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Kamala Harris enfrentando Donald Trump, o confronto de duas visões de mundo
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CNão é nenhuma surpresa: os eleitores americanos escolhem o seu presidente com base em considerações internas. No outono de 2024, a inflação, o direito ao aborto, a crise migratória e até a preservação da democracia constituem os assuntos mais debatidos. A política externa permanece em segundo lugar, mesmo que os ecos das guerras na Ucrânia, em Gaza e agora no Líbano tenham pontuado a campanha.
Mas, na realidade, já não existe uma distinção clara entre questões internas e externas. Joe Biden teorizou isso durante seu primeiro discurso de política externa em fevereiro de 2021 : “Não existe mais uma linha clara entre política externa e política interna. Todas as ações que tomarmos no estrangeiro devem ser realizadas tendo em mente as famílias trabalhadoras da América. A promoção de uma política externa pró-classe média requer um foco urgente na nossa renovação económica interna. » A defesa dos empregos americanos, a rejeição dos emblemáticos acordos de comércio livre da década de 1990 e a ausência de apetite por qualquer nova guerra formam um novo consenso em Washington, do qual cada um tira conclusões diferentes.
A este respeito, o contraste entre Donald Trump e Kamala Harris é impressionante. A eleição presidencial de 5 de Novembro é também um referendo sobre o lugar dos Estados Unidos no concerto, ou melhor, no choque de nações. Uma votação sobre os valores e interesses americanos. Uma escolha entre a clássica defesa do multilateralismo e uma visão de um mundo caótico, de uma selva, onde Washington deveria privilegiar o equilíbrio de poder em detrimento da cooperação.
“Esta eleição tem uma enorme importância históricasublinha Charles Kupchan, professor de relações internacionais e especialista do think tank Council on Foreign Relations. Hoje, o centro político das democracias liberais está em dificuldades, seja aqui na França, na Alemanha, na Itália ou no Brasil. Se Trump vencer, seria um sinal muito preocupante para o futuro da moderação ideológica no mundo ocidental. » Nos Estados Unidos, acrescenta Charles Kupchan, a política externa tornou-se objecto de forte polarização entre democratas e republicanos, uma vez que estes últimos, sob o domínio do movimento MAGA (Make America Great Again), já não formam “um partido internacionalista”.
A política externa é abordada sem nuances para prejudicar a credibilidade do adversário. Os candidatos acusam-se mutuamente de fraqueza, mas num sentido diferente da palavra. Donald Trump denuncia a retirada caótica do Afeganistão em 2021 para destacar o suposto desrespeito da administração Biden-Harris pela reputação da América e pelo destino dos seus soldados. Por outro lado, Kamala Harris enfatiza a venalidade e o narcisismo do seu oponente, que o tornam uma presa fácil para os inimigos dos Estados Unidos.
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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre
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4 de novembro de 2025O curso de Letras/Libras da Ufac realizou, nessa segunda-feira, 3, a abertura de sua 8ª Semana Acadêmica, com o tema “Povo Surdo: Entrelaçamentos entre Línguas e Culturas”. A programação continua até quarta-feira, 5, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, com palestras, minicursos e mesas-redondas que abordam o bilinguismo, a educação inclusiva e as práticas pedagógicas voltadas à comunidade surda.
“A Semana de Letras/Libras é um momento importante para o curso e para a universidade”, disse a pró-reitora de Graduação, Edinaceli Damasceno. “Reúne alunos, professores e a comunidade surda em torno de um diálogo sobre educação, cultura e inclusão. Ainda enfrentamos desafios, mas o curso tem se consolidado como um dos mais importantes da Ufac.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou que o evento representa um espaço de transformação institucional. “A semana provoca uma reflexão sobre a necessidade de acolher o povo surdo e integrar essa diversidade. A inclusão não é mais uma escolha, é uma necessidade. As universidades precisam se mobilizar para acompanhar as mudanças sociais e culturais, e o curso de Libras tem um papel fundamental nesse processo.”

A organizadora da semana, Karlene Souza, destacou que o evento celebra os 11 anos do curso e marca um momento de fortalecimento da extensão universitária. “Essa é uma oportunidade de promover discussões sobre bilinguismo e educação de surdos com nossos alunos, egressos e a comunidade externa. Convidamos pesquisadores e professores surdos para compartilhar experiências e ampliar o debate sobre as políticas públicas de educação bilíngue.”
A palestra de abertura foi ministrada pela professora da Universidade Federal do Paraná, Sueli Fernandes, referência nacional nos estudos sobre bilinguismo e ensino de português como segunda língua para surdos.
O evento também conta com a participação de representantes da Secretaria de Estado de Educação e Cultura, da Secretaria Municipal de Educação, do Centro de Apoio ao Surdo e de profissionais que atuam na gestão da educação especial.
(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) comunica que estão abertas as inscrições até esta segunda-feira, 3, para o mestrado profissional em Administração Pública (Profiap). São oferecidas oito vagas para servidores da Ufac, duas para instituições de ensino federais e quatro para ampla concorrência.
Confira mais informações e o QR code na imagem abaixo:
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Atlética Sinistra conquista 5º título em disputa de baterias em RO — Universidade Federal do Acre
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6 dias atrásem
31 de outubro de 2025A atlética Sinistra, do curso de Medicina da Ufac, participou, entre os dias 22 e 26 de outubro, do 10º Intermed Rondônia-Acre, sediado pela atlética Marreta, em Porto Velho. O evento reuniu estudantes de diferentes instituições dos dois Estados em competições esportivas e culturais, com destaque para a tradicional disputa de baterias universitárias.
Na competição musical, a bateria da atlética Sinistra conquistou o pentacampeonato do Intermed (2018, 2019, 2023, 2024 e 2025), tornando-se a mais premiada da história do evento. O grupo superou sete concorrentes do Acre e de Rondônia, com uma apresentação que se destacou pela técnica, criatividade e entrosamento.
Além do título principal, a bateria levou quase todos os prêmios individuais da disputa, incluindo melhor estandarte, chocalho, tamborim, mestre de bateria, surdos de marcação e surdos de terceira.
Nas modalidades esportivas, a Sinistra obteve o terceiro lugar geral, sendo a única equipe fora de Porto Velho a subir no pódio, por uma diferença mínima de pontos do segundo colocado.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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