele e acne severa”, diz.

Em nota pública divulgada neste sábado (19), o CFM (Conselho Federal de Medicina) diz que a decisão da Anvisa corrobora a medida adotada pelo conselho no ano passado de proibir a prescrição de terapias hormonais com esteroides androgênicos e anabolizantes (EAA) com finalidade estética devido aos riscos à saúde.

O CFM reforça que existe a possibilidade de prescrição de EAA, desde que justificada para o tratamento de doenças como hipogonadismo, puberdade tardia, micropênis neonatal e caquexia. A substância também pode ser indicada na terapia hormonal cruzada em transgêneros e, a curto prazo, em mulheres com diagnóstico de desejo sexual hipoativo, afirma a nota.

Nessas situações, explica o conselho, há evidências científicas que comprovam a eficácia e segurança desses tratamentos. São casos em que há alternativas disponíveis para compra no mercado brasileiro, sem necessidade de sua manipulação.

Os chips da beleza têm sido divulgados amplamente em redes sociais com a promessa de aumentar a massa magra e o desempenho esportivo, reduzir gordura corporal, diminuir fadiga e aumentar a disposição, situações para as quais não há comprovação científica sobre seus benefícios e segurança.

Para a Sbem, as evidências crescentes de complicações mostram a urgência de uma regulamentação mais rigorosa. “Embora a medida da Anvisa seja um passo positivo, seguimos comprometidos com a luta por uma regulamentação definitiva que assegure a proteção da população”, afirma.

Segundo a sociedade, as entidades médicas vão continuar monitorando a situação, por meio do Vigicom Hormônios, e “estão à disposição para fornecer orientações adicionais à população e aos profissionais de saúde”.

A Anvisa orienta aos pacientes que fazem uso desses implantes hormonais manipulados que, eventualmente, apresentarem qualquer reação adversa, a notificarem o órgão em gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/fiscalizacao-e-monitoramento/notificacoes/medicamentos-e-vacinas.

Como parte da iniciativa Todas, a Folha presenteia mulheres com três meses de assinatura digital grátis.



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Nota da Andifes sobre os cortes no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as Universidades Federais — Universidade Federal do Acre

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publicado:
23/12/2025 07h31,


última modificação:
23/12/2025 07h32

Confira a nota na integra no link: Nota Andifes



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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre

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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre

A Ufac, a Associação Paradesportiva Acreana (APA) e a Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer realizaram, nessa quarta-feira, 17, a entrega dos equipamentos de halterofilismo e musculação no Centro de Referência Paralímpico, localizado no bloco de Educação Física, campus-sede. A iniciativa fortalece as ações voltadas ao esporte paraolímpico e amplia as condições de treinamento e preparação dos atletas atendidos pelo centro, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e a inclusão de pessoas com deficiência.

Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, com o objetivo de fortalecer a preparação esportiva e garantir melhores condições de treino aos atletas do Centro de Referência Paralímpico da Ufac.

Durante a solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Sozinho não fazemos nada, mas juntos somos mais fortes. É por isso que esse centro está dando certo.”

A presidente da APA, Rakel Thompson Abud, relembrou a trajetória de construção do projeto. “Estamos dentro da Ufac realizando esse trabalho há muitos anos e hoje vemos esse resultado, que é o Centro de Referência Paralímpico.”

O coordenador do centro e do curso de Educação Física, Jader Bezerra, ressaltou o compromisso das instituições envolvidas. “Este momento é de agradecimento. Tudo o que fizemos é em prol dessa comunidade. Agradeço a todas as instituições envolvidas e reforço que estaremos sempre aqui para receber os atletas com a melhor estrutura possível.”

O atleta paralímpico Mazinho Silva, representando os demais atletas, agradeceu o apoio recebido. “Hoje é um momento de gratidão a todos os envolvidos. Precisamos avançar cada vez mais e somos muito gratos por tudo o que está sendo feito.”

A vice-governadora do Estado do Acre, Mailza Assis da Silva, também destacou o trabalho desenvolvido no centro e o talento dos atletas. “Estou reconhecendo o excelente trabalho de toda a equipe, mas, acima de tudo, o talento de cada um de nossos atletas.”

Já o assessor do deputado estadual Eduardo Ribeiro, Jeferson Barroso, enfatizou a finalidade social da emenda. “O deputado Eduardo fica muito feliz em ver que o recurso está sendo bem gerenciado, garantindo direitos, igualdade e representatividade.”

Também compuseram o dispositivo de honra a pró-reitora de Inovação, Almecina Balbino, e um dos coordenadores do Centro de Referência Paralímpico, Antônio Clodoaldo Melo de Castro.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)



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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Orquestra de Câmara da Ufac realizou, nesta quarta-feira, 17, uma apresentação musical no auditório do E-Amazônia, no campus-sede. Sob a coordenação e regência do professor Romualdo Medeiros, o concerto integrou a programação cultural da instituição e evidenciou a importância da música instrumental na formação artística, cultural e acadêmica da comunidade universitária.

 

A reitora Guida Aquino ressaltou a relevância da iniciativa. “Fico encantada. A cultura e a arte são fundamentais para a nossa universidade.” Durante o evento, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, destacou o papel social da arte. “Sem arte, sem cultura e sem música, a sociedade sofre mais. A arte, a cultura e a música são direitos humanos.” 

Também compôs o dispositivo de honra a professora Lya Januária Vasconcelos.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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