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Juíza do AC se sensibiliza com sogra em tratamento de câncer e raspa cabelo para doar a mulheres com a doença

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A juíza do Acre Rogéria Epaminondas, de 44 anos, realizou um desejo que surgiu desde que a sogra, Maria Elcilene Mesquita, de 53, foi diagnosticada com câncer de útero em 2020. Ela raspou o cabelo e doou para mulheres em tratamento da doença para que possam fazer uma peruca. O alto preço das laces – perucas hiper-realistas – também motivaram a magistrada.

Ela pesquisou os preços de perucas e laces quando o cabelo da sogra começou a cair e descobriu que o acessório não era assim tão acessível. Rogéria atua como titular da 1ª Vara da Infância e Juventude da Comarca de Rio Branco.

Inicialmente, a ideia era de que a doação seria feita para a sogra, mas, Maria Elcilene preferiu usar turbantes e outros acessórios quando o cabelo começou a cair ano passado. Mesmo assim, Rogéria relembra que a vontade de doar o cabelo crescia dentro dela a medida em que seguia acompanhando a sogra nas sessões de quimioterapia no Hospital do Câncer do Acre (Unacom), em Rio Branco.

O cabelo de Maria Elcilene já voltou a crescer e ela segue em tratamento. Segundo a magistrada, a sogra reage bem ao tratamento.

“Não fiz a doação para fazer para minha sogra, mas continuei com a vontade de doar meu cabelo para alguém porque vi o quanto é caro, não é acessível e as mulheres que estão passando por isso ficam muito fragilizadas com relação a autoestima. Minha sogra passou muito mal e isso afeta o ânimo, os sentimentos. Então, o quanto a gente puder, nesse momento crítico, levar um pouco de alegria para o semblante da mulher que está passando por isso, faz com ela tenha esperança, porque sente que estar bem”, explicou a juíza.

No último dia 16, a magistrada procurou uma amiga cabeleireira, com quem já tinha expressado a vontade de raspar o cabelo, e resolveu cortar as madeixas. A peruca ainda não foi montada e ela não sabe quem vai ser a beneficiada com o cabelo dela.

“Essa cabeleireira é minha amiga há muito anos e sei que teria todo cuidado e realmente vai fazer a peruca e aproveitar o cabelo. Tenho certeza que a peruca vai ter a destinação certa, vai ser feita de qualidade e atenderá uma mulher que precisa. Ainda não está pronta e não sei quem vai ganhar, quero conhecê-la e conversar”, ressaltou.

Rogéria acompanha a sogra Maria Elcilene nas sessões de quimioterapia no Unacom — Foto: Arquivo pessoal

Rogéria acompanha a sogra Maria Elcilene nas sessões de quimioterapia no Unacom — Foto: Arquivo pessoal

Importância

Rogéria falou que em nenhum momento ficou preocupada com o visual, se iria achar estranho ou se arrepender de raspar a cabeça. Para ela, o desejo sempre foi de ajudar e levar um pouco de felicidade e esperança para quem enfrenta diariamente uma luta contra a doença.

A juíza acrescentou que quer incentivar outras mulheres a também doarem o cabelo ou qualquer outra coisa que amenize os momentos de tristeza e desânimo que surgem durante o tratamento.

“Minha filha de 9 anos também quer doar o cabelo para alguma criança, se motivou em mim, e quer fazer também. Muita vezes a pessoa pode fazer outra coisa, não precisa doar o cabelo. Pode ser doação de roupa, aquela bolsa que está guardada e não usamos mais, fazer um kit de higiene pessoal, um batom, um lenço, turbante, enfim. No Unacom é um entra e sai de gente que precisa”, incentivou.

A juíza contou que recebeu apoio e força do marido e da família antes e depois do corte do cabelo. No dia, Rogéria recorda que ficou muito emocionada e feliz. A atitude também deixou o marido e a sogra emocionados.

“Eu amo ajudar as pessoas, essa é a minha razão de estar no mundo. Senti uma emoção tão grande, foi muito gratificante e gostaria de fazer mais. Têm muitos anônimos que não só doam cabelo, mas fazem outras coisas, ajudam crianças e até homens que passam por isso. Sinto como um privilégio”, concluiu.

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Deslizamentos de terra, filas para conseguir alimento e moradores sem casa: como está a situação no AC após cheia histórica

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Capital estima prejuízo de R$ 200 milhões e recuperação pode levar até um ano. Em Brasiléia e Rio Branco, mais de 200 pessoas não têm mais casa para voltar.

Deslizamentos de terra, casas arrastadas pelo Rio Acre, famílias desabrigadas e filas quilométricas para conseguir uma cesta básica. Estas são algumas das dificuldades vivenciadas pelos atingidos pela cheia do Rio Acre que buscam recomeçar após a baixa das águas.

Há mais de 10 dias, o manancial atingia uma marca histórica que impactou a vida de mais de 70 mil rio-branquenses. Os efeitos dessa enchente, no entanto, continuam a afetar a população.

👉 Contexto: o Rio Acre ficou mais de uma semana acima dos 17 metros e alcançou o maior nível do ano, de 17,89 metros, no dia 6 de março, há mais uma semana. Essa foi a segunda maior cheia da história, desde que a medição começou a ser feita, em 1971. A maior cota histórica já registrada é de 18,40 metros, em 2015.

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Acre tem mais de 120 vagas de emprego nesta segunda-feira; confira as oportunidades

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O Sistema Nacional de Emprego do Acre (Sine) divulga 123 vagas de emprego para diversas áreas nesta segunda-feira (18) em Rio Branco.

Para se candidatar às vagas, que podem ser rotativas, os candidatos devem ter um cadastro no Sine. Para fazer, é preciso levar Carteira de Trabalho, comprovante de endereço e escolaridade, RG/CPF e título de eleitor para realizar o cadastro.



O atendimento ocorre por telefone, onde o Sine fornece mais informações sobre as oportunidades divulgadas. Para conferir se as vagas ainda estão disponíveis, basta entrar em contato através dos telefones 0800 647 8182 ou (68) 3224-5094.

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Cerca de 100 famílias que perderam suas casas após cheia do Rio Acre já podem buscar aluguel social

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Pelo menos 100 famílias que estão abrigadas no Parque de Exposições Wildy Viana, em Rio Branco, por não ter para onde ir após a cheia do Rio Acre, já estão autorizadas a procurar casas para alugar e serem contempladas com o aluguel social. O subsídio será liberado pela Defesa Civil Municipal para pessoas que tiveram suas casas destruídas ou condenadas pela enchente.

👉 Contexto: O Rio Acre ultrapassou a cota de transbordo, que é 14 metros, dia 23 de fevereiro. Já no dia 29 do mesmo mês, seis dias depois, o manancial atingiu a marca de 17 metros e permaneceu acima da marcação até o dia 8 de março, quando baixou para 16,59 metros.



No dia 6 de março, o manancial alcançou a maior cota do ano – 17,89 metros. A cheia deste ano foi a segunda maior da história desde que a medição começou a ser feita em 1971. A maior cota já registrada é de 18,40 metros em 2015. À época, mais de 100 mil pessoas foram atingidas pela cheia.

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