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Escolas fechadas e pessoas evacuadas enquanto Espanha enfrenta novos alertas de inundações | Espanha

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Sam Jones in Madrid

As autoridades do leste e do sul de Espanha fecharam escolas e começaram a evacuar alguns residentes, enquanto o país é atingido por novas chuvas torrenciais, duas semanas depois. as inundações catastróficas que mataram pelo menos 215 pessoas e soltou um amargo jogo de culpa política.

Na manhã de quarta-feira, a agência meteorológica estadual, Aemet, havia colocado grandes partes do leste e do sul Espanha em alerta âmbar e emitiu o mais alto nível de alerta para as províncias de Tarragona, na Catalunha, e Málaga, na Andaluzia.

O governo da Andaluzia fechou escolas nas províncias de Málaga e Granada, e 3.000 pessoas foram evacuadas de bairros próximos ao rio Guadalhorce, que atravessa a província de Málaga. As autoridades da Catalunha apelaram às pessoas para que tomassem “o máximo cuidado”, enquanto o governo regional de Valência – que foi criticado pela forma como lidou com a catástrofe – aconselhou os conselhos das zonas afetadas a fecharem escolas e a recomendarem que as pessoas trabalhassem a partir de casa.

“Estamos monitorando de perto a nova chegada de chuvas intensas que atingiram nosso país como consequência de uma nova depressão isolada em níveis elevados”, disse Rubén del Campo, porta-voz da Aemet.

“Poderão ocorrer chuvas torrenciais na quarta-feira nas zonas mediterrânicas, especialmente nas províncias de Tarragona e Málaga, onde foram emitidos avisos vermelhos, o que significa que o perigo é extremo. Essas áreas poderão ver cair mais de 180 litros de água por metro quadrado em menos de 12 horas. Mas podem ocorrer tempestades muito intensas que podem provocar inundações, por isso tome muito cuidado.”

Del Campo disse também que os alertas amarelo e âmbar estavam em vigor para muitas partes de Valência que ainda se recuperam das cheias mortais de 29 de Outubro. Os alertas meteorológicos deverão permanecer em vigor pelo menos até sexta-feira.

Embora não se espere que a actual tempestade seja tão poderosa como a anterior, o impacto das chuvas poderá ser severo devido às enormes quantidades de lama já no solo e ao estado comprometido do sistema de esgotos.

Quase 20 mil militares e policiais ainda estão envolvidos na operação de limpeza em Valência, que foi a região mais atingida pelas inundações há duas semanas.

A Câmara Municipal de Chiva, um dos locais mais atingidos, cancelou aulas e atividades desportivas, enquanto na vizinha Aldaia os trabalhadores empilharam sacos de areia para proteger a cidade.
“Estamos colocando sacos de areia para substituir as comportas que as enchentes anteriores derrubaram”, disse Antonio Ojeda, funcionário municipal, à Reuters. Disse que a ideia é evitar que o barranco da Saleta, que atravessa a vila, volte a transbordar.

Prosseguem as buscas pelos corpos das 23 pessoas ainda desaparecidas após as cheias de Outubro. Na manhã de quarta-feira, equipes de emergência recuperaram os corpos de dois jovens irmãos que foram levados pelas águas da cidade valenciana de Torrent. Rubén Matías Calatayud, de três anos, e Izan Matías Calatayud, de cinco, foram arrancados dos braços do pai.

As inundações, que constituem a pior catástrofe natural da história recente de Espanha, conduziram a confrontos entre as autoridades regionais e locaisassim como um grande protesto no fim de semana.

Crescente raiva pública A forma como as autoridades lidaram com a emergência levou 130 mil pessoas às ruas da cidade de Valência no sábado à noite para pedir a demissão do presidente regional, Carlos Mazón, que supervisiona os esforços de socorro.

Mazón, membro do conservador Partido Popular (PP), está sob crescente pressão depois que se descobriu que ele tinha um almoço de três horas com um jornalista no dia 29 de outubro, dia em que as chuvas torrenciais atingiram a região, e só chegou ao centro de comando de emergência às 19h30 daquela noite.

pular a promoção do boletim informativo

Grande parte da raiva também decorre do facto de a administração de Mazón ter esperado quase 14 horas antes de enviar mensagens de emergência da protecção civil para os telemóveis das pessoas no dia 29 de Outubro, apesar da série de alertas meteorológicos emitidos pela Aemet naquela manhã e na noite anterior.

O próprio Mazón tentou culpar o governo espanhol liderado pelos socialistas, e até mesmo a unidade militar de emergências das forças armadas (UME), cujo pessoal foi destacado para a região em grande número.

O PP, entretanto, está a tentar apontar o dedo à ministra do Ambiente de Espanha, Teresa Ribera, que foi designada vice-presidente executiva da Comissão Europeia para a transição limpa, justa e competitiva. O partido aproveitou a sua audiência de confirmação da UE em Bruxelas, na terça-feira, para acusá-la de falhar nas suas funções como ministra.

“Este teste é totalmente desnecessário”, disse Dolors Monserrat, porta-voz do PP no Parlamento Europeu. “Há duas semanas, você foi submetido ao teste de sua vida em Valência… Você é responsável pela prevenção, preparação e resposta aos desastres climáticos e é por isso que tenho certeza de que a história – e talvez os juízes – irão julgá-lo por sua inação e sua incompetência.

Ribera respondeu que o governo central cumpriu as suas responsabilidades quando se tratou de soar o alerta – Aemet está sob o controlo do seu ministério – e ofereceu ajuda na resposta à emergência, que permanece sob o controlo da administração de Mazón. Ela também destacou que muitas autoridades locais em Valência atenderam ao alerta da Aemet e tomaram as medidas adequadas, como o fechamento de escolas em 29 de outubro.

“Poderia ser bom pensar em como minar a credibilidade da agência meteorológica, e não levar a sério os avisos de risco que foram enviados, pode ter consequências catastróficas para as pessoas”, acrescentou.



Leia Mais: The Guardian

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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