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Khvicha Kvaratskhelia, o extremo georgiano que colocou o Nápoles de pé, foi transferido para o PSG

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Khvicha Kvaratskhelia comemora um gol durante partida contra o AC Milan em 29 de outubro de 2024, no estádio San Siro.

A Ligue 1 tem mais um jogador de futebol georgiano na sua pequena diáspora. O mais prestigiado deles junta-se aos seus compatriotas Zuriko Davitashvili e Georges Mikautadze, irmãos inimigos de Saint-Etienne e Lyon. Aos 23 anos, Khvicha Kvaratskhelia foi transferido, Sexta-feira, 17 de janeiro, no Paris Saint-Germain. O PSG anunciou a novidade às 22h15 nas redes sociais. A estrela do SSC Nápoles assinou contrato com o clube da capital até junho de 2029. De acordo com A equipeo valor da transação rondaria os 70 milhões de euros, excluindo bónus.

Quinta-feira à noite, em um vídeo longo, “muito sentimental”publicado em sua conta do Instagramo georgiano não economizou “nos violinos” para se despedir do povo napolitano. Vimo-lo, com a mulher, a caminhar uma última vez, debaixo de chuva, pelo relvado do estádio Diego-Armando-Maradona. Também deu uma última olhada na Baía de Nápoles e tocou longamente a bola esculpida colocada na estátua do ídolo argentino, seu mais glorioso antecessor. “É difícil, mas é hora de dizer adeus. Desejo-lhe sucesso para esta cidade, para este povo, para o scudettoe o título de campeão da Itália »ele disse.

Apelidado de “Kvaradona” na cidade do sul da Itália, o que o tornou o sucessor do ícone argentino Diego Maradona desde que ele trouxe de volta o scudetto (título de campeão italiano) no “Napoli” em 2023, o neo-parisiense é um atacante talentoso, que joga na ala esquerda, de onde sabe marcar e distribuir assistências. Tudo isto com os dois pés, pois, tal como o seu novo companheiro na outra ala do PSG, Ousmane Dembélé, é ambidestro.

Um atacante talentoso

Durante a temporada 2022-2023, aquela de sua chegada à Itália e da primeira coroação napolitana desde 1990 e da era Maradona, o atacante georgiano marcou 12 gols e ofereceu 13 assistências aos seus parceiros. Antes de ser – logicamente – eleito o melhor jogador da Série A, o campeonato italiano. No mesmo ano, foi eleito o melhor jogador jovem da Liga dos Campeões.

Depois de duas temporadas aos pés do Vesúvio, Khvicha Kvaratskhelia queria ir para outro lugar. No verão de 2024, ele já sonhava com o PSG. « (Eu) pediu para sair do clube »confirmou seu técnico, Antonio Conte, no sábado, 11 de janeiro, em entrevista coletiva. Ele relatou « (no) grande decepção » com a ideia de perder “um jogador importante” que ele vinha tentando, há seis meses, “fazer você se sentir no centro do projeto” Napolitano.

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Treinado no Dínamo Tbilisi, assim como seu compatriota Davitashvili – que marcou uma soberba cobrança de falta contra o PSG no domingo, 12 de janeiro – este talentoso atacante teve grande participação na grande primeira campanha internacional de sua seleção durante a Euro 2024. Frente em Portugal por Cristiano Ronaldo, na terceira decisiva jogo da primeira rodada, “Kvara” marcou o primeiro gol da vitória (2-0) que impulsionou a Geórgia para as oitavas de final. Na Alemanha, foi então eliminado pelos futuros campeões europeus espanhóis (1-4).

Herdeiro digno no jogo do “Brasil Soviético”

Internacional desde os 18 anos, em 2019, Khvicha Kvaratskhelia encarna o renascimento do futebol georgiano, brilhante durante a era soviética, mas em declínio durante décadas. Até poucos anos atrás, lutadores, judocas e jogadores de rugby – que se espalharam pelo rugby profissional francês – eram os únicos a fazer brilhar as cores do país em escala internacional.

Leia o relatório (2021): Artigo reservado para nossos assinantes Para a Geórgia, o caminho para o rugby passa pela França

Foi também na Rússia – no Lokomotiv Moscovo, depois no Rubin Kazan – que o agora ex-napolitano se exilou, entre 2019 e 2022, para atingir um marco. Durante a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, o extremo voltou correndo para seu país natal, passando três meses na costa do Mar Negro, no Dinamo Batumi.

Desde a independência da Geórgia, o clube fundador do fenómeno, o Dinamo Tbilisi, conquistou dezanove títulos da liga. Mas, apesar de um estádio com 55 mil lugares e da formação de excelentes jogadores, os anos prósperos do período soviético parecem distantes. Em 1964 e 1978, a seleção georgiana tornou-se um dos três clubes de repúblicas socialistas além da Rússia – com o Ararat Yerevan para a Arménia e o Dínamo Minsk para a Bielorrússia – a vencer o campeonato da URSS.

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Em 1981, Tbilisi até ganhou uma Taça dos Campeões Europeus, a agora extinta Taça das Taças. “No Ocidente, fomos levados por um time soviético clássico, como os clubes de Moscou. Surpreendemos a todos porque jogamos de forma diferente. Fomos apelidados de “Brasil Soviético””lembrou o ex-goleiro do clube, Otar Gabelia, recebido por O Mundo em 2018, à margem da Copa do Mundo da Rússia. Com o apelido em homenagem ao gênio do futebol argentino, “Kvaradona” tornou-se um digno herdeiro desta tradição virtuosa do futebol caucasiano, com sotaque sul-americano. Se ele mantiver o seu nível em Paris, o público no Parc des Princes deverá rapidamente ser conquistado pelos seus arabescos.

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Evento no PZ para estudantes do Ifac difunde espécies botânicas — Universidade Federal do Acre

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A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) da Ufac realizou a abertura do Floresta em Evidência, nesta quarta-feira, 20, no auditório da Associação dos Docentes (Adufac). O projeto de extensão segue até quinta-feira, 21, desenvolvido pelo Herbário do Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac em parceria com o Instituto Federal do Acre (Ifac) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A iniciativa tem como público-alvo estudantes do campus Transacreana do Ifac.

O projeto busca difundir conhecimentos teóricos e práticos sobre coleta, identificação e preservação de espécies botânicas, contribuindo para valorização da biodiversidade amazônica e fortalecimento da pesquisa científica na região.

Representando a Proex, a professora Keiti Roseani Mendes Pereira enfatizou a importância da extensão universitária como espaço de democratização do conhecimento. “A extensão nos permite sair dos muros da universidade e alcançar a sociedade.”

O coordenador do PZ, Harley Araújo, destacou a contribuição do parque para a conservação ambiental e a formação de profissionais. “A documentação botânica está diretamente ligada à conservação. O PZ é uma unidade integradora da universidade que abriga mais de 400 espécies de animais e mais de 340 espécies florestais nativas.”

A professora do Ifac, Rosana Cavalcante, lembrou que a articulação entre instituições é fundamental para consolidar a pesquisa no Acre. “Ninguém faz ciência sozinho. Esse curso é fruto de parcerias e amizades acadêmicas que nos permitem avançar. Para mim, voltar à Ufac nesse contexto é motivo de grande emoção.”

A pesquisadora Viviane Stern ressaltou a relevância da etnobotânica como campo de estudo voltado para a interação entre pessoas e plantas. “A Amazônia é enorme e diversa; conhecer essa relação entre comunidades e a floresta é essencial para compreender e preservar. Estou muito feliz com a recepção e em poder colaborar com esse trabalho em parceria com a Ufac e o Ifac.”

O evento contou ainda com a palestra da professora Andréa Rocha (Ufac), que abordou o tema “Justiça Climática e Produção Acadêmica na Amazônia”.

Nesta quarta-feira, à tarde, no PZ, ocorre a parte teórica do minicurso “Coleta e Herborização: Apoiando a Documentação da Sociobiodiversidade na Amazônia”. Na quinta-feira, 21, será realizada a etapa prática do curso, também no PZ, encerrando o evento.



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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.

A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.

Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.

O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.

A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.



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Professora da Ufac é nomeada membro afiliada da ABC — Universidade Federal do Acre

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A professora da Ufac, Simone Reis, foi nomeada membro afiliada da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na terça-feira (5), em cerimônia realizada na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém (PA). A escolha reconhece sua trajetória acadêmica e a pesquisa de pós-doutorado desenvolvida na Universidade de Oxford, na Inglaterra, com foco em biodiversidade, ecologia e conservação.

A ABC busca estimular a continuidade do trabalho científico de seus membros, promover a pesquisa nacional e difundir a ciência. Todos os anos, cinco jovens cientistas são indicados e eleitos por membros titulares para integrar a categoria de membros afiliados, criada em 2007 para reconhecer e incentivar novos talentos na ciência brasileira.
“Nunca imaginei estar nesse time e fiquei muito surpresa por isso. Espero contribuir com pesquisas científicas, parcerias internacionais e discussões ecológicas junto à ABC”, disse a professora Simone Reis.



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