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Israel é acusado de bombardear a UTI do Hospital Kamal Adwan, colocando pacientes e médicos em risco | Notícias do conflito Israel-Palestina

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O diretor do Hospital Kamal Adwan, cercado por drones e tanques israelenses, apelou à comunidade internacional para intervir para proteger o hospital do norte de Gaza, enquanto Israel ordenava a evacuação dos pacientes e do pessoal do hospital.

O hospital continua a ser um dos poucos ainda operacionais na área, onde apenas um punhado de médicos permanece para tratar pacientes em meio a uma grave escassez ou esgotamento total de suprimentos médicos essenciais.

“Agora enfrentamos novamente um bombardeamento direto da unidade de cuidados intensivos”, disse o Dr. Hussam Abu Safia numa declaração em vídeo no sábado à noite, apelando à comunidade internacional para proteger o hospital e os seus 66 pacientes restantes, bem como o pessoal médico.

“A creche, a maternidade e todos os departamentos do hospital estão sendo alvo das forças de ocupação com todos os tipos de armas, incluindo tiros de franco-atiradores, bombas de tanques e quadricópteros”, acrescentou.

“Há mais de uma hora, bombas estão chovendo sobre nós de todos os cantos, quilômetros e direções.”

Hani Mahmoud, da Al Jazeera, reportando da vizinha Deir el-Balah, disse: “O que estamos vendo agora é um ataque deliberado à unidade de saúde”.

“Os militares israelenses ordenaram a evacuação do hospital, mas também criaram um ambiente intimidador que faz as pessoas sentirem que não é seguro sair.”

Mahmoud acrescentou que o contato com os sitiados no hospital foi perdido durante a noite.

Imagens verificadas pela Al Jazeera mostraram palestinos feridos abrigando-se nos corredores do hospital, longe das janelas, depois que as forças israelenses abriram fogo contra as instalações. Apesar disso, disse Mahmoud, “muitos feridos” foram relatados quando as balas penetraram nas paredes, danificando também equipamentos.

Correspondentes árabes da Al Jazeera em Gaza também disseram que perderam contato com jornalistas dentro do hospital em meio ao ataque em curso. Segundo o canal, o Hospital al-Awda, localizado no campo de refugiados de Jabalia, também foi atacado.

Os implacáveis ​​ataques israelenses a instalações médicas, incluindo Kamal Adwan, atraíram uma resposta do chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, que os chamou de “profundamente preocupantes”. Ele pediu um “cessar-fogo imediato” na área que está sitiada há mais de 70 dias.

Mais de 14 meses de ataques israelenses ininterruptos devastaram o enclave e deslocaram quase todos os 2,4 milhões de sua população. Mais de 45 mil pessoas, a maioria crianças e mulheres, foram mortas na ofensiva que causou condenação global.

Israel justifica os seus ataques mortais como uma resposta aos ataques liderados pelo Hamas em 7 de Outubro de 2023, nos quais quase 1.100 pessoas foram mortas e cerca de 250 foram feitas prisioneiras.

Abu Safia disse que as forças israelenses usam o pretexto de que o hospital é uma zona de combate para justificar os ataques ao hospital.

“Nós consideramos o mundo responsável pelo que está a acontecer e pelos nossos repetidos apelos”, disse ele, acrescentando que “parece não haver resposta” aos apelos da comunidade internacional.

34 palestinos mortos em um dia

Autoridades de saúde de Gaza disseram que Israel matou 34 palestinos, incluindo 19 desde a madrugada de domingo, nas últimas 24 horas.

Mahmoud, da Al Jazeera, disse que Gaza evoluiu para “uma caixa de morte com ataques 24 horas por dia”, já que quatro crianças estavam entre as cinco mortas no ataque israelense a Jabalia no domingo.

Pelo menos oito pessoas, incluindo quatro crianças, foram mortas em mais um ataque a uma escola transformada em abrigo para palestinianos deslocados pela guerra. Os militares israelitas confirmaram o ataque de sábado à escola, dizendo que tinha como alvo um “centro de comando e controlo” do Hamas.

Uma mulher inspeciona os danos no local de um ataque israelense que teve como alvo a escola Musa bin Nusayr, no bairro de Al-Daraj, na cidade de Gaza, no domingo. (Omar Al-Qattaa/AFP)

Entretanto, a situação humanitária deteriorou-se em Gaza, especialmente nas zonas do norte, que está sob cerco militar há semanas.

Numa declaração sobre X, o Programa Alimentar Mundial afirmou que desde o início do cerco em Outubro, apresentou 101 pedidos às autoridades israelitas para permitir a entrega de ajuda alimentar ao norte de Gaza, incluindo Beit Hanoon, Beit Lahiya e Jabalia, mas que apenas três deles foram concedidos.

Israel enfrentou acusações de genocídio sobre o bloqueio da ajuda e dos bens de primeira necessidade à Faixa de Gaza. No último relatório, a Human Rights Watch afirmou no início desta semana que, desde Outubro do ano passado, as autoridades israelitas “obstruíram deliberadamente o acesso dos palestinianos à quantidade adequada de água necessária para a sobrevivência na Faixa de Gaza”.

“Mais de um milhão de crianças, toda a população de Gaza é afetada por esta guerra”, disse Rachel Cummings, diretora humanitária da Save the Children em Gaza, à Al Jazeera.

“Vemos crianças profundamente afetadas por este ataque, mas o impacto a médio e longo prazo é assustador”, disse ela. “Oferecemos alívio imediato ao sofrimento, mas sabemos que o que fazemos é uma gota no oceano.”

Os ataques contínuos ocorrem mesmo quando grupos palestinos afirmam que um acordo de cessar-fogo está “mais próximo do que nunca”.

Numa rara declaração conjunta, o Hamas, a Jihad Islâmica Palestiniana e a Frente Popular para a Libertação da Palestina afirmaram que um cessar-fogo em Gaza e um acordo de libertação de prisioneiros eram possíveis desde que Israel não impusesse novas condições nas negociações.

No dia 7 de Outubro do ano passado, os combatentes palestinianos fizeram cerca de 250 prisioneiros, dos quais 96 permanecem em Gaza, incluindo 34 que os militares israelitas afirmam estarem mortos.

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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