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Europa prepara-se para uma ‘transição rápida e brutal’ para o mundo de Trump | Notícias de Donald Trump

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Os líderes da União Europeia recorreram às redes sociais na manhã de quarta-feira para felicitar Donald J Trump pela vitória arrebatadora nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, mas é provável que poucos se sintam positivos em relação à mudança de liderança dos EUA em segurança e comércio, disseram especialistas à Al Jazeera.

“Trump tem sido muito claro que os europeus precisam de aumentar ainda mais os seus gastos com defesa. Ele quer um compromisso de três por cento do PIB e podemos esperar que ele empurre isso com força”, disse Anna Wieslander, diretora para o Norte da Europa no Atlantic Council.

Os membros da NATO comprometeram-se a aumentar os gastos com defesa para 2% do Produto Interno Bruto (PIB) depois de a Rússia ter invadido a Crimeia, há uma década. Demorou até este ano para conseguir isso, de acordo com a OTAN, porque muitos estados não agiram até a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia em 2022.

“Os europeus há muito que reconhecem a necessidade de intensificar a segurança e a defesa, mas esta constatação não foi acompanhada por recursos ou por uma verdadeira vontade política”, disse Wieslander à Al Jazeera. “A ameaça sistémica que a Rússia representa para a segurança europeia torna esta mudança extremamente urgente se o envolvimento americano diminuir. A primeira coisa que a Europa precisa de fazer agora é assumir a liderança no apoio à Ucrânia rumo à vitória contra a Rússia.”

Trump pressionou o Congresso no ano passado para adiar 61 mil milhões de dólares em ajuda militar à Ucrânia e expressou cepticismo quanto à aprovação de mais ajuda, potencialmente sobrecarregando os europeus com essa conta, além dos 43,5 mil milhões de euros (46,3 mil milhões de dólares) que a UE já gastou.

Intimidar os europeus para que gastem mais com a defesa poderá ser uma faca de dois gumes.

Guy Verhofstadt, o eurodeputado federalista que lidera a Aliança dos Liberais e Democratas pela Europa, escreveu no X: “O ‘mundo livre’ será liderado por um criminoso e demagogo condenado que não partilha os nossos valores mas quer destruí-los. A democracia liberal está em perigo. A Europa está preparada? Não. Será possível e veremos uma liderança real de que necessitamos desesperadamente? Esperançosamente!”

O Presidente francês, Emmanuel Macron, tem sido o porta-estandarte de uma maior autonomia estratégica europeia.

Na manhã de quarta-feira, ele escreveu no X: “Acabei de falar com o chanceler (alemão) Olaf Scholz. Trabalharemos para uma Europa mais unida, mais forte e mais soberana neste novo contexto.»

Poucas horas depois dessa mensagem, o Ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, tinha deixou o tripartido coligação numa disputa sobre gastos com defesa, e Scholz declarou um voto de confiança para Janeiro, seguido de uma possível eleição antecipada em Março.

‘Não vai ser um alerta instantâneo’

“A autonomia estratégica será prejudicada pelas condições internas em França e na Alemanha”, disse Dimitar Bechev, diretor do Programa Dahrendorf sobre a Europa num Mundo em Mudança no Centro de Estudos Europeus da Universidade de Oxford.

Juntamente com a coligação alemã em ruínas, Macron governa através de um governo minoritário desde as eleições parlamentares de julho.

“Haverá alguma dor antes que essa dor galvanize (o continente) para uma maior unidade europeia. Não será um alerta instantâneo”, disse Catherine Fieschi, membro do Centro Robert Schuman do Instituto Universitário Europeu, à Al Jazeera.

Ela atribuiu isso às eleições alemãs e ao Parlamento Europeu “que auditaram os comissários, metade dos quais têm feito o seu trabalho nos últimos cinco anos, por isso é uma colossal perda de tempo”.

“Em Janeiro, como sabemos, será uma transição rápida e brutal do poder (dos EUA)”, disse ela. “Veremos uma queda, algum pânico, algum caos, alguma incerteza. No final, dada a brutalidade que vem da Casa Branca de Trump, veremos mais coesão na Europa do que vimos nos últimos anos.”

Ela acrescentou: “Acho que finalmente veremos o Ponto de viragem aquilo que foi prometido há anos está realmente tomando forma”.

Scholz anunciou uma Zeitenwende, ou mudança de época, logo após a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia em 2022, consistindo em parte num aumento de gastos com defesa de 100 mil milhões de euros (106 mil milhões de dólares). Demorou até 2024 para realmente reduzir os gastos com defesa para 2% do PIB.

A Europa também enfrentará oposição à autonomia de Trump, diz Wieslander.

“Ele não quer que o mercado europeu de defesa se torne autónomo, o que é um pré-requisito para a autonomia estratégica europeia. Pelo contrário, vimos durante a anterior administração Trump que ele pressionou os europeus a comprar mais material de defesa americano. Também não manifestou qualquer desejo de que os europeus desenvolvam a sua própria dissuasão nuclear, outra condição necessária para a autonomia estratégica europeia.”

Um estudo do Parlamento Europeu mostrou recentemente que, depois de 2022, 78 por cento dos orçamentos de compras dos membros da UE foram concedidos fora da UE, incluindo 63 por cento nos EUA – uma proporção ainda maior do que antes da guerra na Ucrânia.

E apesar de a UE estar em rápida transição para energias autónomas e renováveis, ainda gasta pelo menos meio bilião de dólares por ano importando combustíveis fósseis, em parte dos EUA.

No entanto, a Europa contém duas potências nucleares, com assentos permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Poderia agir de forma autônoma se quisesse.

Se reagirem da forma correta às pressões externas, os líderes europeus ainda poderão alcançar a autonomia, afirma Constantinos Filis, professor de história no Colégio Americano da Grécia. “Pode acontecer que Trump e Putin realmente moldem a nova forma da Europa”, disse ele.

A iminente guerra comercial de Trump

A promessa de Trump de impor uma tarifa de 10% sobre todas as importações, incluindo as da Europa, e uma tarifa de 60% tarifa em todas as importações chinesas, será uma preocupação maior, acredita Fieschi.

“Estamos prestes a sofrer um golpe duplo. Por um lado, (há) uma garantia de segurança dependente de a Europa seguir os limites da China. Estamos na fila para ver medidas muito transparentes e agressivas para forçar as principais indústrias a fabricar nos EUA”, disse ela, com as tarifas como um bastão, complementando a cenoura dos subsídios sob a Lei de Redução da Inflação do presidente dos EUA, Joe Biden.

Bechev concorda com as expectativas de “negociações comerciais prolongadas, com o espectro de uma guerra comercial total a pairar como pano de fundo”.

É este ataque à agricultura, indústria e comércio europeus que poderá unir os principais partidos europeus e anti-sistémicos, acredita Fieschi. “(Jordânia) Bardela e (Marine) Le Pen têm feito de tudo para dizer: ‘Queremos proteger a nossa Europa’, disse ela sobre os líderes do partido de extrema-direita Reunião Nacional em França.

“Eles estão falando exatamente como Macron no que diz respeito à autonomia estratégica.”

Esse receio de uma colonização completa da economia europeia pelos EUA será ainda mais reforçado, prevê ela.

“Veremos alguém que está realmente preparado para quebrar completamente as regras, e não apenas reescrevê-las”, disse Fieschi.

“O que isso significará para a Europa é quanto tempo vamos gastar arrastando disputas perante a Organização Mundial do Comércio e o Tribunal de Justiça Europeu. Vamos nos afogar em nossos próprios regulamentos e auto-justiça com alguém que realmente pode não se importar nem um pouco.”



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MUNDO

Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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MUNDO

Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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