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Isto é algo que devemos fazer para reformar o nosso disfuncional sistema de saúde | Bernie Sanders

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Bernie Sanders

Ódurante o ano passado, tive o privilégio de servir como presidente da comissão do Senado dos EUA sobre saúde, educação, trabalho e pensões (Help). Ao sair dessa posição, permitam-me refletir sobre onde penso que o nosso país deveria ir na área da saúde e os obstáculos que enfrentamos.

Somos a nação mais rica da Terra. Não há nenhuma razão racional para não sermos a nação mais saudável da Terra. Deveríamos liderar o mundo em termos de esperança de vida, prevenção de doenças, baixa mortalidade infantil e materna, qualidade de vida e felicidade humana. Infelizmente, estudo após estudo mostra exatamente o oposto. Apesar de gastarmos quase o dobro per capita em cuidados de saúde, estamos atrás da maioria das nações ricas em todas estas áreas.

Se quisermos reformar o nosso sistema de saúde falido e disfuncional e “Tornar a América saudável novamente”, isto é alguns do que devemos fazer.

Medicare para todos

A saúde é um direito humano. A função de um sistema de saúde racional é garantir cuidados de saúde de qualidade para todos e não enormes lucros para o sector dos seguros. Os Estados Unidos não podem continuar a ser a única nação rica que não oferece cuidados de saúde universais. Não é aceitável que, embora gastem quase 18% do nosso PIB em cuidados de saúde, milhões de americanos adiem a ida ao médico e que 60.000 americanos morram todos os anos porque não podem pagar os cuidados de que necessitam.

Reduza o custo dos medicamentos prescritos

Como americanos, não deveríamos pagar, de longe, os preços mais elevados do mundo por medicamentos que salvam vidas. É absurdo que, embora a indústria farmacêutica beneficie de enormes lucros e benefícios provenientes da investigação dos contribuintes dos EUA, um em cada quatro americanos não possa dar-se ao luxo de comprar os medicamentos prescritos pelos seus médicos. Temos de reduzir para metade os preços dos medicamentos sujeitos a receita médica, garantindo que não pagamos mais pelos medicamentos do que os europeus ou canadianos.

Os trabalhadores não deveriam ter que ir trabalhar quando estão doentes. As mães e os pais devem ter tempo suficiente para ficar em casa com os seus bebés recém-nascidos. Um pai não deve ser demitido quando fica em casa com um filho doente. Devemos garantir pelo menos 12 semanas de licença médica e familiar remunerada a todos os trabalhadores na América.

Reformar a indústria alimentar

As grandes empresas alimentares não devem obter lucros recordes, tornando as crianças viciadas em alimentos processados, o que as torna com excesso de peso e propensas à diabetes e a outras doenças. Para começar, temos de proibir anúncios de junk food dirigidos a crianças e colocar rótulos de advertência fortes em produtos ricos em açúcar, sal e gordura saturada. A longo prazo, poderemos reconstruir a América rural com explorações agrícolas familiares que produzam alimentos saudáveis ​​e nutritivos.

Aumentar o salário mínimo para um salário mínimo

Milhões de trabalhadores não deveriam ter que se preocupar em como pagarão o aluguel ou comprarão comida para seus filhos. Os americanos da classe trabalhadora vivem vidas muito mais curtas do que os ricos devido ao stress de tentar sobreviver com uma existência de salário em salário. O estresse mata. O estresse nos deixa doentes. Devemos aumentar o salário mínimo para pelo menos US$ 17 por hora.

Reduzir a semana de trabalho para 32 horas sem perda de salário

As pessoas viverão vidas mais longas e saudáveis ​​se puderem passar mais tempo com a família e amigos e tiverem a oportunidade de desfrutar dos seus momentos de lazer. Os avanços na tecnologia, na automação e na inteligência artificial devem beneficiar os trabalhadores, e não apenas os bilionários de Wall Street ou de Silicon Valley.

Combater a epidemia de solidão, isolamento e doenças mentais

Demasiados americanos lutam contra uma ansiedade intensa e “doenças de desespero” – alcoolismo, dependência de drogas e até suicídio. Não só precisamos de aumentar significativamente o acesso aos cuidados de saúde mental, como também devemos reconstruir o nosso sentido de comunidade e criar uma cultura na qual possamos desfrutar e apreciar melhor uns aos outros como seres humanos. Devemos também analisar com atenção o impacto que os smartphones e as redes sociais estão a ter na nossa saúde física e mental.

Enfrentar a crise climática e ambiental

Todos os americanos são afetados quando a temperatura da Terra aumenta e o ar que respiramos fica poluído. A crise climática e as perturbações climáticas extremas causarão sofrimento e doenças mais generalizados, perturbações económicas e deslocação da população. A poluição do ar é um importante fator de risco para doenças respiratórias e cardíacas, câncer e outros problemas de saúde. Não podemos permitir que a indústria dos combustíveis fósseis continue a adoecer-nos, a encurtar as nossas vidas e a destruir o planeta.

Criar um sistema de ensino público de alta qualidade

A educação ao longo da vida é um direito humano e deve ser acessível a todos numa nação rica como a nossa. A saúde, a esperança de vida e o bem-estar económico estão frequentemente ligados ao nível de escolaridade. Em vez de gastar 1 bilião de dólares por ano nas forças armadas, deveríamos garantir que todos os americanos, desde os cuidados infantis até à pós-graduação, possam desfrutar de educação e formação profissional gratuitas e de alta qualidade.

Sejamos claros. O caminho a seguir para criar uma sociedade saudável não é radical ou complicado. Muitos dos componentes que descrevi já existem, de uma forma ou de outra, em vários países do mundo.

O nosso verdadeiro problema não é tanto uma crise de saúde, mas sim uma crise política e económica. Precisamos acabar com o nível sem precedentes de ganância corporativa que estamos enfrentando. Precisamos criar um governo e uma economia que funcionem para todos e não apenas para os poucos ricos e poderosos.

  • Bernie Sanders é senador dos EUA e presidente do comitê de educação em saúde, trabalho e pensões. Ele representa o estado de Vermont e é o mais antigo independente na história do Congresso



Leia Mais: The Guardian

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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