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Limite de expectativa de vida humana foi atingido – 10/10/2024 – Equilíbrio

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Dana G. Smith

Até hoje, a pessoa mais velha registrada, Jeanne Calment, da França, viveu até os 122 anos. Quais são as chances de que outras pessoas cheguem lá também?

Não são altas, a menos que ocorra um avanço médico transformador, de acordo com uma pesquisa publicada na revista Nature Aging.

O estudo analisou dados sobre a expectativa de vida ao nascer que foram coletados entre 1990 e 2019 em alguns dos lugares onde as pessoas geralmente vivem mais: Austrália, França, Itália, Hong Kong, Japão, Coreia do Sul, Espanha, Suécia e Suíça. Dados dos Estados Unidos também foram incluídos, embora a expectativa de vida do país seja menor.

Os pesquisadores descobriram que, embora as expectativas de vida média tenham aumentado durante esse período em todos os locais, as taxas de aumento desaceleraram. A única exceção foi Hong Kong, onde a expectativa de vida não desacelerou.

Os dados sugerem que, após décadas de aumento da expectativa de vida graças aos avanços médicos e tecnológicos, os humanos podem estar chegando aos limites do que é possível para a longevidade média.

“Estamos basicamente sugerindo que o tempo que vivemos agora é quase o máximo que vamos viver”, disse S. Jay Olshansky, professor de epidemiologia e bioestatística da Universidade de Illinois em Chicago, que liderou o estudo. Ele previu que a expectativa de vida máxima acabará em torno de 87 anos —aproximadamente 84 para homens e 90 para mulheres— uma idade média que vários países já estão próximos de alcançar.

Durante o século 20, a expectativa de vida aumentou dramaticamente, impulsionada por inovações como saneamento básico e antibióticos. Alguns cientistas projetaram que esse ritmo poderia se manter à medida que melhores tratamentos e prevenções fossem descobertos para câncer, doenças cardíacas e outras causas comuns de morte. O famoso demógrafo James Vaupel sustentou que a maioria das crianças nascidas no século 21 viveria até os 100 anos.

Mas, de acordo com o novo estudo, isso é improvável. Os pesquisadores descobriram que, em vez de uma porcentagem maior de pessoas chegando aos 100 anos nos locais analisados, as idades em que as pessoas estão morrendo estão em um intervalo de tempo mais estreito.

Olshansky há muito tempo se opõe à ideia de que a expectativa de vida aumentará continuamente para sempre. Em um artigo de 1990 publicado na Science, ele apresentou uma teoria de que os humanos já estavam próximos de atingir o limite para a expectativa de vida média.

Mais de 30 anos depois, ele disse que seu novo estudo oferece dados concretos para apoiar sua hipótese original.

Steven Austad, professor de biologia na Universidade do Alabama, Birmingham, que tem uma aposta com Olshansky de que um humano vivo hoje chegará aos 150 anos, disse que o artigo era “excelente” e “estabelece, além de qualquer dúvida” que os aumentos na expectativa de vida desaceleraram.

Jan Vijg, professor de genética no Albert Einstein College of Medicine em Nova York, que também pesquisou os limites da longevidade humana, concordou, dizendo que o estudo de Olshansky foi “bem feito”.

“Ele sempre foi considerado pessimista, mas acho que também é realista”, disse Vijg.

A nova pesquisa sugere que, embora a medicina moderna tenha ajudado mais pessoas a viver regularmente até os 70, 80 e 90 anos, aumentar a idade média além disso será difícil. Por exemplo, os cientistas calcularam que, mesmo se todas as mortes antes dos 50 anos fossem eliminadas, a expectativa de vida média máxima aumentaria apenas um ano para as mulheres e um ano e meio para os homens.

“Podemos criar um pouco mais de tempo de sobrevivência com os avanços médicos”, bem como reduzindo disparidades de saúde e incentivando estilos de vida mais saudáveis, disse Olshansky.

Mas, ele acrescenta, mesmo se as mortes por doenças comuns ou acidentes fossem eliminadas, as pessoas morreriam de envelhecimento em si. “Ainda temos a função decrescente de órgãos internos e sistemas de órgãos que tornam virtualmente impossível para esses corpos viverem muito mais do que vivem agora”, disse Olshansky.

Nem todos concordam. Luigi Ferrucci, diretor científico do Instituto Nacional de Envelhecimento, concordou que é improvável vermos aumentos substanciais na longevidade se o status quo for mantido. Mas ele disse que investir mais em saúde preventiva poderia mudar isso, atrasando o início de doenças, o que, por sua vez, poderia resultar em “menos danos devido à biologia do envelhecimento”.

Nadine Ouellette, professora associada de demografia na Universidade de Montreal, discordou de outro aspecto do estudo. Ela disse que a expectativa de vida média pode “às vezes ser enganosa” já que é muito influenciada por mortes precoces. Em vez disso, ela recomendou olhar para a idade em que a maioria das pessoas morre, chamada de idade modal de morte, que foca mais a vida tardia.

Para Olshansky, a única coisa que poderia aumentar radicalmente a expectativa de vida é se os cientistas desenvolverem uma intervenção para retardar o próprio processo de envelhecimento —algo sobre o qual ele está “otimista”, disse.

Austad também acredita no potencial da medicina antienvelhecimento. E ele disse que o novo artigo não muda sua aposta de que um humano vivo hoje chegará aos 150 anos, porque sempre foi baseado em “um avanço no direcionamento do próprio processo de envelhecimento.”

Este texto foi publicado originalmente aqui.



Leia Mais: Folha

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MUNDO

Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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