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IDEB ajuda a identificar exemplos positivos na educação

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Medir a qualidade do ensino no país e servir como condutor de políticas públicas. Esse é o objetivo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), calculado anualmente com base em dois fatores. São eles: dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e as médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), como explica uma publicação do governo federal.

Em 2025, será feita uma nova avaliação do IDEB para todos os municípios e estados do Brasil. Para Lhays Marinho, doutora em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e supervisora pedagógica da edtech Jovens Gênios, o índice ajuda a identificar quais políticas públicas e práticas pedagógicas podem ser vistas como exemplos.

“Nos últimos anos, algumas escolas e redes de ensino se destacaram no IDEB por suas estratégias inovadoras e bem-sucedidas, provando que é possível melhorar a qualidade do ensino mesmo em contextos adversos”, afirma Marinho. Um dos desafios enfrentados foi a pandemia de covid-19, que suspendeu aulas presenciais em escolas e impactou negativamente a educação, como revela um relatório do Banco Mundial.

O estado de Pernambuco mostra como a educação integral pode impactar positivamente o desempenho no IDEB, diz Marinho. Ela afirma que, desde 2008, o estado implementa o Programa de Educação Integral, que visa oferecer uma jornada escolar ampliada aos alunos da rede pública. Com isso, os estudantes passam mais tempo na escola, envolvidos em atividades acadêmicas, esportivas, culturais e de reforço escolar.

“Segundo o Relatório do IDEB de 2022, Pernambuco se destacou como um dos estados com melhores resultados no Ensino Médio, alcançando índices superiores à média nacional. O sucesso dessa política está na capacidade de envolver os estudantes em múltiplas dimensões do aprendizado, além de melhorar a infraestrutura das escolas e a formação dos professores”, aponta.

O uso de tecnologia e educação a distância em Sobral (CE) também é apontado como exemplo de sucesso, na visão da doutora em educação. Durante a pandemia, a cidade conseguiu manter o nível de aprendizagem por meio do uso de tecnologias digitais e aulas remotas, garantindo que o impacto no desempenho dos alunos fosse minimizado, avalia.

“O Projeto Tempo de Aprender, implantado no município, é um exemplo de como a educação a distância pode ser eficaz quando acompanhada de estratégias pedagógicas consistentes e monitoramento contínuo dos resultados”, diz Marinho.

No Centro-Oeste, a educadora destaca o Programa Mãos à Obra, desenvolvido em algumas escolas públicas do estado de Goiás. A iniciativa consiste em envolver ativamente a comunidade escolar – incluindo pais, professores e alunos – na gestão e melhoria da infraestrutura das unidades escolares. O projeto busca criar um ambiente mais acolhedor e estimulante para a aprendizagem, o que impacta diretamente no desempenho dos alunos e, consequentemente, nos resultados do IDEB, explica Marinho.

“Além disso, o programa se alinha com o conceito de educação colaborativa, que entende a escola como um espaço em que todos os atores da sociedade têm um papel a desempenhar. Isso se traduz em uma maior integração entre a escola e a comunidade, o que fortalece o sentido de pertencimento dos alunos e gera resultados positivos no aprendizado”, acrescenta a doutora.

Em relação à formação de professores, Marinho cita o estado de São Paulo como um caso positivo. “Programas como o São Paulo Integral e o Centro de Mídias SP têm contribuído para melhorar o desempenho dos alunos, ao garantir que os professores estejam preparados para utilizar ferramentas tecnológicas e abordagens pedagógicas inovadoras em sala de aula”, menciona.

Ela diz que a valorização dos professores também tem sido uma medida adotada em São Paulo, com o aumento dos salários e a implementação de programas de mentoria, nos quais educadores mais experientes ajudam a guiar os novos profissionais.

Entretanto, o Brasil ainda enfrenta muitos problemas, principalmente em relação às disparidades regionais, pondera Marinho. No seu ponto de vista, o futuro da educação passa por inovações tecnológicas, ensino em tempo integral e, principalmente, por um compromisso com a formação cidadã e o desenvolvimento crítico dos estudantes.

“O próximo IDEB será decisivo para avaliar o progresso da educação básica no Brasil. Os exemplos de sucesso mostram que, mesmo diante de grandes desafios, é possível encontrar soluções inovadoras e eficazes para melhorar o ensino público. Políticas públicas voltadas à educação integral, o uso da tecnologia, a formação de professores e o envolvimento da comunidade escolar são caminhos promissores”, reforça.

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SUS vai distribuir vacina contra herpes-zóster, afirma ministro da Saúde; vídeo

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São 7 os próximos feriados de 2025. Três vão cair em plena quinta-feira. - Foto: Freepik

Em breve, os brasileiros poderão se imunizar de graça contra uma doença silenciosa, muito dolorida, que atinge principalmente, quem tem mais de 50 anos. O SUS (Sistema Único de Saúde) vai incluir a vacina contra herpes-zóster na lista de prioridades. A notícia boa foi dada esta semana pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Atualmente, a vacina é oferecida apenas nas unidades privadas – em duas doses –  e custa, em média, R$ 800. O pedido para a inclusão da vacina foi feito diretamente ao ministro durante audiência na Comissão de Saúde na Câmara, por uma deputada que teve a doença.

“É uma prioridade nossa, enquanto ministro da Saúde, que essa vacina possa estar no Sistema Único de Saúde. A gente pode fazer grandes campanhas de vacinação para as pessoas que têm indicação de receber essa vacina. Pode contar conosco”, afirmou Padilha.

Experiência dolorosa pessoal

O apelo partiu da deputada federal Adriana Accorsi (PT-GO), que ficou cinco dias internada em Goiânia, por uma crise causada pelo vírus que provoca herpes-zóster. Com dores pelo corpo, sentindo a pele queimar, ela disse que foi uma experiência muito dolorosa.

“Passei por essa doença recentemente e senti na pele o quanto ela é dolorosa, perigosa e pode deixar sequelas graves. Por isso, sei o quanto é fundamental garantir acesso à prevenção e à informação, especialmente para quem mais precisa”, afirmou a parlamentar.

As sequelas mais graves da doença podem provocar lesões na pele, cegueira, surdez e paralisia cerebral, por exemplo. Estudos indicam que os casos aumentaram 35% após a pandemia de Covid-19

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A doença herpes-zóster

Só em 2023, mais de 2,6 mil pessoas foram internadas com o diagnóstico da doença no Brasil.

O herpes- zóster, chamado popularmente como “cobreiro”, é infeccioso. A doença é causada pelo vírus varicela-zóster, o mesmo que causa a catapora.

A crise gera erupções na pele, febre, mal-estar e dor intensa fortes nos nervos.

Em geral as pessoas com baixa imunidade estão mais propensas.

Vai SUS!

A vacina contra herpes-zóster deve ser incluída na lista de prioridades, de acordo com o ministro Alexandre Padilha. Foto: Ministério da Saúde A vacina contra herpes-zóster deve ser incluída na lista de prioridades, de acordo com o ministro Alexandre Padilha. Foto: Ministério da Saúde

A promessa do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi registrada:



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Anvisa aprova medicamento que pode retardar Alzheimer

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São 7 os próximos feriados de 2025. Três vão cair em plena quinta-feira. - Foto: Freepik

Anvisa aprovou o Kinsula, primeiro medicamento que pode retardar a progressão do Alzheimer. Já provado nos EUA, ele é da farmacêutica Eli Lilly. – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Uma notícia boa para renovar a esperança de milhares de brasileiros. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento internacional para tratar o Alzheimer.

Indicado para o estágio inicial da doença, o Kisunla (donanemabe) é fruto de mais de três décadas de pesquisa. Em testes, o medicamento retardou em até 35% o avanço da doença em pacientes com sintomas leves.

Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o donanemabe foi aprovado nos Estados Unidos em julho de 2024. No Brasil, a aprovação foi divulgada nesta terça-feira (22). O Kisunla é injetável e deve ser administrado uma vez por mês.

Como funciona

A principal função do fármaco é remover as chamadas placas amiloides, os acúmulos anormais de proteínas no cérebro.

São esses acúmulos que atrapalham a comunicação entre os neurônios e estão associados ao surgimento e à progressão da doença.

Nos testes clínicos, o remédio conseguiu eliminar até 75% das placas após 18 meses de tratamento.

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Quem se beneficia

O tratamento é indicado apenas para pacientes com comprometimento cognitivo leve e demência leve.

Por outro lado, o Kisunla não é recomendado para quem usa anticoagulantes ou sofre de uma condição chamada angiopatia amiloide cerebral.

Também há restrições para pacientes que não possuem uma variante específica do gene ApoE ε4.

Em comunicado à imprensa, Luiz Magno, diretor médico sênior da Lilly do Brasil, comemorou a aprovação pela Anvisa:

“Estamos vivendo um momento único na história da neurociência. Depois de mais de trinta e cinco anos de pesquisa da Lilly, finalmente temos o primeiro tratamento que modifica a história natural da doença de Alzheimer aprovado no Brasil. Claro, esse é um marco para nós como companhia e para a ciência, mas principalmente para as pessoas que vivem com a doença de Alzheimer e seus familiares – que há anos buscam por mais esperança. Essa é nossa missão, transformar vidas.”

Estudo clínico

A avaliação para a aprovação foi feita a partir de um estudo clínico de 2023. Ao todo, a pesquisa envolveu 1.736 pacientes de 8 países com Alzheimer em estágio inicial.

Aqueles que receberam o Kisunla tiveram uma progressão clínica da doença menor em comparação aos pacientes tratados com o placebo.

Segundo a Anvisa, assim como qualquer outro remédio, o medicamento vai continuar sendo monitorado.

Disponível em breve

Apesar da aprovação, o Kisunla ainda não está disponível nas farmácias.

Para isso, é preciso esperar o medicamento passar pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

O processo pode levar semanas ou até meses.

Nos Estados Unidos, o tratamento com o fármaco custa por volta de US$ 12.522 por 6 meses e US$32.000 por 12 meses, aproximadamente R$ 183.192 na cotação atual.

O medicamento é injetável e deve ser administrado uma vez por mês. - Foto: Getty Images/Science Photo Libra

O medicamento é injetável e deve ser administrado uma vez por mês. – Foto: Getty Images/Science Photo Libra



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China lança banda larga 10G; a primeira e mais rápida do mundo

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São 7 os próximos feriados de 2025. Três vão cair em plena quinta-feira. - Foto: Freepik

Na vanguarda sempre, os chineses surpreendem mais uma vez. A China lança a primeira banda larga 10G do mundo. A expectativa é oferecer velocidades de download de até 9.834 Mbps, velocidades de upload de 1.008 Mbps e latência de 3 milissegundos, muito maiores do que as usadas atualmente.

Com o 10G vai ser possível baixar em apenas 20 segundos um filme completo em 4K (com cerca de 20 GB), que normalmente leva de 7 a 10 minutos em uma conexão de 1 Gbps.

A tecnologia de Rede Óptica Passiva (PON) 50G, que abastece a rede 10G, melhora a transmissão de dados pela infraestrutura – de fibra óptica atual.

Trabalho em parceria

A inovação foi anunciada, no Condado de Sunan, província de Hebei. O lançamento é resultado de um trabalho colaborativo da Huawei e da China Unicom.

Essa tecnologia permitirá, por exemplo, o uso de nuvem, realidade virtual e aumentada, streaming de vídeo 8K e integração de dispositivos domésticos inteligentes, tudo de uma só vez.

Com essa iniciativa, a China supera a banda larga comercial em países, como Emirados Árabes e Catar, de acordo com o Times of India.

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Expectativas de aplicações sociais

A implementação da banda larga 10G deve facilitar avanços em setores sociais, como saúde, educação e agricultura por intermédio da transmissão de dados mais rápida e confiável.

De acordo com os engenheiros e pesquisadores envolvidos, essa tecnologia será usada em aplicados “exigentes” de alta velocidade.

Com a banda larga 10G, a China se coloca à frente dos Emirados Árabes e do Catar em tecnologia comercial. Foto: Freepik Com a banda larga 10G, a China se coloca à frente dos Emirados Árabes e do Catar em tecnologia comercial. Foto: Freepik



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