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FOTOS: Parada LGBTQIAP+ celebra diversidade e luta por direitos iguais em Rio Branco: ‘amor é amor e ponto final’

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Com o tema ‘Somos Iguais?’, a 16ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ destaca a importância da união para conquistar direitos civis.

Capa: Evento acontece neste domingo (8) e marca o encerramento da Semana da Diversidade no Acre.

16ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Rio Branco

16ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Rio Branco — Foto: Tácita Muniz/g116ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Rio Branco — Foto: Tácita Muniz/g1

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16ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Rio Branco — Foto: Tácita Muniz/g1

Evento acontece neste domingo (8) e marca o encerramento da Semana da Diversidade no Acre. 

A capital acreana se encheu de cores, música e celebração neste domingo (8) com a realização da 16ª Parada do Orgulho LGBTQIAP+. Centenas de pessoas se reuniram na Praça Skate Parque, na Avenida Ceará, para celebrar a diversidade e reivindicar direitos iguais.

A temática deste ano, “Somos Iguais?”, destaca a busca contínua por igualdade e direitos civis para todos os cidadãos, independentemente de sua orientação sexual, identidade de gênero ou qualquer outra característica.

A parada serve não apenas como uma festa, mas também como um lembrete da necessidade de continuar lutando por um Acre mais inclusivo. A Parada do Orgulho LGBTQIAP+ encerra a 16ª Semana Acreana da Diversidade que começou na última terça-feira (3).

O evento é promovido pela Associação dos Homossexuais do Acre (Ahac). Os participantes vão percorrer o Parque da Maternidade até Concha Acústica, no Centro, onde o evento encerra com um show. O percurso é de cerca de 8,5 quilômetros.

Tais Azenha estava com a namorada Hana Teles na Parada do Orgulho LGBTQIA+  — Foto: Tácita Muniz/g1

Tais Azenha estava com a namorada Hana Teles na Parada do Orgulho LGBTQIA+ — Foto: Tácita Muniz/g1

‘Amor é amor e ponto final’

A vendedora Tais Azenha estava com a namorada Hana Teles no evento e enfatizou a liberdade de expressão que a parada proporciona.

“A importância que a gente tem hoje é a gente ter liberdade de expressão. A gente viveu muito tempo coagido, a gente não podia dar mão, tudo era errado, tudo era aterrorizante para todo mundo. Então hoje a gente pode soltar esse grito que fica engasgado no nosso peito, porque eu acho que o amor quando ele vem ele é para todo mundo. O amor não vê raça, não vê sexualidade, não vê se você é preto, branco, gordo, magro. Amor é amor e ponto final”, disse.

16ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Rio Branco — Foto: Tácita Muniz/g1

16ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Rio Branco — Foto: Tácita Muniz/g1

Hana lembrou que o preconceito, muitas vezes, começa dentro de casa e vai até a rua. “É muito preconceito, muito dedo na cara, muito julgamento. Então esse evento é muito bom porque a gente pode se liberar, se expressar.”

O jovem Eric Maia, de 20 anos, compartilhou sua atitude resiliente diante do preconceito. “O importante é vir, é curtir, é ser quem você. Bota a roupa, a maquiagem e pronto. A gente sofre [preconceito] porque as pessoas falam as coisas que machucam, mas no meu caso não me machucam porque eu sou o que eu sou e é para mim mesmo, eu não tenho que estar me doendo. Nada me afeta, meu brilho não apaga com nada, não me machuca não.”

Anágila Bomfim, presidente da Associação de Mulheres do Acre Revolucionárias (Amar), ressaltou a importância da união na luta contra o preconceito.

“O preconceito ainda é grande, uma barreira que nós temos ainda que lutar muito pra quebrar. Mas com luta, todo mundo junto, de mãos dadas, nós vamos chegar lá. É muito importante que tenhamos uma só voz, a gente tem que batalhar, tem que se unir, gritar por um único objetivo, que são os nossos direitos. Nós somos iguais, nós não somos diferentes ninguém. Então a gente tem que estar sempre nessa batalha, sempre nessa luta, ninguém solta a mão de ninguém”, afirmou.

Regina Braga Alves, que sempre participa da parada, expressou o desejo de igualdade e respeito. “A gente procura por respeito. Esse é um dos maiores objetivos da parada, mostrar que a gente é igual, não só em questão de força, mas em respeito, pelos direitos, somos todos iguais.”

Mister trans do Acre de 2022, Murilo Augusto Farias na 16ª Parada do Orgulho LGBTQIA+  — Foto: Tácita Muniz/g1

Mister trans do Acre de 2022, Murilo Augusto Farias na 16ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ — Foto: Tácita Muniz/g1

Apoio da família

O mister trans do Acre de 2022, Murilo Augusto Farias, falou sobre a importância do apoio da família e a necessidade de combater o preconceito. Há sete anos ele, que é um homem trans, fez a transição e desde então atua como ativista dos causas LGBT.

“O processo pra mim foi muito gratificante por conta da minha mãe. Ela me apoiou muito. Teve resistência, teve, mas a minha mãe estava ali, sempre como minha base. Isso faz uma diferença enorme. O apoio da família é essencial quando você se identifica como lésbica, gay, trans”, disse.

O jovem contou que já sofreu preconceito tanto no Acre como fora do estado. “As pessoas são de julgar muito a aparência. A pessoa fica olhando meu documento e olhando pro meu rosto, não associam aparência com o nome. Então existe muito preconceito.”

Farias disse ainda que o estado precisa avançar muito ainda no que se refere à pauta. “Foi uma dificuldade enorme pra gente realizar essa semana. Teve apoio, teve. Mas sempre tinha uma resistência. Sempre tinha um não. Esse ano a temática é: somos iguais. Mas, é só na Constituição, porque na prática isso é totalmente diferente.”

16ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Rio Branco — Foto: Tácita Muniz/g1

16ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Rio Branco — Foto: Tácita Muniz/g1

A empreendedora Mari Castro aproveitou o evento para dar um gás na venda de roupas. Ela contou que essa é a primeira vez que participa da parada, mas a expectativa é alta de vender todas as blusas que levou.

“Eu tinha um estoque e resolvi fazer uma promoção nessa nesse evento. Essa é a primeira vez que eu venho prestigiar com essas vendas. Uma é R$30 e duas sai por R$ 50, pra esvaziar esse estoque. Eu acredito que até a noite a gente vai vender esse estoque porque já estamos vendendo. Quando eu saio de casa pra trabalhar, eu tenho que vender”, disse.

‘Luta não é por privilégio’

O secretário da Ahac, Germano Marino lembrou que a Constituição Brasileira, em seu artigo 5º, proclama que todos os cidadãos são iguais perante a lei. Mas, segundo ele, ainda há um longo caminho a percorrer para que esses princípios se tornem uma realidade prática.

“Se somos iguais, por que que ainda estamos lutando por direitos iguais, direitos civis? Não estamos lutando por privilégios. As situações e decisões que temos para garantir a igualdade da população LGBT são pelo Judiciário Brasileiro, não pelo Congresso Nacional. A gente não tem garantido o casamento de pessoas do mesmo sexo no Código Civil, a gente não tem criminalizado a homofobia pelo Código Penal”, ressaltou.

Marino disse ainda que muitas das conquistas da comunidade LGBTQIAP+ têm sido obtidas por meio do Judiciário Brasileiro, que tem tomado decisões importantes para garantir direitos humanos fundamentais. No entanto, a luta também se concentra em pressionar o Congresso Nacional para acompanhar as mudanças sociais e garantir que essas conquistas sejam, de fato, incorporadas à Constituição Brasileira.

“Nós precisamos entrar nessa Constituição Brasileira de fato e direito nesse artigo 5º. Por isso que é tão importante a unificação do movimento social LGBT para que a gente possa fazer com que o Congresso Nacional se sensibilize para acompanhar as transformações sociais, as relações homoafetivas, as adoções, as parcerias. Ou seja, a legalidade do nosso direito garantido pela Constituição brasileira”, afirmou.

Semana da Diversidade

Durante a 16ª Semana Acreana da Diversidade, foram discutidos temas sobre a empregabilidade para a população LGBT, sobre a questão de saúde por meio do ambulatório transexualizador. Além de oficina, capacitação, expressões artísticas para desenvolver os talentos culturais dessa população, principalmente, dos jovens em situação de desemprego.

“Nós temos a finalização com a Parada do Orgulho LGBT, que é um manifesto da comunidade LGBT festivo, mas é o maior manifesto de rua para cobrar das autoridades, do poder executivo, cada vez mais, atenção, ações que possam minimizar a homofobia e a transfobia na sociedade acreana”, concluiu Marino.

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Minicurso para agricultores aborda qualidade e certificação de feijão — Universidade Federal do Acre

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Minicurso para agricultores aborda qualidade e certificação de feijão

O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá realizou o minicurso “Controle de Qualidade de Feijões Armazenados e Certificação de Feijão”, ministrado pelos professores Bruno Freitas, da Ufac, e Guiomar Sousa, do Instituto Federal do Acre (Ifac). As aulas ocorreram em 30 de março e 1 de abril, em Marechal Thaumaturgo (AC).

O minicurso teve como público-alvo agricultores e membros da Cooperativa Sonho de Todos (Coopersonhos), os quais conheceram informações teóricas e práticas sobre técnicas de armazenamento, parâmetros de qualidade dos grãos e processos para certificação de feijão, usados para agregar valor à produção local e ampliar o acesso a mercados diferenciados.

“Embora existam desafios significativos no processo de certificação do feijão, as oportunidades são vastas”, disse Bruno Freitas. “Ao superar essas barreiras, com apoio adequado e estratégias bem estruturadas, os produtores podem conquistar mercados internacionais, aumentar sua rentabilidade e melhorar a sustentabilidade de suas operações.” 

Guiomar Sousa também destacou a importância do minicurso para os produtores da região. “O controle de qualidade durante o armazenamento do feijão é essencial para garantir a segurança alimentar, preservar o valor nutricional e evitar perdas que comprometem a renda dos agricultores.”

O minicurso tem previsão de ser oferecido, em breve, para alunos dos cursos de Agronomia da Ufac e cursos técnicos em agropecuária e alimentos, do Ifac.

O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá é financiado pela Fapac, pelo CNPq e pelo Basa. A atividade contou com parceria da Embrapa-AC, da Coopersonhos e da Prefeitura de Marechal Thaumaturgo.

 



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Projeto oferece assistência jurídica a alunos indígenas da Ufac — Universidade Federal do Acre

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Projeto oferece assistência jurídica a alunos indígenas da Ufac — Universidade Federal do Acre

O curso de Direito e o Observatório de Direitos Humanos, da Ufac, realizam projeto de extensão para prestação de assistência jurídica ao Coletivo de Estudantes Indígenas da Ufac (CeiUfac) e a demais estudantes indígenas, por meio de discentes de Direito. O projeto, coordenado pelo professor Francisco Pereira, começou em janeiro e prossegue até novembro deste ano; o horário de atendimento é pela manhã ou à tarde. 

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail cei.ccjsa@ufac.br.



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Ufac discute convênios na área ambiental em visita ao TCE-AC — Universidade Federal do Acre

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Ufac discute convênios na área ambiental em visita ao TCE-AC (1).jpg

A reitora da Ufac, Guida Aquino, participou de uma visita institucional ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC), com o objetivo de tratar dos convênios em andamento entre as duas instituições. A reunião, que ocorreu nesta sexta-feira, 11, teve como foco o fortalecimento da cooperação técnica voltada à revitalização da bacia do igarapé São Francisco e à ampliação das ações conjuntas na área ambiental.

Guida destacou que a parceria com o TCE em torno do igarapé São Francisco é uma das mais importantes já estabelecidas. “Estamos enfrentando os efeitos das mudanças climáticas e precisamos de mais intervenções no meio ambiente. Essa ação conjunta é estratégica, especialmente neste ano em que o Brasil sedia a COP-30 [30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima].”

A reitora também valorizou a atuação da presidente Dulcinéia Benício à frente do TCE. “É uma mulher que valoriza a educação e sabe que é por meio da ciência que alcançamos os objetivos importantes para o desenvolvimento do nosso Estado”, completou.

Durante o encontro, foram discutidos os termos de cooperação técnica entre o TCE e a Ufac. O objetivo é fortalecer a capacidade de resposta das instituições públicas frente às emergências ambientais na capital acreana, com o suporte técnico e científico da universidade.

Para Dulcinéia Benício, o momento marca o fortalecimento da parceria entre o tribunal e a universidade. Ela disse que a iniciativa tem gerado resultados importantes, mas que ainda há muito a ser feito. “É uma referência a ser seguida; ainda estamos no início, mas temos muito a contribuir. A universidade tem sido parceira em todos os projetos ambientais desenvolvidos pelo tribunal.”

Ela também ressaltou que a proposta vai além da contenção de enxurradas. “O projeto avança sobre aspectos sociais, ambientais e de desenvolvimento, que hoje são indispensáveis na execução das políticas públicas.”

Participaram da reunião o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid, além de professores e pesquisadores envolvidos no projeto. Pelo TCE, acompanharam a agenda os conselheiros Ronald Polanco e Naluh Gouveia.

Também estiveram presentes representantes da Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo, da Fundape e do governo do Estado. O professor aposentado e economista Orlando Sabino esteve presente, representando a Assembleia Legislativa do Acre.



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