NOSSAS REDES

ACRE

Lafarge e oito pessoas serão julgadas por “financiar o terrorismo” através da subsidiária síria do grupo

PUBLICADO

em

Três juízes de instrução ordenaram, quarta-feira, 16 de outubro, a realização de um julgamento por financiamento do terrorismo contra o grupo Lafarge e oito pessoas, incluindo ex-gestores, acusados ​​de terem continuado as atividades da cimenteira na Síria até 2014, anunciou a agência France-Presse (AFP). ), citando fontes próximas ao assunto.

Todos os envolvidos “terem, numa lógica de procura de lucros para a entidade económica que serviam, ou para algum lucro pessoal direto, organizado, validado, facilitado ou implementado uma política que envolve o envio de financiamento a organizações terroristas estabelecidas em redor da fábrica de cimento” de Jalabiya (Síria), de acordo com a ordem de encaminhamento ao tribunal criminal consultada pela AFP.

O grupo Lafarge, hoje subsidiária do grupo suíço Holcim, e os oito arguidos – membros da cadeia operacional ou da cadeia de segurança, intermediários sírios, bem como o então diretor-geral da Lafarge SA, Bruno Lafont – serão julgados por financiamento empresas terroristas e, para alguns, incumprimento de sanções financeiras internacionais, de 4 de novembro a 9 de dezembro de 2025, de acordo com um calendário provisório.

“Lafarge SA toma nota da decisão dos magistrados de instrução neste caso herdado do passado”reagiu o grupo em um breve comunicado enviado à AFP. Instrução “Nunca quis desviar-me da linha originalmente traçada pela investigação interna – uma investigação incriminatória feita exclusivamente para satisfazer o Departamento de Justiça dos EUA”lamentou à AFP Solange Doumic, advogada do ex-vice-diretor geral operacional, Christian Herrault. “Não foi tida em conta a realidade dos factos vividos pelo meu cliente”ela acrescentou.

Os restantes advogados de defesa contactados pela AFP não quiseram reagir ou não responderam. Os juízes de instrução, no entanto, ordenaram o arquivamento do processo ao ex-diretor de segurança, Jean-Claude Veillard, indiciado neste caso desde o final de 2017.

“Autonomia decisória”

“Após sete anos de batalha legal incansável, a inocência de Jean-Claude Veillard foi finalmente estabelecida. É um grande alívio”reagiram à AFP seus advogados, Sébastien Schapira e Antoine Galudec. “Este pedido está sendo analisado”disse a Procuradoria Nacional Antiterrorismo (Pnat), “quem tem 10 dias para interpor recurso”.

O grupo é suspeito de ter pago em 2013 e 2014, através da sua subsidiária síria Lafarge Cement Syria, 5 milhões de euros a grupos jihadistas, incluindo a organização Estado Islâmico, e a intermediários para manter a actividade de uma fábrica de cimento em Jalabiya, bem como o país mergulhou na guerra.

“A empresa manteve sua autonomia de decisão, podendo ter encerrado a operação da fábrica a qualquer momento, principalmente quando seus gestores tomassem conhecimento das demandas financeiras das entidades terroristasescrevem os juízes de instrução. Ao aceitar pagar a estas entidades, a empresa avaliou as recompensas que poderia obter, como o desbloqueio de estradas, a livre circulação de camiões e funcionários da fábrica graças à emissão de passes. »

Os fluxos financeiros em questão dizem respeito “a remuneração dos intermediários que permitem o fornecimento de matéria-prima à fábrica” por grupos terroristas e “o movimento de funcionários e mercadorias através dos territórios” que ocupavam, conforme portaria.

As Oficinas Mundiais

Cursos online, aulas noturnas, workshops: desenvolva suas habilidades

Descobrir

A existência de comunicações “entre os gestores de segurança da Lafarge e os serviços secretos franceses não demonstra absolutamente a validação por parte do Estado francês das práticas de financiamento de entidades terroristas postas em prática pela Lafarge na Síria”avaliam os juízes de instrução, descartando, como fez a Procuradoria Nacional Antiterrorismo, qualquer incentivo para permanecer na Síria apesar da guerra civil. Além disso, enfatizam, “nenhum dos indiciados é suspeito de ter tido a menor simpatia pelas causas defendidas por estas organizações (terroristas) ou desejavam especificamente apoiar seus objetivos”.

“A perspectiva deste julgamento não deve obscurecer o outro aspecto fundamental da investigação: a empresa continua sob investigação por cumplicidade em crimes contra a humanidade cometidos por grupos armados”considerado em comunicado Sherpa, parte civil, lembrando que «Lafarge (era) a primeira empresa do mundo a ser indiciada » derramar “o mais grave dos crimes”. A investigação judicial aberta em Junho de 2017 sobre estas suspeitas de cumplicidade em crimes contra a humanidade ainda está em curso.

O mundo com AFP

Reutilize este conteúdo



Leia Mais: Le Monde

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

ACRE

Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

ACRE

CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

ACRE

Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

//www.instagram.com/embed.js



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

MAIS LIDAS