POLÍTICA
Legado para 2025: a luta contra o autoritarismo e…
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12 meses atrásem
Matheus Leitão
Quando o futuro olhar para 2024… o que ficará de todas as confusões do período? O que foi realmente relevante?
Não o varejo das brigas políticas, mas o fato de que um filme capturou as emoções e levou o recado mais profundo e convincente contra o autoritatismo. Não a disparada do dólar, mas a subida das águas no Rio Grande do Sul como símbolo das muitas tragédias ambientais do ano.
Os dois eventos juntos dão um recado forte de que o clima está mudando agora e exige ação do Brasil e do mundo.
Em março o governo do presidente Lula decidiu não fazer atos de lembrança dos 60 anos da ditadura. O governo errou. O grande defeito do Brasil tem sido a desmemória. Mas pela arte, o ano será marcado pela espetacular bilheteria do “Ainda Estou Aqui” feito com base no maravilhoso livro de Marcelo Rubens Paiva, um herói do nosso tempo por ter enfrentado o que enfrentou com a força da literatura e por colocar no centro da cena uma mulher extraordinária que escolheu resistir à ditadura, sua mãe Eunice. Hoje ela é conhecida do Brasil. E isso faz muito bem ao Brasil.
Também os fatos da História mostram que não há como fugir dela, a História. O ano termina com generais de quatro estrelas e diversos tenentes coroneis presos. Um deles foi ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente e simbolicamente está preso na Vila Militar onde já esteve como comandante. E isso não foi revanche, nem cobrança da conta de 1964 que permanece aberta. É resultado da nova tentativa de golpe de Estado em que se envolveram os militares.
Na economia, ano foi de crescimento bom e queda do desemprego, mas houve na reta final a maior disparada do dólar desde 2020 e a maior operação de venda de dólares pelo Banco Central da história. O país não está em crise, mas o ambiente é de crise. No entanto o maior risco não é o temido pelo mercado financeiro, mas o que ficou claro em maio quando o Rio Grande do Sul enfrentou a maior enchente da sua história e por dias e dias, semanas, ficou em naufrágio.
Um cavalo que resistia no teto de uma casa cercado de água e determinado a viver foi o retrato do perigo que nos ronda. No Norte, o segundo ano de seca na Amazônia confirmou que o grande desafio do Brasil é como se proteger dos extremos da mudança climática. O dólar é o de menos, e dia desses ele volta a baixar. A mudança climática permanece com seus avisos de que é preciso repensar rapidamente nossa vida na Terra.
Em Belém no fim de 2025 temos um encontro marcado com essa verdade da qual não podemos fugir. Tempo bom para os leitores e as leitores das colunas. Feliz 2025.
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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social)
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POLÍTICA
A articulação para mudar quem define o teto de jur…
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8 meses atrásem
5 de maio de 2025Nicholas Shores
O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN).
A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica.
Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.
A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira.
Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.
Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios.
Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.
Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.
Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.
Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.
Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.


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