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Israel e França fazem jogo tenso em Paris – Esporte – CartaCapital

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Nesta quinta-feira (14), as seleções de futebol da França e de Israel se enfrentam em Paris pela Liga das Nações. Para além da disputa esportiva, há muitas tensões em jogo. Não apenas porque Paris tem sido palco tradicional de manifestações pró-Palestina no contexto da guerra atual, mas também em função dos acontecimentos violentos em Amsterdã, na semana passada, classificados por Israel e diversas lideranças e instituições internacionais como ataques antissemitas contra os israelenses que estavam na cidade para assistir à partida do Maccabi Tel Aviv contra o Ajax, da Holanda.

Israel chama de “pogrom” os ataques contra torcedores do Maccabi Tel Aviv pelas ruas de Amsterdã antes e após a partida contra o Ajax, pela Liga Europa, na semana passada. Pogrom é o termo usado para definir os ataques violentos cometidos contra as comunidades judaicas durante vários séculos ocorridos principalmente na Europa, mas não só.

O episódio em Amsterdã causou muita repercussão em Israel e continua a ser investigado pelas autoridades holandesas. Mas também pelas autoridades de Israel.

Diante dos acontecimentos na Holanda, a tensão é grande em torno da partida desta quinta-feira entre França e Israel pela Liga das Nações em Paris.

O chefe da polícia de Paris, Laurent Nuñez, classificou o jogo como de “alto-risco” e anunciou que a segurança será “extremamente reforçada”. Foram mobilizados entre 4 mil e 5 mil agentes, o triplo dos habituais 1.300 para um jogo lotado. Mil e quinhentos irão se espalhar pelos transportes públicos e pela cidade, e 2.500 vão estar no interior e também nos arredores do estádio.

O presidente francês, Emmanuel Macron, estará presente na partida. Segundo comunicado da presidência francesa, além de demonstrar apoio à seleção nacional, Macron quer “enviar uma mensagem de fraternidade e solidariedade após os atos antissemitas intoleráveis que se seguiram ao jogo em Amsterdã”.

Mas as tensões em jogo têm ramificações políticas: partidos da esquerda francesa buscaram cancelar uma recepção de gala chamada de “Israel É para Sempre” que deve contar com a participação do ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, uma das vozes mais extremistas da atual coalizão de governo israelense.

Smotrich sofre forte oposição interna em Israel, principalmente pela parte da sociedade que defende um acordo que seja capaz de libertar os 101 reféns do país mantidos há mais de um ano em cativeiro pelo Hamas na Faixa de Gaza. Smotrich se opõe a qualquer acordo que resulte na interrupção da guerra.

Manifestantes seguram cartazes e agitam bandeiras palestinas durante um comício organizado por partidos políticos (La France Insoumise – LFI, Les Ecologistes – EELV e Nouveau Parti anticapitaliste – NPA) contra a gala “Israel é para sempre” organizada por figuras franco-israelenses de extrema direita, em Paris, no dia 13 de novembro de 2024.
Foto: Dimitar DILKOFF / AFP

Israel recomenda que torcedores não compareçam ao estádio

O Conselho de Segurança Nacional de Israel emitiu um alerta apelando para os israelenses não comparecerem ao Stade de France. “Nos últimos dias, foram identificados vários apelos entre (grupos) pró-palestinos e apoiadores de grupos terroristas para atacar israelenses e judeus sob o pretexto de protestos e manifestações, aproveitando a presença em massa (em eventos desportivos e culturais) para maximizar os danos e (aumentar) a exposição midiática”, diz o comunicado.

O ministério da Diáspora do governo de Israel publicou uma avaliação sobre os riscos de ataques físicos e virtuais aos judeus na Europa. De acordo com este levantamento, a França é classificada como um país de “alto risco” físico e virtual. A França tem uma população judaica de cerca de 440 mil pessoas, e o ministério israelense identificou mais de um milhão de posts classificados como antissemitas publicados na internet. De dez países, a França ocupa a segunda colocação na lista entre os mais perigosos para os judeus, segundo o levantamento. A Grã-Bretanha está em primeiro lugar.

Para além disso, há também riscos esportivos. O comentarista e jornalista israelense Uri Levy considera haver um movimento para prejudicar Israel nas entidades do futebol das quais o país faz parte.

Ele lembra que na manhã seguinte aos acontecimentos em Amsterdã, a Associação Palestina de Futebol publicou um apelo oficial à FIFA e à UEFA de forma a encorajá-las a afastar Israel das competições internacionais.

“Sem uma resposta significativa das autoridades holandesas e europeias, incluindo a UEFA e a FIFA, esta ação poderia aproximar o isolamento de Israel no mundo dos esportes, e possivelmente espalhar-se para outras áreas”, escreve.

Negociações sobre cessar-fogo entre Israel e Hezbollah

As informações sobre o progresso das negociações para algum tipo de acordo no norte de Israel são tratadas com cautela.

O ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, viajou a Washington para discutir com os norte-americanos os termos de um cessar-fogo no Líbano. Gideon Sa’ar, ministro das Relações Exteriores de Israel, confirmou que há “algum progresso nas conversações”.

A Rádio do Exército de Israel relatou que Dermer fez uma visita secreta à Rússia na semana passada. Os russos se envolveriam para garantir que o Hezbollah não volte a se armar ao longo da fronteira norte de Israel.

O Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse à CBS que está otimista quanto à possibilidade de um acordo ser alcançado em breve.

O cessar-fogo deve ter como base a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU que encerrou a Segunda Guerra do Líbano, em 2006. O impasse neste momento é que Israel exige liberdade para atuar no Líbano, caso o Hezbollah descumpra o acordo. A milícia xiita libanesa não concorda com esta exigência.

A resolução 1701 determina que apenas as forças regulares libanesas e as tropas da ONU podem estar em território libanês abaixo do Rio Litani. Ou seja, o Hezbollah deveria se afastar para ao menos 30 quilômetros de distância da fronteira entre os dois países. A resolução também determina o desarmamento do Hezbollah.

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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