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Israel ordena evacuação dos principais hospitais indonésios de Gaza, Al-Awda | Notícias de Gaza
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10 meses atrásem
As forças israelitas ordenaram a evacuação imediata de funcionários e pacientes de dois dos hospitais mais críticos do norte de Gaza, sob ameaça de ataque, enquanto as Nações Unidas imploravam a Israel para parar os seus ataques a instalações médicas no território sitiado.
Na sexta-feira, soldados israelitas cercaram o Hospital Indonésio em Beit Lahiya, onde muitos palestinianos deslocados procuraram abrigo.
Uma ordem de evacuação separada também foi emitida para o Hospital al-Awda em Jabalia, de acordo com Hani Mahmoud da Al Jazeera, que estava reportando de Deir el-Balah, no centro de Gaza.
Os cuidados de saúde na Faixa de Gaza foram levados à beira do colapso devido aos repetidos ataques das forças israelitas, incluindo a destruição, na semana passada, do Hospital Kamal Adwan. Os hospitais indonésio e al-Awda foram danificados devido aos repetidos ataques israelitas desde Outubro de 2023.
Mahmoud disse que muitos dos que foram tratados ou procuraram abrigo nos dois hospitais vieram do destruído Hospital Kamal Adwan.
“Estamos falando de pessoas em estado muito crítico”, disse ele. “Eles precisam ser conectados a equipamentos médicos e alguns deles sofreram ferimentos graves”.
Imagens do Hospital Indonésio mostram crianças entre os pacientes gravemente feridos.
Mahmoud também informou que as autoridades israelitas bloquearam “qualquer tipo de coordenação” entre o pessoal do hospital e organizações humanitárias independentes, como o Crescente Vermelho.
Israel tem defendido os seus ataques a instalações médicas dizendo que estão a ser usadas por grupos armados palestinianos, mas a ONU tem frequentemente questionado a veracidade das alegações.
Na sexta-feira, o embaixador de Israel na ONU em Genebra, Daniel Meron, publicou nas redes sociais uma carta que enviou à ONU e à Organização Mundial da Saúde, dizendo que o ataque ao Hospital Kamal Adwan, há uma semana, foi “desencadeado por provas irrefutáveis” de que palestinos armados grupos estavam usando o hospital.
Ele disse que as forças israelenses tomaram “medidas extraordinárias para proteger a vida civil, ao mesmo tempo que agiam com base em informações confiáveis”.
Os ataques de Israel às instalações médicas em Gaza levaram o Conselho de Segurança da ONU a realizar uma reunião de emergência na sexta-feira, durante a qual funcionários da ONU imploraram pela proteção dos hospitais.
Na reunião, Chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk disse que Israel não conseguiu fundamentar muitas das suas alegações de que as instalações estavam a ser usadas por combatentes em Gaza, descrevendo as alegações como “muitas vezes vagas e amplas” e em alguns casos “parecem ser contraditas por informações publicamente disponíveis”.
Turk apelou a uma investigação independente sobre todos os ataques israelitas a instalações médicas e profissionais de saúde em Gaza, bem como ao alegado uso indevido de tais instalações.
Rik Peeperkorn, da OMS, instou Israel a rescindir imediatamente as suas ordens de evacuação dos hospitais indonésio e al-Awda.
“Eles estão lutando para permanecer abertos. Os alimentos, a água e o combustível estão a esgotar-se rapidamente”, disse ele na reunião do Conselho de Segurança da ONU, acrescentando que os hospitais têm estado sem muitos medicamentos essenciais nos últimos 85 dias, no meio do novo ataque de Israel ao norte de Gaza.
Peeperkorn disse que a OMS está profundamente preocupada com o destino do diretor do Hospital Kamal Adwan, Dr. Hussam Abu Safia, que foi preso por Israel na semana passada.
“Perdemos contato com ele desde então e pedimos sua libertação imediata”, disse Peeperkorn.
Christina Markus Lassen, embaixadora da Dinamarca na ONU, notou o alerta da OMS sobre um “ataque sistemático ao sistema de saúde em Gaza” e apelou a que o “padrão” fosse “invertido”.
Um relatório recente do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos concluiu que as forças israelitas realizaram mais de 136 ataques aéreos a cerca de 27 hospitais e 12 instalações médicas nos últimos oito meses.
Enquanto isso, as forças israelenses continuam a bombardear áreas em Gaza, matando pelo menos 73 palestinos no território desde a manhã de sexta-feira, disseram fontes médicas à Al Jazeera.
Mahmoud, da Al Jazeera, informou que pelo menos cinco pessoas foram mortas na manhã de sábado num ataque de drone israelita a um comboio de pessoal de segurança contratado para proteger a entrega de camiões comerciais e humanitários.
A Defesa Civil Palestina também informou que marido e mulher, juntamente com seu filho, foram mortos em um ataque israelense a uma casa na rua al-Sahaba, na cidade de Gaza.
Várias pessoas também ficaram feridas depois que caças israelenses bombardearam tendas que abrigavam palestinos deslocados nas proximidades do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa em Deir el-Balah, centro de Gaza, de acordo com nossos colegas árabes da Al Jazeera.
de Israel guerra em Gaza matou pelo menos 45.658 palestinos e feriu 108.583 desde 7 de outubro de 2023. Pelo menos 1.139 pessoas foram mortas em Israel durante os ataques liderados pelo Hamas naquele dia e cerca de 250 outras foram feitas prisioneiras.
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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre
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1 dia atrásem
12 de novembro de 2025A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.
Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.
Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.”
A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”
Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.”
Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”
A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde.
Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.
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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre
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2 dias atrásem
11 de novembro de 2025O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.
Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria.
“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”
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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.
Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.
O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”
Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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