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Implante de chip de grafeno em teste no Reino Unido pode transformar cirurgia de tumor cerebral | Pesquisa sobre câncer

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Robin McKie Science editor

Um dispositivo revolucionário concebido para transformar o tratamento cirúrgico de tumores cerebrais deverá ter o seu primeiro ensaio clínico, no que os cientistas dizem que poderá ser um grande avanço médico.

O chip cerebral pode identificar células cancerígenas através de diferenças nas suas emissões elétricas em comparação com as do tecido neural saudável.

Do tamanho de um selo postal, o dispositivo é feito de grafeno, um material 200 vezes mais forte que o aço e com apenas um átomo de espessura. O grafeno foi inventado há 20 anos por cientistas da Universidade de Manchester Andre Geim e Konstantin Novoselov, que mais tarde ganharam o prêmio Nobel de 2010 em física para suas pesquisas.

Desde então, os cientistas têm trabalhado para explorar as notáveis ​​propriedades condutoras do grafeno, a fim de desenvolver novos sensores elétricos e magnéticos e outros dispositivos. No entanto, o chip cerebral flexível – agora em testes no hospital Salford Royal – está sendo aclamado como uma inovação médica. “Este é o primeiro ensaio clínico realizado em qualquer lugar do mundo com um dispositivo médico baseado em grafeno”, disse um dos líderes da equipe, Kostas Kostarelos, professor de nanomedicina em Manchester.

O interface cérebro-computador (BCI) O dispositivo foi projetado e fabricado por uma equipe internacional de cientistas para transformar o monitoramento dos impulsos elétricos das células do cérebro usando frequências que antes não podiam ser detectadas. “A sua primeira utilização será diferenciar células cancerígenas de células saudáveis ​​para garantir que a cirurgia em tumores cerebrais seja dirigida de forma altamente precisa”, disse Kostarelos.

Tal objetivo é de vital importância, ressaltam os médicos. Mais de 12.700 pessoas são diagnosticadas com tumores cerebrais no Reino Unido todos os anos e mais de 5.000 mortes anuais são atribuídas à doença. “Qualquer coisa que possamos fazer para melhorar essas taxas será uma grande conquista”, acrescentou.

No entanto, a equipa responsável pelo dispositivo BCI também acredita que irá ajudar os cientistas a estudar muitas outras condições – incluindo acidente vascular cerebral e epilepsia – dando-lhes uma compreensão muito maior de como os sinais eléctricos são transmitidos por células saudáveis, em comparação com células que são afectadas por condições patológicas.

“Este é um marco clínico que abre caminho para avanços tanto na decodificação neural quanto em sua aplicação como intervenção terapêutica”, disse Carolina Aguilar, cofundadora da Inbrain Neuroelectronics, empresa spin-off global que foi criada para explorar o uso de grafeno na pesquisa e tratamento do cérebro.

As células do cérebro interagem trocando impulsos elétricos, um processo subjacente aos nossos pensamentos, comportamento e percepções do mundo. No entanto, tem sido uma grande dor de cabeça para os cientistas monitorizar exactamente como estas células comunicam desta forma. “Podemos estudar alguns sinais elétricos emitidos pelas células cerebrais. No entanto, aqueles de frequência muito baixa e muito alta são muito difíceis de detectar no cérebro vivo”, disse Kostarelos.

“Atualmente, apenas aqueles em frequências médias podem ser monitorados. Crucialmente, o chip BCI pode identificar uma enorme gama de sinais elétricos no cérebro, incluindo aqueles de frequências muito altas e muito baixas.”

Para usar o dispositivo, um pedaço do crânio do paciente é removido e o minúsculo chip – que tem milhares de contatos elétricos – é colocado no topo do cérebro. Os transmissores enviam sinais eléctricos para estimular as células do cérebro e os pequenos receptores captam as suas respostas.

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“As células cancerosas não respondem à estimulação elétrica desencadeada pelo chip, em contraste com as células neuronais hospedeiras”, disse Kostarelos.

“Isso permite que uma equipe cirúrgica identifique neurônios muito próximos de um tumor e isso é extremamente importante. Se um tumor estiver localizado em partes do cérebro, como as envolvidas na fala, a equipe precisará ser particularmente cuidadosa. Guiados pelos sinais do chip de grafeno, eles podem remover as células doentes com mais precisão e confiança.”

A capacidade do chip BCI de detectar sinais de frequência muito alta e muito baixa das células cerebrais também é importante por outras razões. Com acidentes vasculares cerebrais e ataques epilépticos, sabe-se que sinais de frequência muito baixa são enviados pelas células nas partes afetadas do cérebro e esta tecnologia abre uma nova forma de explorar o que acontece imediatamente após uma pessoa sofrer um destes eventos.

“A tecnologia – que se baseia nas propriedades notáveis ​​do grafeno – vai ajudar a direcionar intervenções cirúrgicas no cérebro e também permitir uma nova compreensão fundamental sobre como as células do nosso cérebro funcionam e interagem num estado de doença”, disse Kostarelos.



Leia Mais: The Guardian

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MUNDO

Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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