NOSSAS REDES

ACRE

Governo planeja discutir revisão de benefícios sociais com Congresso depois do 2º turno – Noticias R7

PUBLICADO

em

‘Pente-fino’ em programas sociais indevidos foi concluído; agora, Executivo trabalha em textos para viabilizar alterações

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Tebet destacou compromisso com ‘qualidade’ do gasto público Diogo Zacarias/MPO – 15.10.2024

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, declarou nesta terça-feira (15) que o governo federal deve enviar as medidas legais de revisão de gastos ao Congresso Nacional depois do segundo turno das eleições municipais — marcado para 27 de outubro. Segundo Tebet, o “pente-fino” em benefícios sociais indevidos foi concluído, e a etapa seguinte requer a aprovação das mudanças, que serão propostas por meio de textos legislativos.

A expectativa é tratar as alterações em PECs (Proposta de Emenda à Constituição) ou projetos de lei. A ministra não adiantou quanto deve ser poupado com essas medidas.

“O mais importante é, agora, essas medidas chegarem na mesa do presidente Lula e ele dar o OK. São medidas palatáveis e justas. Já retiramos aquilo que imaginamos que vai ficar numa terceira etapa, para não contaminar o processo e o debate, já entendendo o perfil do presidente e aquilo que ele quer de todos nós e para o Brasil. Então, nós estamos muito otimistas de que este pacote terá condições de avançar na mesa do presidente. E aí, obviamente, a partir disso, nós discutimos com o Congresso Nacional”, afirmou Tebet a jornalistas, depois de uma reunião no Ministério da Fazenda.

A revisão dos benefícios sociais é a principal aposta do Executivo para cortar gastos públicos. A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressalta, porém, que os programas não serão reduzidos — trata-se da exclusão de beneficiários que não se encaixam nos parâmetros e da alteração de benefícios duplicados, por exemplo.

“Tem política pública que, se for autorizada e se houver vontade do Congresso Nacional, pode abrir espaço fiscal de até R$ 20 bilhões, uma única medida. Mas não sabemos como vai chegar ao Congresso”, acrescentou a ministra, ao reforçar que não há meta de economia a ser perseguida.

“Não queremos chegar em tantas economias, porque a revisão de gastos não vai tirar um direito sequer de qualquer cidadão brasileiro. Estamos falando de rever políticas ineficientes que vão ajudar a conseguir cumprir a meta de 2025 e 2026. Não estamos fechando conta. Nós colocamos o que achamos justo com o Brasil. O projeto Brasil não termina em 2026 e a revisão de gastos não termina em 2026. Ela começou em 2023 e tem de se perpetuar ao longo do tempo”, afirmou.

Etapas da revisão

Tebet dividiu o processo de corte de gastos do governo federal em três etapas. A primeira, já concluída, incluiu o “pente-fino” nos benefícios sociais. A segunda parte diz respeito ao envio das medidas legais ao Congresso Nacional. Por fim, num terceiro momento, serão discutidas iniciativas que, segundo a ministra, vão exigir maior diálogo com o Legislativo.

“Posso dizer que a gente teria até 30 medidas ao longo do tempo para apresentar na segunda etapa e na terceira etapa. Temos muitas medidas, algumas têm impacto de R$ 1 bilhão, outras de R$ 5 bilhões ou R$ 4 bilhões. Nós selecionamos [para a segunda etapa] aquelas que a gente acha que têm condições de ser aprovadas ou adiantadas, condições de serem discutidas e analisadas pelo Congresso Nacional neste momento”, explicou.

Tebet declarou que as medidas que serão enviadas ao Legislativo não contemplam todas as mudanças que o Executivo planeja implementar. “Ainda que não sejam as ideais ou aquelas que nós gostaríamos, são as que a política permite, que o momento político permite. Lembrando que nós estamos a, praticamente, dois meses e meio do final do ano legislativo”, justificou.

“Não podemos colocar todas as medidas de revisão estrutural neste momento, porque a gente tem um calendário muito curto, nós temos que trabalhar com a política brasileira, com diálogo com o Congresso Nacional. Então, a ideia é colocar o máximo possível de medidas ainda este ano, dentro daquilo que a gente sabe que é possível votar — ou começar a discussão e terminar no primeiro semestre do ano que vem — para depois ter um segundo pacote de medidas estruturantes”, continuou a ministra.

O governo federal não descarta aproveitar medidas que já estão em discussão no Congresso Nacional. “Paralelo a isso, a gente pode aproveitar alguma PEC que esteja lá [no Congresso] para introduzir [o debate]. A ideia é essa. A forma a gente tem de aproveitar”, destacou Tebet, ao afirmar que a maioria das propostas que o Executivo vão apresentar são matérias legislativas.

Gastos tributários

A ministra informou, ainda, que a revisão de isenções e benefícios tributários deve ficar para 2025. “Há uma etapa que vai ser discutida ainda na revisão de gastos que a gente está deixando para o ano que vem, que envolve a questão dos gastos tributários”, declarou.

O tema, portanto, não será tratado neste envio ao Legislativo. “Então, neste pacote a gente não está tratando disso, porque isso é [avaliar] uma a uma [isenções], o que requer trabalho — que já começou. Os gastos tributários correspondem a quase R$ 600 bilhões de renúncia fiscal, 6% do PIB brasileiro, e a ideia é que, ao longo do tempo, a gente possa chegar a 2%. Vai levar 8 anos, 10 anos, mas ela [diminuição] tem que começar. Isso também está sendo discutido”, completou Tebet.

Leia Mais

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

ACRE

Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil.jpg

A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.

A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.

Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.

O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.

A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

ACRE

Professora da Ufac é nomeada membro afiliada da ABC — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Professora da Ufac é nomeada membro afiliada da ABC.jpg

A professora da Ufac, Simone Reis, foi nomeada membro afiliada da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na terça-feira (5), em cerimônia realizada na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém (PA). A escolha reconhece sua trajetória acadêmica e a pesquisa de pós-doutorado desenvolvida na Universidade de Oxford, na Inglaterra, com foco em biodiversidade, ecologia e conservação.

A ABC busca estimular a continuidade do trabalho científico de seus membros, promover a pesquisa nacional e difundir a ciência. Todos os anos, cinco jovens cientistas são indicados e eleitos por membros titulares para integrar a categoria de membros afiliados, criada em 2007 para reconhecer e incentivar novos talentos na ciência brasileira.
“Nunca imaginei estar nesse time e fiquei muito surpresa por isso. Espero contribuir com pesquisas científicas, parcerias internacionais e discussões ecológicas junto à ABC”, disse a professora Simone Reis.



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

ACRE

Reitora assina contrato de digitalização de acervo acadêmico — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Reitora assina contrato de digitalização de acervo acadêmico.jpg

A reitora da Ufac, Guida Aquino, assinou o contrato de digitalização do acervo de documentos acadêmicos. A ação ocorreu na tarde de quarta-feira, 13, no hall do Núcleo de Registro e Controle Acadêmico (Nurca). A empresa responsável pelo serviço é a SOS Tecnologia e Gestão da Informação.

O processo atende à Portaria do MEC nº 360, de 18 de maio de 2022, que obriga instituições federais de ensino a converterem o acervo acadêmico para o meio digital. A medida busca garantir segurança, organização e acesso facilitado às informações, além de preservar documentos físicos de valor histórico e acadêmico.

Para a reitora Guida Aquino, a ação reforça o compromisso institucional com a memória da comunidade acadêmica. “É de extrema importância arquivar a história da nossa querida universidade”, afirmou.

A decisão foi discutida e aprovada pelo Comitê Gestor do Acervo Acadêmico da Ufac, em reunião realizada no dia 7 de julho de 2022. Agora, a meta é mensurar o tamanho dos arquivos do Nurca para dar continuidade ao processo, assegurando que toda a documentação esteja em conformidade legal e disponível em formato digital.



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

MAIS LIDAS