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França se prepara para partida de futebol com Israel após violência em Amsterdã | Notícias do conflito Israel-Palestina

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7 meses atrásem
Paris, França – Milhares de policiais extras estão sendo destacados em Paris e nos arredores antes do jogo de futebol França-Israel na quinta-feira, uma semana depois a violência explodiu nas ruas de Amsterdã.
Grupos pró-palestinos estão a apelar à França para que não seja anfitriã de equipas desportivas de Israel enquanto trava guerras e ataques mortais em Gaza, na Cisjordânia ocupada e no Líbano, argumentando que medidas semelhantes foram tomadas contra a Rússia durante a sua invasão em grande escala da Ucrânia.
Enquanto isso, poucos compraram ingressos para a partida no Stade de France, que fica ao norte de Paris, colocando em dúvida para alguns a necessidade de uma operação policial em grande escala.
Autoridades dizem que a segurança na partida será fortemente reforçada. Policiais serão destacados no Stade de France e nas redes de transporte público.
As medidas estão a ser reforçadas, em parte, para evitar o tipo de confrontos que eclodiram em Amesterdão, capital holandesa, antes e depois de um jogo de futebol entre o Maccabi Tel Aviv, de Israel, e a equipa holandesa do Ajax.
Leopold Lambert, editor e arquiteto na capital francesa, disse: “A atmosfera em Paris, pelo menos para as pessoas que têm a Palestina e o futebol em mente, é o desejo de que aconteça uma forte ação de solidariedade, que provavelmente terá que ocorrem fora do estádio devido ao enorme aparato policial.”
Manifestantes pró-palestinos planejam se reunir em frente à prefeitura de Saint-Denis, que fica a cerca de 20 minutos a pé do estádio, na noite de quinta-feira para expressar sua oposição ao jogo.
“Israel estar envolvido nos esportes, estar envolvido em todo o resto, é o que eles querem para que paremos de falar sobre Gaza ou o genocídio”, disse Nadim Smair, dono de restaurante palestino jordaniano e produtor de eventos em Paris, à Al Jazeera.
‘A Europa deveria censurar os atletas israelenses’
O presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro Michel Barnier planeiam assistir ao jogo de quinta-feira como uma “mensagem de fraternidade e solidariedade após os intoleráveis actos de anti-semitismo que se seguiram ao jogo em Amesterdão esta semana”, afirmou o gabinete de Macron num comunicado enviado à AFP.
As suas palavras ecoaram o sentimento entre muitos líderes ocidentais após o jogo na Holanda, classificando o caos na Holanda como anti-semita, ao mesmo tempo que pareciam minimizar qualquer dano causado pelos adeptos do futebol israelita.
Na véspera do jogo de Amsterdã, torcedores israelenses queimaram uma bandeira palestina e destruíram um táxi. No caminho para o jogo, vídeos mostraram torcedores israelenses entoando frases anti-árabes. Após a partida de futebol, pessoas em scooters atacaram torcedores israelenses e outros os atingiram com fogos de artifício. Cinco israelenses foram hospitalizados e 20 a 30 sofreram ferimentos leves.
Outras figuras políticas proeminentes, incluindo os ex-presidentes Nicolas Sarkozy, François Hollande e Gerard Larcher, antigo presidente do Senado, também planeiam assistir ao jogo.
“Todos nós sabemos qual é a posição de Macron (em relação a Israel), em certo sentido, mesmo que eles variem sobre sua posição”, disse Smair. “Para ser honesto, um jogo que acontece em França e todas as notícias em torno dele são uma distração da realidade em Gaza.”
Lambert disse enquanto Macron fez alguns “gestos performativos” sobre o conflito Israel-Palestina, “nenhum desses gestos nos faria pensar que ele não apoia totalmente o cerco genocida. E ao ir ao estádio, ele só deixa isso ainda mais aparente.”
Sabine Agostini, torcedora franco-libanesa da seleção francesa de futebol, acredita que a partida deveria ser cancelada.
“Primeiro, por razões políticas: a Europa censurou os atletas russos e deveria fazer o mesmo com os atletas israelenses. E por razões de segurança também. Além disso, o futebol e os desportos em geral transmitem valores positivos, o que não é o caso deste jogo”, disse ela à Al Jazeera.
‘É uma pena que a política entre nos esportes’
Dos 80 mil lugares disponíveis no Stade de France, apenas 20 mil bilhetes tinham sido vendidos até à data desta publicação – a menor afluência desde a inauguração do estádio.
Anteriormente, o pior público para uma partida da seleção francesa era de 37 mil espectadores em junho de 2003, contra a Nova Zelândia.
Rodrigue Flahaut-Prevot, advogado em Paris que tem ingressos para a temporada do Parc des Princes e do Stade Velodrome em Marselha, disse que a política e o esporte deveriam permanecer separados.
“Sou muito apegado ao respeito pela lei e hoje, como todos os cidadãos, lamento que uma comunidade esteja atacando a outra. Mas, acima de tudo, acho triste que esta questão tenha sido politizada”, disse Flahaut-Prevot. “Em França, o secularismo significa manter a religião fora da esfera pública… o debate político deveria ser o mesmo, mantido fora do desporto.”
A violência em Amesterdão foi uma excepção, e não típica dos adeptos de futebol, sugeriu.
“Se não incitarmos o ódio entre as comunidades, penso que as pessoas poderão viver em perfeita paz, especialmente nos estádios. Porque são apenas esportes. E é uma pena que a política entre nos esportes.”
Para o jogo França-Israel, 4.000 policiais deverão ser mobilizados, em comparação com os típicos 1.200-1.300 quando o estádio estiver lotado, segundo o prefeito da polícia de Paris, Laurent Nunez.
As autoridades israelenses aconselharam os torcedores a não irem ao jogo na França e alertaram os israelenses no exterior contra o uso de símbolos israelenses ou judeus reconhecíveis.
Os legisladores do partido de esquerda France Unbowed (LFI), que simpatiza com o sofrimento dos palestinianos, juntaram a sua voz aos apelos ao boicote.
“Há um boicote ativo a esse jogo, e muitos de nós absolutamente não assistiremos, apesar de nosso amor pelo futebol”, disse Lambert.
A oposição global ao genocídio dos palestinos em Gaza por parte de Israel é cada vez mais visível em eventos de futebol.
Semana passada, Paris Saint-Germain torcedores revelaram uma faixa “Palestina Livre” durante uma partida da Liga dos Campeões no estádio Parc des Princes. O ministro do Interior francês, Bruno Retailleau, criticou a medida, dizendo que a faixa “não tinha lugar no estádio”.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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