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Jogo que evoca o ataque do Hamas em 7 de outubro retirado após apelo da polícia, diz o criador | Entretenimento

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7 meses atrásem
Um jogo de computador que permite aos usuários recriar aspectos do ataque do Hamas em 7 de outubro a Israel foi removido da popular plataforma de jogos Steam no Reino Unido a pedido da polícia antiterrorista, segundo e-mails e o criador do jogo.
Fursan al-Aqsa: Os Cavaleiros da Mesquita Al-Aqsa, lançado em 2022, permite aos jogadores jogar como o personagem fictício “Ahmad al-Falastini”, um jovem estudante palestino, enquanto ele se vinga dos soldados israelenses que o torturaram e mataram seu família.
Uma versão atualizada do jogo chamada Operação al-Aqsa Flood, nome que o Hamas usa para seu ataque de 7 de outubro de 2023, foi lançada no Steam no início deste mês.
Uma cena do jogo mostra o personagem principal entrando na base militar israelense de Re’im através de uma asa delta motorizada, semelhante às incursões feitas por combatentes do Hamas em 7 de outubro, enquanto usava um lenço verde na testa. Verde é a cor da bandeira do Hamas.
Os combatentes então atacam soldados e veículos israelenses e executam uma linha de soldados desarmados com tiros na nuca.
O distribuidor do jogo disse ao desenvolvedor Nidal Nijm que havia removido o jogo a pedido da polícia do Reino Unido, de acordo com e-mails vistos pela Al Jazeera.
Em um e-mail de 24 de outubro, a Valve Corporation disse a Nijm que havia sido contatada pela Unidade de Referência Antiterrorista na Internet, mas não compartilhou mais detalhes.
“Tal como acontece com qualquer autoridade de uma região que supervisiona e rege o conteúdo que pode ser disponibilizado, temos de cumprir os seus pedidos. Infelizmente, não tenho um contato disponível para encaminhá-lo”, dizia o e-mail.
Nem a Valve Corporation, nem a Steam, nem a Polícia Metropolitana do Reino Unido, que supervisiona a Unidade de Referência Antiterrorista na Internet, responderam imediatamente aos pedidos de comentários da Al Jazeera.
A Operação Al-Aqsa Flood continua disponível no Steam em outros países, exceto Alemanha e Austrália, onde o jogo é restrito devido a regras relativas a restrições de idade.
Nijm, que se identifica como um brasileiro muçulmano, disse que seu jogo pretendia ser um protesto político e não era afiliado a nenhum grupo palestino específico.
Ele disse que seu pai era membro do Fatah e lutou na Guerra Civil Libanesa antes de se mudar para o Brasil.
“Tentei mostrar que nós, palestinos, temos o direito de resistir contra a ocupação israelense e o genocídio que vemos claramente diariamente nas notícias. Mas também gosto de ficar sempre ‘abaixo da linha vermelha’ entre a liberdade de expressão e a ‘propaganda terrorista’”, disse Nijm à Al Jazeera.
A cena cortada da Operação Al-Aqsa Flood pretendia ser provocativa e “para ‘desencadear’ os sionistas”, disse Nim, mas a jogabilidade em si é mais atenuada, com os jogadores falhando imediatamente se atirarem em civis desarmados.
Nijm disse que se seu jogo for proibido no Reino Unido, as autoridades também deveriam proibir Call of Duty Black Ops 6, um jogo de tiro em primeira pessoa ambientado durante a Guerra do Golfo que permite que as pessoas joguem como soldados americanos e matem soldados iraquianos.
“Eu não culpo a Valve nem o Steam; a culpa é do governo e das autoridades do Reino Unido que estão irritados com um videogame. Seguindo sua lógica falha, o mais recente Call of Duty Black Ops 6 também deveria ser banido”, disse ele.
“Enquanto você joga como um soldado americano e vai ao Iraque para matar o povo iraquiano. O que posso dizer é que vemos claramente a duplicidade de critérios.”
Nijm disse que o jogo foi baixado por cerca de 50 mil usuários.
As críticas no Steam são mistas, com alguns usuários elogiando sua mensagem política e outros criticando a qualidade dos gráficos.
“(O jogo) é muito divertido de jogar, embora um pouco estranho, e é uma boa atualização da constante propaganda dos EUA no gênero de tiro”, escreveu um usuário do Steam.
As avaliações profissionais foram mais negativas.
Emanuel Maiberg, redator da 404 Media, que relatou pela primeira vez sobre a proibição no Reino Unido, disse que o jogo “é uma merda” e de “mau gosto”, embora tenha reconhecido suas semelhanças com a série Call of Duty.
O Steam foi criticado nas redes sociais por causa de Fursan al-Aqsa: Os Cavaleiros da Mesquita Al-Aqsa e outros conteúdos pró-Palestina antes da proibição do Reino Unido ou do lançamento da atualização temática de 7 de outubro.
No final do ano passado, o influenciador de direita Chaya Raichik, que atende pelo apelido de Libs of TikTok, disse que o jogo de Nijm permitia aos jogadores simular ser um “te*ro*ista do Hamas que mata judeus na Cidade Velha de Jerusalém enquanto grita ‘Allahu Akbar.’”
“Dezenas de comentários apoiam o apelo ao g*noc*de dos judeus. Isso está disponível para seus filhos brincarem”, disse Raichik no X.
Em abril, alguns usuários do Steam pediram um boicote à plataforma depois que ela lançou o jogo Toofan AlAqsa, um jogo de tiro em primeira pessoa que permite aos usuários atirar em soldados israelenses.
“Como não há violência suficiente propagada contra judeus em todo o mundo, o @Steam achou que seria uma ótima ideia lançar um jogo destinado a atirar em judeus”, disse Stop Antisemitism, um grupo de defesa dos EUA, no X.
O ataque do Hamas em 7 de outubro matou 1.139 pessoas e feriu mais de 8.700 outras, segundo as autoridades israelenses.
A guerra subsequente de Israel em Gaza matou pelo menos 44.282 palestinos e feriu mais de 104 mil outros, segundo as autoridades de Gaza.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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