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Horizontes do clima se estreitam aquém de Belém – 25/10/2024 – Opinião

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Muito se discute sobre a possibilidade de sucesso, ou fracasso, da COP-30, cúpula do clima que acontecerá no próximo ano em Belém. Mas um senso de urgência mais adequado poria ênfase na COP-29, a menos de três semanas de iniciar-se em Baku, no Azerbaijão.

O ritmo de aquecimento da atmosfera não admite mais procrastinação e, pior, que de novo se adiem decisões. É o que alerta o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), para que a COP-30 logre produzir medidas compatíveis com a magnitude da crise climática.

Nem é preciso enumerar os eventos extremos a castigar populações, cuja frequência aumenta à vista de todos. Mais pertinente é assinalar que a confirmação de previsões dos modelos climatológicos tem sido incapaz de mudar a curva ascendente da temperatura média global.

Nada menos que 14 dos últimos 15 meses acusaram aquecimento igual ou superior a 1,5ºC no planeta, em comparação com níveis anteriores à industrialização do século 19. Esse limiar baliza a meta recomendada no Acordo de Paris (2015) —que admite aumento de até no máximo 2ºC.

Não é o suficiente, do ponto de vista estatístico, para proclamar descumprido o compromisso firmado na capital francesa. Entretanto a marcha das emissões mundiais de carbono indica que a janela de oportunidade está a fechar-se e que nem sequer o limite de 2ºC parece factível.

Para ficar em 1,5ºC, seria imprescindível cortar gases do efeito estufa em 42% até 2030. Em 2023, porém, as emissões subiram 1,3% ante 2022 —alta maior que a média entre 2010 e 2019 (0,8% ao ano), a sugerir que a poluição climática pode estar em aceleração após a pandemia.

A Agência Internacional de Energia destaca que a trajetória atual de emissões implicaria aquecimento de 2,4ºC. Outros especialistas calculam que, mesmo que se cumpram objetivos nacionais de descarbonização assumidos em Paris, estaria contratado um avanço de 2,6ºC a 2,8ºC.

A inércia governa a estrutura diplomática criada na ONU para enfrentar o problema, que iniciou negociações em 1992 no Rio. Nem mesmo as metas assumidas em Paris, 23 anos depois, estão sendo seguidas pelos signatários.

O setor de combustíveis fósseis se alvoroça para extrair o máximo de carvão, petróleo e gás natural antes da inviabilidade das reservas. A contradição também é representada pelo Brasil, que almeja sair de Belém como potência verde enquanto planeja poços petrolíferos a 540 km da vizinha foz do Amazonas.

editoriais@grupofolha.com.br



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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre

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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre

O curso de Letras/Libras da Ufac realizou, nessa segunda-feira, 3, a abertura de sua 8ª Semana Acadêmica, com o tema “Povo Surdo: Entrelaçamentos entre Línguas e Culturas”. A programação continua até quarta-feira, 5, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, com palestras, minicursos e mesas-redondas que abordam o bilinguismo, a educação inclusiva e as práticas pedagógicas voltadas à comunidade surda.

“A Semana de Letras/Libras é um momento importante para o curso e para a universidade”, disse a pró-reitora de Graduação, Edinaceli Damasceno. “Reúne alunos, professores e a comunidade surda em torno de um diálogo sobre educação, cultura e inclusão. Ainda enfrentamos desafios, mas o curso tem se consolidado como um dos mais importantes da Ufac.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou que o evento representa um espaço de transformação institucional. “A semana provoca uma reflexão sobre a necessidade de acolher o povo surdo e integrar essa diversidade. A inclusão não é mais uma escolha, é uma necessidade. As universidades precisam se mobilizar para acompanhar as mudanças sociais e culturais, e o curso de Libras tem um papel fundamental nesse processo.”

A organizadora da semana, Karlene Souza, destacou que o evento celebra os 11 anos do curso e marca um momento de fortalecimento da extensão universitária. “Essa é uma oportunidade de promover discussões sobre bilinguismo e educação de surdos com nossos alunos, egressos e a comunidade externa. Convidamos pesquisadores e professores surdos para compartilhar experiências e ampliar o debate sobre as políticas públicas de educação bilíngue.”

A palestra de abertura foi ministrada pela professora da Universidade Federal do Paraná, Sueli Fernandes, referência nacional nos estudos sobre bilinguismo e ensino de português como segunda língua para surdos.

O evento também conta com a participação de representantes da Secretaria de Estado de Educação e Cultura, da Secretaria Municipal de Educação, do Centro de Apoio ao Surdo e de profissionais que atuam na gestão da educação especial.

 

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)

 

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Propeg — Universidade Federal do Acre

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Propeg — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) comunica que estão abertas as inscrições até esta segunda-feira, 3, para o mestrado profissional em Administração Pública (Profiap). São oferecidas oito vagas para servidores da Ufac, duas para instituições de ensino federais e quatro para ampla concorrência.

 

Confira mais informações e o QR code na imagem abaixo:

 



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Atlética Sinistra conquista 5º título em disputa de baterias em RO — Universidade Federal do Acre

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Atlética Sinistra conquista 5º título em disputa de baterias em RO — Universidade Federal do Acre

A atlética Sinistra, do curso de Medicina da Ufac, participou, entre os dias 22 e 26 de outubro, do 10º Intermed Rondônia-Acre, sediado pela atlética Marreta, em Porto Velho. O evento reuniu estudantes de diferentes instituições dos dois Estados em competições esportivas e culturais, com destaque para a tradicional disputa de baterias universitárias.

Na competição musical, a bateria da atlética Sinistra conquistou o pentacampeonato do Intermed (2018, 2019, 2023, 2024 e 2025), tornando-se a mais premiada da história do evento. O grupo superou sete concorrentes do Acre e de Rondônia, com uma apresentação que se destacou pela técnica, criatividade e entrosamento.

Além do título principal, a bateria levou quase todos os prêmios individuais da disputa, incluindo melhor estandarte, chocalho, tamborim, mestre de bateria, surdos de marcação e surdos de terceira.

Nas modalidades esportivas, a Sinistra obteve o terceiro lugar geral, sendo a única equipe fora de Porto Velho a subir no pódio, por uma diferença mínima de pontos do segundo colocado.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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